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A mostrar mensagens de julho, 2011

Instantes de lucidez…

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Sobre o manto desta neblina jogo as palavras que saem do coração, sussurro, cada som, cada gesto de um sentimento perdido, esquecido por entre os raios de sol e os dias quentes de um Verão passado à beira mar, vivido por outra forma de ver. As ruas tornam-se gastas, os pés começam a doer nesta caminhada que agora encontra mais um obstáculo, mais uma barreira que está prestes a ser derrubada, nem que seja pela força de um sentimento, pelo viver de um sonho que se chama amor. São instantes de uma lucidez passageira que me mostram que afinal nem tudo é como se pensa, que nem sempre procuramos as pessoas certas, os momentos certos, os sentimentos verdadeiros, em vez disso mesmo, acabamos por viver um erro, por acreditar em histórias efémeras e vivemos, assim, iludidos por uma vontade que não irá passar de isso mesmo, de uma vontade inglória tanto para nós como para quem apenas não sabe o que é amar. Tudo assim se torna uma incógnita, um dualismo de ter ou não ter, de querer ou apenas parti

Não há palavras, não há certezas...

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Saberei que de pequenas lutas surgem vitórias, surgem aquelas palavras jogadas a um vento, atiradas a um coração. Sei que tudo isto pode ser uma irrealidade vivida, um desconhecido prestes a revelar a sua verdadeira face, o seu verdadeiro sentir por entre os suspiros sufocantes de um coração que bate mais aceleradamente ou até mesmo a simplicidade de um sorriso que nos aconchega o corpo e nos trata da alma. Tudo parece ser mais uma incógnita que teima em permanecer constante, ancorada a este corpo, a este meu vício de tentar lutar sempre mesmo quando essas batalhas já parecem previamente perdidas, abandonadas pelos guerreiros, esquecidas pelas tropas. Não saberei o que seguir, se o coração ou apenas esta minha racionalidade, tão enganadora, tão diferente de toda aquela voz que me sussurra aos ouvidos e me faz avançar em frente, lutar pelos sonhos de uma vida, por uma felicidade que se encontra constantemente em construção por passos lentos, por escolhas acertadas. Hoje apenas quero aqu

Supero-me

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Certamente os sonhos acabam por aparecer mesmo quando menos se espera, somos invadidos, trespassados por tudo aquilo que tanto se quis, por aquilo que tanto se projectou. Mais do que o individual de cada sonho, surge a companhia de todos aqueles que acabam por segurar cada ponta, cada pedaço daquilo que tu levas contido, daquilo que queres fazer da tua vida, do caminho que percorres cada dia, cada vez que te levantas e que lutas por um amor, por um lugar, por um sonho, por uma vida diferente de todas aquelas que estás habituado a viver, a sentir. Hoje é um dia diferente porque nem todos podem ser iguais, hoje apenas suspiro o alívio de mais uma etapa vencida, de mais um capítulo que se começa a escrever entre o receio de um desconhecido e a vontade de finalmente descobrir o que é sentir para além do real, viver para além do que é simples de ver. Cada palavra aparece agora com outra intensidade, cada força aparece com uma forma que até eu próprio desconhecia, até eu próprio me esquecia

Se tudo fosse igual a ti...

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A força de cada palavra vem do sentir que depositamos em cada uma delas, vem de um coração que apenas sabe viver o real, aquilo que pode ser tocado, pode ser vivido. Amar vem assim como um prolongamento da vida, um pedaço de tudo, um resto de nada que sem ele certamente não poderíamos viver, apenas sobreviveríamos à deriva, perdidos entre becos e ruas que nem sabíamos para onde nos levavam, qual seria o destino daquele nosso caminho. Sei que certamente nem tudo pode ser mais um conto de fadas, que a vida mostra-nos coisas que arrancam o chão dos nossos pés e que cortam sonhos tão sonhados e ao mesmo tempo tão desejados por nós e pela nossa enorme vontade de construir uma felicidade duradoura e não uma fantasia passageira desprovida de tudo, agarrada a um nada que aparece vazio. Mais do que tudo o que podemos ambicionar vem aquilo que podemos ter realmente, o que enche o nosso mundo, o que preenche o nosso coração e não viver uma ambição desmedida para se ter sempre mais e mais, desconh

Um pouco do mesmo...

