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A mostrar mensagens de outubro, 2011

É uma escolha que se faz...

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Sorrias para mim e eu ia admirando o teu sorriso que ainda me fazia sonhar, não perguntava o porquê, mas o amor ali surgiu de uma forma que nunca encontrei uma justificação. Fiquei preso aquele olhar, aquela maneira de ser tão diferente de todas as outras que fui conhecendo na busca de uma felicidade tão difícil de alcançar, tão irreal em cada despedida. Mais uma vez apareceu a desilusão, aquela mesma que tanto pedia para não sentir porque certamente nesse dia, iria de novo partir e tentar esquecer o que foi sentido, o que foi vivido. Os dias passaram e a dor era imensa, o coração arrastava-se pela vida sem mesmo tocar nela, a força, essa mesma força, parecia desvanecer-se no esquecimento em que ia entrando, num caminho sem saída. Foi então que chegaste, foi então que o destino voltou a entrar neste meu mundo mudando-o por completo, alterando tudo aquilo que já parecia perdido, escondido num lugar que jamais encontraria. Foi o chorar, foi o rir, foi o sentir-me mais vivo que nunca, rea

Sorriso no rosto...

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A voz ficou calada, impávida aquela história que tinha ouvido, escorreu as lágrimas e rapidamente elevou as mãos à cara para as limpar sem ninguém ver. O seu coração parecia tão perdido, tão abandonado por uma vida que ela coloria pelos sonhos que ia sonhando e pelas palavras que ia escrevendo sobre o amor e a sua forma de o encarar. Ouviu dizer que tudo não era assim, que a vida dele era apenas um engano porque acreditou num caminho que apenas era mais um atalho, mais um terreno arenoso onde nunca iria conseguir construir aquilo que tanto quis para a sua vida, aquilo que desde pequeno lhe enchia o coração de uma felicidade tão inexplicável que apenas e somente era sentida. Sentou-se naquele passeio, naquele mesmo em que um dia escreveu nas pedras o seu amor, recebeu um abraço e assim reconfortou-se nas palavras que queria tanto ouvir, num amor que tanto queria sentir. Deixou de acreditar por simples momentos, por simples instantes numa vida que já nem sabia se era a sua, se aquele cor

Há sempre alguém...

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E se o tempo parasse hoje? Se a janela se fechasse para os raios de sol que banham este quarto? O que seria de mim? O que seria de nós? O tempo passa e com ele as perguntas caladas, aquelas mesmas que guardo no silêncio do sentimento que guardo dentro de mim, deste coração que sente com tanta mas tanta força que chega a doer. O amor, apenas o amor me compreende porque na verdade jamais conseguiria viver sem ele, jamais conseguiria sorrir por mais que a vontade fosse desistir de tudo e agarrar-me ao nada das recordações vivas. Chegam assim as forças, aquelas que já me faltaram e mostram que o mundo é bem mais complicado do que aquilo que sonhamos, que podemos perder. Haverá um dia em que acabamos por ganhar algo e viver assim um capítulo feliz que parece tão distante do nosso alcance. Sorrisos, palavras, gestos, cumplicidades e um amor diferente, aquele amor de sangue como se de três anos desse lugar a uma vida, a uma amizade que nos alimenta bem mais do que aquilo que pedimos a vida. S

Fogo lento...

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A indiferença ficou espelhada num olhar que antes era tão cúmplice, tão verdadeiro. Os caminhos foram traçados e os sonhos voltaram a aparecer mas com outro sentido, com outro amor. Foi o perder daquilo que parecia agarrado a um coração, foi o desaparecer de tudo o que restava, de tudo o que ainda poderia reacender mas que o destino fez apagar como se de uma chama se tratasse. A vida mudou escapando das mãos a felicidade que nem sequer se soube existir algum dia nas palavras que aqui deitava ao vento e que tu passavas o olhar por elas sem entender tudo o que transmitiam, tudo o que valiam. Hoje sou a personagem principal da minha própria história, um contador de sonhos, um lutador de causas, um romântico incurável e um apaixonado por natureza, posso perder mas também faço por ganhar, choro mas da mesma forma isso mostra-me que ainda consigo sentir, sou lágrima mas certamente sou o sorriso de uma vida que me dá aquilo que verdadeiramente me faz feliz. Instantes perderam-se e o que ficou

Raio de Sol...

