Aquela história que todos deveríamos ler...

Perco-me no meio de tudo o que conheço, o meu corpo apenas pede calor e eu caminho em passos apressados para cada brecha de luz, para cada raio de sol que acaba por penetrar entre as telhas desta casa, tão fria e ao mesmo tempo tão só. Ouço ao longe aquilo que um dia vivi e hoje apenas piso as fracas tábuas de madeira deste casario no meio de um desconhecido, no meio de um mundo que não é o meu. Outrora toda esta casa tinha vida, outrora as crianças corriam por entre as folhas secas de um Outono e o baloiço construído sobre o chaparro que servia de um local de refúgio, de um local de reflexão. O meu corpo mudou, e onde antes existiam os braços fortes que agarravam e lutavam, agora apenas resta a fraqueza de uma idade perdida, a pele de um corpo envelhecido. Vivo ainda de recordações, vivo ainda de paixões perdidas e de amores enganados, sou homem e prendi muitas vezes os sentimentos dentro de mim para não ferir a minha masculinidade, para não perder o meu posto na sociedade. Arrependo-...