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O primeiro suspiro numa noite irreal onde o mar invade esta minha casa, em que as recordações saiem deste meu coração que apenas sonha em ser feliz. O amor escorre-me por entre as lágrimas de uma felicidade repentina e tão diferente daquilo que já vivenciei, que já senti em pequenos toques de uma flor, em pequenos sentires de dias em que o sentimento se torna mais forte. Hoje apenas desperto para uma utopia que pensava inalcançável, hoje vejo que nem sempre o caminho percorrido era o mais certo e que descuramos todo um resto, todo um mundo que nos rodeia e tanto tem para nos dar. O amor assim aparece reconfigurado, de uma maneira completamente diferente daquilo que antes conhecia, daquilo que antes vivia e pensava ser a única forma de amar, o único caminho a percorrer. Amor, amor, mas será que todo este amor não passará de mais uma ilusão ou de um coração que apenas pede conforto? As respostas ficam a divagar por uma incerteza que persiste em ficar ancorada a cada um de nós, que perman

(im) Perfeito...

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Saberia que tudo seria assim, mais uma etapa traçada, um destino feito à minha medida, um caminho longo de percorrer. Saberei apenas sonhar, agarrar cada oportunidade de uma felicidade que se constrói aos poucos, uma felicidade consistente capaz de enfrentar tempestades e até mesmo as mais duras batalhas na conquista de um sonho, de uma maneira diferente de estar na vida. Cada palavra aqui depositada não passa de uma simples reflexão, de um imaginário de mundo perfeito, de um recordar de histórias de criança que ainda me permitem sonhar nem que seja com um amor que um dia acabarei por encontrar, hoje, amanhã ou até mesmo quando menos esperar, quando menos esperarmos. As palavras voam, os sorrisos permanecem intocáveis, serenos, entre aquilo que um dia foi tão vivido e o que ainda está para viver, que ainda esta por descobrir. A vida passa a ser, assim, uma caixa de surpresas e é mesmo esse desconhecido que nos faz avançar, que nos faz batalhar por um final feliz, pelo menos para a noss

Simples baladas...

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Agarrou-lhe na mão, pegou nela e correram juntos por aquele areal ao fim da tarde, sentiram a areia nos pés e o fresco da água que lhes batiam nas pernas entre danças especiais, entre promessas de um amor eterno. Sentaram-se, abraçaram-se e apenas se amaram, despidos de tudo, vestidos de nada. Ela sorriu e ele apenas viveu do amor dela, daquele amor construído à beira mar, aquele amor vivido entre ruas e vielas de uma aldeia, de um vila tão simples e ao mesmo tempo tão verdadeira. As gentes viam aquela amor, ele apenas sonhava em sair dali, em percorrer o mundo, em ser feliz. Ela esperava viver assim o seu grande amor, casar, ter filhos e acima de tudo poder realizar cada sonho, cada pequeno projecto que ia construindo sempre que os dias passavam, sempre que a sua paixão aumentava tão simples e tão sentidamente. Amores assim, canções e baladas de dois corações que se entrelaçaram e que formaram a sua própria história de amor, de um amor tão diferente de todos os outros, tão igual a si

(re) Invento-me...

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São palavras deslaçaradas por um esquecimento que agora começa a mostras a sua face, são apenas simples momentos em que tudo volta a ser normal, em que tudo volta a ser vivido como nunca devia ter deixado de o ser. O coração cicatriza lentamente entre a saudade de um passado enublado e a certeza que a partir de agora se forma outra vida, se forma outro sentir. As mãos largam-se e os corações descolam-se um do outro, sigo o meu caminho e espero que tu sigas o teu, que tu sigas aquilo que queres e não ambiciones mais do que aquilo que verdadeiramente mereces, mais do que aquilo que consegues segurar nas mãos. Sorrio assim e apenas parto com a certeza que o engano é uma constante na vida e que infeliz ou felizmente acabamos por o encontrar um dia nem que sejam em simples formas e gestos que surgem num dia comum, numa noite especial. O cheiro permanece entranhado na minha roupa, aquele perfume que me faz recordar, tudo se torna difícil mas até que certo ponto? Saberei que tu ficas aí e que

Sopros do coração...