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Sonhava com o momento em que os nossos corações se tocavam num gesto de cumplicidade que jamais houve, sorria e assim ia vivendo os dias com a certeza, porem, que te amava de uma forma estranha, de uma forma repentina e arrebatadora que nem conseguia arranjar justificação. Vivia, assim, submerso pelo sonho que quase me matou, vivia de amor e isso não pode ser condenável por mais que o arrependimento do tempo passado seja grande e me prenda a uma recordação que finalmente começa a desvanecer com a vontade de voltar a lutar de novo. Foram tempos de indecisão, de uma mágoa que me arrastava para os piores cenários e para os mais escuros caminhos. Consegui me encontrar no momento em que voltei de novo a acreditar naquilo que um dia perdi, voltei a viver quando recuperei o coração das escaras que o percorriam, da vontade de desistir que ali estava perante os meus olhos e a incapacidade das minhas mãos. Pedi tempo e esse tive bastante, tanto tempo que me trouxe a solidão dos dias pesados e do

Uma no meio de tantas outras...

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As primeiras gotas caíram sobre a pele que ainda se encontrava gelada pela partida e pelo esquecer de um amor. Ele continuou a caminhar na certeza, porém, que jamais iria olhar para trás, jamais iria se prender a algo que não passava de uma irrealidade dolorosa que quase o sufocou e matou o amor que ainda se encontra tão vivo, tão real. Não ouvia nada, apenas caminhava e assim ia construindo de novo os sonhos outrora perdidos pelo perder de um tempo que jamais pára e assim vai diminuindo as oportunidades e a maneira de viver grande amores e de construir histórias muito mais felizes. Sorriu porque finalmente conseguiu ver aquilo que por tempos se encontrava tão nublado, tão apagado nos tempos perdidos, nos sonhos rasgados pela vontade de acreditar em quem na verdade nunca foi nada, apenas mais um vazio como tantos outros, algo igual, que não se destaca nem na forma de ser. O olhar perdeu-se e isso libertou-o fazendo dele alguém que já há muito tempo não era, natural nas suas acções, ver

Saudade daquilo que acabei por perder...

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Pedia sempre um pouco mais, esse pouco mais que tardava em chegar à minha vida, a esta história que nem sequer se pode chamar isso. Acreditava no amor e assim ia moldando o que hoje sou e vivendo os dias na espera de um beijo roubado, de um abraço sentido. Não pedia muito, porque no fim de contas, jamais pedi aquilo que verdadeiramente não queria, aquilo que certamente era o caminho que pretendia e pretendo seguir. Lutei, lutei bastante para atenuar diferenças e para acima de tudo poder viver uma vida repleta de sonhos, aqueles mesmos sonhos que depositei nas tuas mãos e que até hoje ficaram perdidos na inocência de um amor que de nada era inocente, de um dar tudo que afinal se reduziu a um nada que me fez partir. Dizem acreditar no amor mas no fim de contas vivem as aventuras já vividas por todos, aquelas mesmas que não têm uma explicação plausível, são o vazio de sentimento, são o ausentar de um amor que jamais conseguiria abdicar. Assim prefiro aqui ficar, sentado, porque acredito a

Finalmente a mudança...

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Construi o sonho de uma história repleta de um vazio que quase me sufocou. Olhava para o relógio e as horas passavam por o meu corpo deixando as escaras que tão dificilmente me mantinham vivo. O coração parecia destroçado, entregue a um desistir que eu ia alimentando como refúgio para as minhas mágoas e para as minhas próprias frustrações. Foi apenas naquele dia, naquela manhã em que o arrependimento foi maior que vi que afinal era eu que construía o meu futuro mais feliz e não tu, nem as réstias de uma saudade que permanecia tão agarrada e viva em mim. Pensei em mudar, em fugir, em partir e esquecer para sempre mesmo que esse sempre significasse mais tempo, mais horas de uma dor que teimava em resistir a um pedido da razão, daquela que por vezes ignorei. Sei que agora é um caminho bem mais adulto, despido daquelas fantasias que me alimentavam e ao mesmo tempo estagnavam num momento que nem eu próprio consigo mais sentir. Ainda bem que o destino por vezes aparece e altera tudo, muda pe

Finalmente a razão mostra que o coração se enganou...