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Certamente o tempo passará e esta recordação irá permanecer agarrada a este meu peito, a este meu sentir tão diferente de tudo o que é real, de tudo o que consegui construir pelos sonhos de uma vida, pela vontade de acima de tudo ser feliz como nunca ninguém foi. Peço aquilo que a vida me possa dar, não peço mais, apenas o que me coloque um sorriso no rosto e um esperança que o amor ainda existe, que o amor ainda consegue sobreviver mesmo contra as forças antagónicas que nos arrastam por caminhos que nós próprios desconhecemos, por estradas onde nem queríamos estar. Vivo assim com aquilo que tenho, não sei ignorar os sentimentos e apenas utilizo o coração de forma prudente, de forma a que não o volte a perder como já perdi anteriormente. Lutei, consegui resgatar o que dele restou, cuidei, sarei as feridas e agora apenas penso em esquecer, em viver o que ainda me resta de dias quentes e de noites alegres, sentidas, divertidas. Foi o tempo, apenas o tempo que me ensinou a não esperar gra

Silêncio do coração...

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São as palavras de um verso que perdeu o sentido, são as brisas frescas, aquelas mesmas brisas que nos afastaram para sempre menos na recordação de dias e de situações que acabam por invadir as noites escuras de um Verão diferente. Tudo se torna mais um engano, mais um fim em que não são valorizados os sentimentos mas sim as formas tão egoístas e tão desumanizadas de amar, de sentir. Amanhã sei que será outro dia mas hoje quero apenas esquecer, limpar toda esta recordação que de nada me faz avançar, que me prende a estas correntes pesadas de um sentimento que nem eu próprio queria sentir. As vozes agora chamam por um vida, por uma vida que tinha sido esquecida mas que certamente será o melhor caminho para eu percorrer, o melhor tempo para fechar o coração e seguir como tantos outros, desprovido de amor, visto que ele nunca chega ao que se sente, nunca nos realiza os sonhos que tão humildemente vamos formando. Se tudo fosse possível, se tudo fosse como se sente e não como se fala o mais

Amor sentido...

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Das mãos escorre aquele amor que por nós lutou, pelos olhos caiem as primeiras lágrimas de uma saudade incontrolável, indomável de um ser que sente com todas as suas forças, que vive apenas para o amor, para o que ele dá, para o que ele representa num simples beijo, num simples e terno abraço de duas almas que ainda sabem sonhar. Fracos são os pedaços que vão caindo na terra, naquela terra arenosa em que a água teima em faltar, em que os sorrisos ficam contidos para um encontro que não chega, para mais uma etapa que nem sabemos por onde começar, não sabemos por onde agarrar. Nas minhas mãos resta-me a falta das tuas e no meu olhar apenas surge mais uma recordação de todo aquele passado que ficou marcada pela partida, pela fuga de dois corações que afinal tanto se querem, tanto se lembram. A recordação começa por invadir cada momento de solidão e o sair torna-se a melhor opção, o esquecer torna-se o melhor refúgio e o chorar o melhor remédio para uma alma dorida, para uma alma que apena

Viver por aquilo que se acredita...

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Percorria assim, andava por caminhos que nem sabia bem quais, tão distante, tão esquecido daquilo que era o amor, vivia o passado, sorria pelo um futuro e esquecia-me de mim, do meu coração que estava encaixotado, tapado por tralhas de uma vida, pelo pó de um esquecimentos que teimava em permanecer em cada dia, em cada noite desprovida de sonhos, desprovida de cor. Surgiu assim o primeiro raio de luz, aquele que sorrateiramente me chegou ao coração, me aqueceu a alma, me fez vasculhar todas as tralhas e finalmente voltar a colocar o coração no lugar dele, ou seja, no meu corpo, entregue à minha alma, vivendo os meus sonhos. As minhas mãos apenas pedem aquele mundo que um dia foi meu, o meu ser procura o teu incessantemente, em cada música, em cada pequena fracção de um tempo e de uma distância que parece querer acabar com toda esta magia que um dia o destino me trouxe, que um dia o destino nos trouxe. Palavras, estas palavras espelham aquilo que sou, um desconhecido no meio de sentimen

Palavras que se sobrepõem ao sentir...

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São poemas de um tempo esquecido, são versos deitados ao vento no correr de um dia tempestuoso, frio, amargado pela falta de tudo aquilo que se conhece, de tudo aquilo que se ama. Sigo os passos que me levam a ti, arrasto-me por entre as ruelas dessa tua terra, pelas vielas que me levam a ti, ao teu coração. Sigo assim caminhos desconhecidos, paisagens nunca antes vistas, cheiros nunca antes sentidos, tudo é diferente mas ao mesmo tempo tão igual, tão igual a mim, a ti e ao sentir que se torna esquecido pelos dias que corem, pelas pessoas que valorizam mais as coisas insignificantes de uma vida. Prendo-me assim a um sonhar, a uma estranha forma de vida que se constrói de projectos verdadeiros e não de simples fantasias imaginadas mas efémeras na continuidade de uma felicidade, no desenvolver de um amor que já não se encontra com facilidade. Assim luto, vivo sempre com o coração aberto, vivendo de sentimentos e não de angústias para ser aquilo que os outros são, aquilo que se valoriza m

Nunca te esqueças de amar...

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Secretamente vou contando os minutos que faltam para te ver, secretamente vejo as tuas imagens espelhadas numa vida, numa forma de sentir que descobri no momento em que o destino colocou-te no meu caminho, coloco-te dentro do meu coração. A distância aparece hoje como uma simples forma de mostrar que afinal tudo é bem mais verdadeiro, que afinal não houve um engano mas sim uma batalha que acabou por ficar parada à espera de novos dias de glória. Estou assim eu, perante tudo o que já fui e com os sonhos que guardo dentro daquele coração que é teu, aquele coração que aprendeu a amar mesmo sem saber que o fazia, que ama mesmo sem medo de errar. As letras agora aparecem em vez das simples palavras que se encontram caladas, agora só quero pensar, sentir, saber que lutarei por chegar ao que sempre quis, por amar aquela pessoa que sempre encheu os meus contos românticos, as minhas histórias de amor. Os dias parecem não passar, o tempo parece estagnado mas a vontade permanece sempre forte e o

Certamente o tempo mostra tudo...

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Invade-me daquilo que mais verdadeiro há, leva-me a sonhar, pega-me na mão que eu vivo apenas para amar e não representar papéis imaginados, papéis falseados entre o que se é e o que se quer ser. Mostra-me o que de mais puro há em ti, mostra-me que afinal os dias podem ser bem maiores e que o amor não se trata apenas de um sentimento esquecido entre os jornais e as revistas de um mundo tão egoísta, de um mundo em que os sonhos não têm o papel principal. Fala-me de amor, fala-me de paixões assolapadas e de amores verdadeiros, murmura-me ao ouvido e canta para mim todas as musicas que enchem o teu imaginário, aquelas músicas que te atingem o coração e se expressam entre um sorriso ou um arrepio na pele. Hoje, agora e sempre, o teu caminho cruza-se perante o meu, as tuas mãos entrelaçam-se nas minhas e os nossos corações chamam ardentemente um pelo outro, chamam os nomes da nossa alma, os sentimentos do nosso mais puro viver. Olha-me nos olhos, toca-me na pele, beija-me e verás que afinal

Desconheço-me...