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Esperava por ti eternamente nas horas perdidas de um amor que nunca existiu. Olhava o vento e remava contra as marés de uma vida que me mostrava que o tempo passava e que eu ali permanecia impávido e sereno na esperança que um dia caísses nos meus braços, que fosses a personagem principal da minha história de amor. Os dias foram correndo e as pedras começaram a se gastar pelos passos impacientes do meu corpo, pelo aguardar tremulo do meu coração que bateu tão fortemente por ti. Falavam-me que as histórias de amor éramos nós que as criávamos mas hoje vejo que não é assim e que os sonhos por vezes têm o dom de magoar, de ferir um coração que tanto esperou mas que no fim apenas lhe restou as migalhas de um amor e não a paixão fugaz e a vontade de sermos tudo na vida um do outro. Corri então, porque o tempo escasseia e a minha vontade de ser feliz ainda é tão grande, ainda faz de mim este lutador que certamente não se perdeu por uma história que afinal nem reticencias um dia teve. Chegou o

Esqueceu-se o que era o amor...

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Caminhava ele pelo quarto escuro daquele apartamento, as mãos já não eram as mesmas e o amor tivera se perdido para sempre no momento em que se esqueceu do mundo, em que se esqueceu de si próprio. Não sorria e a expressão manteve-se sempre igual no que ainda conseguia espelhar da sua alma estraçalhada pelo tempo e pelo passar das horas de um mundo que já nem era o seu. Perdeu o amor e isso impossibilitava ele de ser feliz como tivera sido outrora, no momento em que sentiu o coração bater e a esperança no seu próprio final feliz. Desistiu entregando-se apenas e somente aos recortes de fotografias e aos cd´s que religiosamente vai guardando na prateleira daquela secretária junto à janela. Deixou de acreditar em si, deixou de acreditar no amor e isso deixa-o assim, suspenso na sua própria vida, agarrado a um nada que nem ele consegue sentir. Falavam-lhe de amor, de um amor vivido mas ele é que o aprendeu a o sentir, com aquelas forças que hoje desconhece, com aquela intensidade dos passei

Palavras Soltas...

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Nunca pedi aquilo que não queria mesmo, nunca sonhei com o que certamente não me iria fazer feliz, nunca amei aqueles que não estavam no meu coração, nunca parti de histórias sem olhar para trás, nunca fui feliz sem amor. Os tempos mudam, as pessoas e os sentimentos porque há e haverá uma coisa que nunca vamos conseguir controlar e muito menos adivinhar sendo ela o destino, aquele mesmo que te constrói a história em que tu ditas ser feliz ou abdicar dessa felicidade por um orgulho maior mas que no fim não te dá nada...

Reflexões de um vazio...

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Olharam por entre a multidão sabendo sempre que o coração batia mais forte e que do corpo gritavam o nome um do outro, naquela noite, naquele momento em que eram apenas eles, despidos de tudo e entregues a um amor fugidio mas ao mesmo tempo que permaneceu intemporal, imune às horas que passavam por ele. Ele sorriu e discretamente virou o olhar fugindo mais uma vez daquilo que sempre quis, daquilo que certamente o faria feliz. Ela, nem sentiu, nem reparou que aquilo tudo era mais um perder, mais um destino que se esqueceu de acabar uma história que começou independentemente das vontades entregue aquilo que chamam destino. Os sonhos ali pareciam tão reais, tão verdadeiros que nem se distinguia o que era um amor do que era uma vontade de fugir, de bater com a porta do coração e abrigar-nos assim na solidão dos pensamentos, vagueando por entre recordações que reconfortam mas não aquecem o coração. Somos o mesmo ser, o mesmo sentir, o mesmo amar, o mesmo sonhar por entre as folhas secas do

Aquilo que sempre foste...