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Desconheço-me por entre as palavras de um amor que nem é o meu, desconheço-me sempre que falam de justiça e eu apenas vejo que isso te torna mais uma simples palavra que acaba por perder a acção, acaba guardada numa gaveta. Desconheço-me, desconheço, assim aquilo que dizem de amor e de vontade de amar, desconheço cada fim que chega quando a força é menor, de cada lágrima derramada sempre que deveria existir um sorriso, de cada virar de costas sempre que algo é verdadeiro. Vivo assim no meio de um desconhecido, de um ter e não ter, de um agarrar ou apenas largar. Uma inconstância, uma ausência de sentimentos que cada vez mais se torna natural, que cada vez mais é praticado esquecendo o amor, aquele verdadeiro amor que eu ingenuamente ainda vou acreditando mesmo para além das contradições, mesmo para além das palavras que acabam caladas sempre que necessito de respostas, sempre que vejo que o que valorizam não é o sentir mas sim o desejo de posse, de um querer efémero e repentino. Descon

Suave e real, verdadeira e sentida...

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Sorri, apenas sorri quando despertei daquele sonho, daquele pequeno pedaço de uma realidade ali vivida, ali sentida, com todas as forças, com toda a paixão de um coração que luta e bate por ti, por um segundo do que é amar-te, por um instante do que é sentir-te para além da distância real, do medo de te perder. Os dias são passados com a recordação, com as fotografias que me tiram o sufoco de saber que um dia não soube lutar por ti como tinha de ser feito, que preferi virar as costas numa atitude cobarde que eu próprio desconheço em mim, desconheço na minha forma tão simples e tão verdadeira de sonhar. Estás aí e eu aqui estou, agarrado a ti e tu agarrada a algo que no final de contas se torna um nada, se torna um tempo expirado, fora de ti, fora de tudo aquilo que escreves, que sentes, que queres para a tua vida que acredito que se coaduna bastante com a minha. Sonha, apenas sonha mais uma noite, no sonho encontramo-nos nem que sejam em simples e suaves toques um no outro, pele com pe

O sentir vai muito mais para além do ter...

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Se todas as escolhas que fizesse-mos passassem a uma realidade, escolhia o caminho em que tu te cruzavas no meu, o caminho em que tu não fugisses em direcção a um passado e em que juntos conseguiríamos construir um futuro, uma história que sonhamos desde crianças, desde que aprendemos a amar. Sei que sonhas, sei que sentes e isso leva-te a ti a lugares que muita gente desconhece, que muita gente gostaria de viver, de sentir. Agarra-me na mão que eu te abro as algemas que te prendem a esse tempo, dá-me um beijo que eu não te engano com cada sentir, com cada olhar, com cada som que o meu coração transmite sempre que nos cruzamos, sempre que nos tocamos. Os sonhos são feitos de vontades e as lutas são uma constante, uma forma de vida, uma necessidade para conseguirmos ser felizes, ou seja, a única forma de te poder tocar nem que seja em simples sonhos que me enchem o coração e que me colocam um sorriso no rosto. Tempos passam, pessoas acabam por permanecer, por ficar ancoradas a este meu

Será sempre assim?...

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Palavras surgem no meio de algo desfocado, de algo em que a nitidez desaparece e dá lugar ao desconhecido, ao escuro de uma noite que nem sei como a descrever, como a sentir. São duas almas a vaguear, dois corações que procuram um pouco de amor que acaba por teimar em não aparecer, procuram felicidade, procuram um final feliz para um conto que ambos escrevem, no seu segredo, no seu mais recôndito íntimo. Ele apenas consegue escrever de amor, ele apenas escreve sentimentos porque vive dos mesmos. Ela por seu lado apenas sabe o que quer, luta pelos sentimentos mas procura um futuro que perdeu no passado e isso prende-a, isso faz dela uma prisioneira da sua própria história, de si própria. Os sorrisos ficam contidos e os sonhos invadem ambos pela noite a dentro, pelo sentir e não sentir entre as vicissitudes de uma vida, entre projectos adiados pelo medo de um desconhecido. O amor não se conjuga, o amor vive-se ou apenas ignora-se, vivendo o amor pode-se errar, esquecendo-o acabamos por n

Especial e verdadeiro...