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Não esquecerei cada momento dos segundos perdidos, das horas caladas e das histórias deslaçaradas no meio de tudo isto que nem sei que nome dar. Do amor surgiu o fugir e deste fugir levou à partida daquilo que sempre quis para mim, que sempre quis para nós, a felicidade. Procuro-te por entre aquilo que ainda me lembro de ti, o cheiro, o sorriso mas acima disso o olhar que permanece tão vivo dentro desta minha vida, tão entranha para mim, tão desconhecida em tudo o que passo, em tudo o que acredito. Os meus braços procuram pela tua pele e a minha voz chama o teu nome nas esquinas de uma cidade que tanta magia deixa em mim, que tanta recordação agarra a este meu peito, a este meu (teu) coração. Não peço aquilo que sei que não me deixará feliz, procuro assim aquilo que me deixa feliz, aquilo que tanto sonho, que tanto quero viver. Posso não ser o que todos esperam, posso até mesmo não ser aquilo que tantos sonham mas sou eu, despido de tudo e entregue aos sentimentos como forma de vida, c

Não te sinto em mim...

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Entras-te sem pedir autorização, ancoraste-te a este meu porto de abrigo e aqui permaneceste, tão distante e tão presente, numa forma de vida que se torna estranha aquela que antes ia concebendo como certa, como única. O teu olhar nunca me enganou e finalmente hoje consigo respirar em cada silêncio que antes não entendia o significado, que antes parecia um monólogo constrangedor de uma dor que teimava em permanecer. Não esperes de mim mais do que aquilo que sou, não esperes de mim mais do que um coração que te chama loucamente nas noites frias que já se começam a sentir, quero-te e esse é o meu único e simples sonho, aquele mesmo que sonhava desde de criança quando me balouçava sobre as redes de uma cama à beira do meu canto, do meu eterno e simples refúgio. Ai o que é de mim sem ti! Certamente sou um nada um nada que tem tudo, tem amor e isso não há dinheiro que compre, não há pessoa que roube, não há desilusão que destrua. Posso te contar um segredo? Posso te sussurrar ao ouvido aqui

Aqui fala-se de amor...

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Quantas vezes abrimos a janela e sorrimos para a vida? Certamente menos vezes do que aquelas que deveríamos o fazer, ou por nos esquecermos de nós, ou por apenas deitarmos culpa a uma vida passando por ela sem a viver. Fala-se de tudo e culpamo-nos pelos nossos próprios fracassos que não são nada mais do que simples percalços de uma vida que nem sempre se torna justa para quem leva a mesma de forma clara, despidos de mascaras e entregues ao seu próprio guião. O amor é deixado de parte pelo medo de errar e arriscar numa pessoa que pode ser tudo mas que não nos dá nada, um sinal, um sorriso, um olhar ou até mesmo um silêncio repleto de palavras mudas que não se ouvem porque no final sentem-se tão presentes e tão ausentes, tão irreais e tão verdadeiras numa mesma dualidade de sentires e sentimentos. A vontade é correr e agarrar o coração de quem sempre sonhamos, juntar com o nosso e partir por caminhos em direcção a um final feliz que tanto esperamos e que vamos construindo desde as nossa

Pedia apenas mais um momento de mim...

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Desisto, cheguei ao limite das forças e o sonhar já se perdera há algum tempo no meio das pessoas e das histórias que acabaram por seguir rumos diferentes. Resta assim a solidão que me sufoca a alma e destrói o que ainda se mantinha erguido. O acreditar desvaneceu e onde havia uma réstia de esperança hoje apenas há o vazio de uma despedida, da minha própria despedida. As palavras falavam de amor mas agora apenas pedem para falar de esquecimento, quero despir-me de mim e voltar a recomeçar do zero, voltar a reerguer-me, aquele que agora me custa, que agora nem acredito ser capaz de o fazer. Longe vão os tempos em que tudo era diferente, longe vão os segundos de um sonhar tão diferente e ao mesmo tempo tão forte. Das promessas restam o vazio, dos silêncios surgem o perder das palavras que agora aqui desaparecem, que agora já nem consigo proferir. Deixei de acreditar em tudo e agora já não me encontro em mim, já me perco no que antes dava como certo e agora se torna tudo num nevoeiro que

Falta-me respirar...

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Não entrarão as palavras cinzentas, apenas ficará aquilo que de bom ainda existe, aquilo que ainda vou acreditando e sonhando com o passar das horas e o morrer de um corpo que nem acredita mais naquilo que vê. O passado esqueceu-se no meio das recordações recentes e o que antes era visto agora é tapado pelo véu que se teceu entre nós, entre os nossos corações. Procurei o que nunca existiu e a história foi uma irrealidade vivida e sentida por quem se dedicou a um tempo que seria o indicado para partir. Os olhares, as palavras e os sentimentos ficaram distorcidos, agarrados aquilo que se chama de destino, aquele mesmo destino que seguiu o seu próprio caminho independentemente da vontade de um coração e de um viver diferente mas ao mesmo tempo igual ao de todos os outros. Hoje apenas sou o tudo do nada que um dia existiu, sou a força da palavra, a dor da perda, o silêncio da despedida e o sorrir da história, sou o tudo de um abraço e o nada de uma lágrima derramada no momento em que a inj

É o que nunca foi, verdadeiro...

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Tudo ficou perdido, o amor, as saudades, os olhares e até mesmo as palavras guardadas por alguém que verdadeiramente te amou. Perdeu-se assim aquilo que agora desvanece no meio das recordações de uma despedida que nem existiu e da vontade de me desamarrar de tudo aquilo que um dia chamei de amor. Foi assim o fim do princípio que agora construo com os sonhos sonhados e a vontade de ser o que sempre quis, livre de sentimentos mas da mesma forma agarrado a eles como forma de vida, como caminho da minha própria vida. Não me arrependo do que foi feito, do que foi dito e até mesmo do que um dia ficou por fazer pois há coisas que só acontecem uma vez na vida, há amores que só surgem em momentos inesperados e há despedidas por mais que sejam dolorosas são o melhor caminho a seguir. O amor não se perde apenas transforma-se na sua simplicidade e na sua forma...

As palavras que faltavam...

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Falem-me de amor, contem-me histórias perdidas no tempo do tempo da gente, rasguem sorriso e soem palavras harmónicas no meio da desilusão de um dia. Hoje serve para esquecer, ou apenas, para tentar apagar o que de pior havia aqui, despido de um sentimento e entregue apenas aos falsos aplausos de quem nem sequer te viu vencer. Falem-me então de amor porque desse sentimento não duvido, por mais que os dias passem e entre os sonhos arrancados à força por alguém que na verdade nunca aprendeu a sonhar, nunca sentiu tal prazer. Varrem-se da memória as imagens que nem sequer me lembro mais, mas por outro lado, permanece as tuas, tão vivas em mim, tão reais nestes dias de incerteza e nestas noites de reflexão. Sei que tudo mudou, mas também o que não muda? Assim vivo na certeza que mudamos, não eu, não tu, mas sim um nós que ainda paira como fantasma por viver, como destino atrasado pelo receio de falhar e pela vergonha de assumir. Mas será assim tanta a vergonha? Será que ao perdermos tempo

Não se escolhe...

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Os nossos destinos seguiram caminhos opostos ao que o coração pedia, tu partiste e levaste a cumplicidade de um olhar que nunca encontrei igual. Sei que continuaremos com os nossos sonhos, com as nossas fantasias e acima disso com a nossa enorme vontade de sermos felizes para sempre. Dói ter de dar este paço e esquecer tudo o que um dia fez tanto significado na minha vida, uma história inacabada, um beijo fugidio que nunca conheceu o sabor dos lábios que tanto desejou, uma despedida quem nem chegou a existir. Agora tudo será diferente e desabafo aqui que a alma não tem a força que outrora tinha e o coração apenas se arrasta puxado pela vontade de encontrar um porto seguro, um lugar onde ele pode voltar a reaprender o que agora se esqueceu, ou então, o que agora prefere ignorar para não parar assim de bater. As palavras perdem o sentido no meio de tudo isto, sempre ouvimos dizer que longe da vista, longe do coração, mas na minha opinião não se aplica a mim, não se aplica a nós. Sonhei p

Não te esqueço...

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Vivemos o sonho de um amor real, de algo que vai sempre existir nem que seja no coração de quem um dia decidiu ser feliz. O tempo passa rápido e as oportunidades vão se perdendo entre as brisas frescas de uma manhã diferente ou até pelo medo de arriscar em algo que antes nunca deu resultado. Não se trata de partir mas apenas de ficar, assim, à deriva num oceano cheio de tubarões que mostram que a vida pode ser injusta para quem baixa os braços em vez de lutar por o amor da sua vida. O amor escorre pelas mãos em gestos profundos de um desgosto e de um arrependimento que consome a alma e o bater do coração que apenas queria amar, que apenas sente tudo aquilo, capaz de mover mundos, mas que não rompe com o receio de um novo desgosto, de um novo recomeço. As palavras calam-se e apenas as imagens permanecem no imaginário e no sentimento que ninguém sabe, apenas nós e somente nós, despidos das mascaras que usamos e entregues a realidade sozinha de quem ama em silêncio, de quem luta calado. N

O segredo de uma vida esquecida...

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Por entre as paredes deste quarto escorre a humidade de um Inverno esquecido no meio de nada, ancorado a este coração que ainda bate lentamente à espera dos dias quentes, de momentos que se perderam no meio de toda aquela partida sufocante. Ainda conto os dias que te espero, ainda risco nesta parece cada momento que procuro por ti, cada hora que passa em que apenas desejo que entres por aquela porta e resgates o que ainda sobra de mim, deste meu corpo cansado, desta minha incapacidade de sonhar e desta minha forma de sobreviver. Procuro o calor do teu corpo nos lençóis que perderam o teu cheiro, procuro o teu sorriso nos velhos retratos que guardo junto a cama, junto ao que ainda resta de um coração que se desfaz tal como as paredes deste casarão sem vida, deste lar desprovido de amor. Lembro-me dos dias quentes daquele Verão, dos nossos corpos fundidos num prazer tal, espalhados por aquele jardim, a sombra da árvore que assistiu aquele romance desde que ele nasceu, desde que nos conhe

Caminhos...

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Sentimos a falta de alguém. Sofremos em silêncio ou até mesmo rompemos o calar das palavras para soltar um grito estridente em que o coração já não consegue suportar o que a alma tenta esquecer com o passar dos dias e das horas de uma vida que faz das distâncias esquecimentos e das horas remédios para a dor de um amor perdido. Falam-se de pessoas mas vivemos de sentimentos e assim vamos caminhando acompanhados por aqueles que na verdade nunca nos largam as mãos, vamos traçando caminhos sempre protegidos por as pisadas de outras pessoas e pelos sorrisos que nos dão forças quando o mundo parece bem mais pesado. Somos assim nós, despidos de tudo mas entregues aqueles que de mais importantes são para nós, porque certamente não conseguiríamos viver sem eles e nem imaginaríamos como seria acordar e não os ter, não os sentir nem que fosse em simples aragens ou arrepios na pele. Hoje vejo o amor de outra forma, da forma de dar e receber, na forma de ganhar ou perder, uns lutam e outros abandon

Perder...

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Sinto o vazio de uma despedida forçada, o coração pede para bater mas a alma começa a entregar-se ao perder de uma vida, ao esquecer de um amor que mesmo ontem parecia tão vivo. Com os olhos cheios de lágrimas e com a voz trémula conto a história de um amor que se perdeu na mesma, de uma história repleta de um silêncio que nunca significou a ausência de um amor. O olhar dizia tudo, a boca não dizia nada e assim ia-mos vivendo numa incerteza constante entre o ter e não ter, entre o sentir e o magoar. Não foi desde ontem que isto marcou, foi desde o dia em que o destino colocou duas pessoas apenas para se sentirem sem nunca se tocarem, para se olharem sem nunca agarrarem o olhar uma na outra, sem que os corações se fundisses em gestos cúmplices como os sorrisos envergonhados e os olhares fugidios. Ontem vi que afinal a vida não é justa como muitos afirmam, que nem sempre temos aquilo que queremos e que acima disso acabamos por perder grandes amores, por viver grandes vazios que nos sufoc