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A dor da perda, o sofrimento de uma despedida que nem deveria existir, foram amores trocados, cartas rasgadas, fotografias deslaçaradas, palavras caladas de um amor tão forte e ao mesmo tempo tão doloroso de uma história que desconheceu o seu próprio final, que desconheceu o fim a que os personagens chegaram. As lágrimas escorriam pela face dos dois no meio da noite, no meio da neblina daquele local tão mágico mas ao mesmo tempo tão sofrido, tão desprovido de um amor que ali estava a padecer, que ali começava a desvanecer entre as pedras da calçada, entre as tábuas de um pontão à beira rio. Foram simples instantes sufocantes, foram segundos em que o tempo parou e que a força de cada um de nós não conseguia mover os ponteiros de um relógio estagnado, de um relógio que ali permanecia tão constante ou até mesmo inconstante no meio da noite. Tudo era desconhecido, o sabor dos lábios, o rasgar da pele, o desejo carnal, o sentimento ali depositado, viramos assim as costas e partimos, cada um

Sonhar para além do querer...

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Falar de mim em cada pedacinho destes simples rascunhos que escrevo não é fácil, não é fácil falar de amor e muito mais difícil é falar de partidas, de chegadas, de pessoas, de sentimentos. Desta forma vou escrevendo pequenos fragmentos de vida, pequenos instantes de uma história que está constantemente a inventar e reinventar-se entre os dias quentes de verão ou até mesmo entre as noites frias de um Inverno passado em frente à lareira. Sou um sonhador, em cada palavra que escrevo mostro isso, vivo de sentimentos e isso, ninguém me arranca do peito, daquele coração que tenho o privilégio de me ter sido atribuído no dia em que me tornei pessoa, em que aprendi a amar. Cada palavra fica guardada, cada situação, cada rosto fica gravado em mim, por isso este meu escrever, este meu sentir. São pequenos pedaços de mim que por aqui andam, pedaços de mim que deixo nas pessoas e outros tantos que trago comigo para que estas nunca caiam no esquecimento de uma vida, de um afastamento. Sou lutador,

Palavras repescadas do coração...

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São meros eufemismos de uma realidade distorcida, são palavras jogadas ao mar, são canções sem um fim previsível. Assim é uma vida, repleta de enganos e desenganos, pessoas e palavras, sentimentos e emoções, tudo no seu lugar, tudo baralhado em dias de enorme hesitação, de dúvida permanente. Chuva de Verão ou então mesmo sol de Inverno, algo inexplicável, algo que parece não pertencer a uma realidade que se vai construindo com o passar do tempo e das horas e com o amadurecer de um coração que acaba por se moldar ao amor, que acaba por vive-lo ou abandona-lo segundo o que se sonha, segundo aquilo que tanto se quer. Rasga-se assim um sorriso, cai a lágrima da última despedida e limpa-se todo o resto de recordações amarguradas, levantamo-nos e em passos inseguros começando a caminhar de novo, a traçar caminhos, a fugir de atalhos. O erro surge mas do que fale não falhar? Do que fale nos orgulharmos de não correr riscos para mais tarde podermos dizer que nunca erramos? O erro, sempre o err

Estradas de tempo...

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O princípio de um novo início, um sorriso depois da despedida, um olhar depois do engano dos teus olhos. Diferente, bem diferente e assim vou sentindo a diferença naquilo que agora vejo que se torna outra forma de vida, outra forma de pegar no que temos e fazer pequenos castelos que se tornam fortes e que com o tempo se vão desenvolvendo e crescendo tanto em sentimentos como em laços que se tornam apertados, firmes. Passado, palavra assim dita e assim sentida por mim sempre que vejo que tudo não passa disso mesmo, de recordações distorcidas e de palavras caladas que apenas fizeram do tempo simples segundos de um filme que ainda agora começou, que agora começa a se desenrolar entre ruas estreitas e pessoas reais. Sentimento, saberás tu sentir? Certamente saberás mas a tua simples inocência faz de ti uma pessoa solta, largada num mundo em que apenas todos te tentam pegar e em que tu acabas por fugir, não sei se por instinto ou se apenas por aquilo que eu mais valorizo em ti, a luta por u

Esquecimentos...

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A melodia da tua voz passava pelos meus ouvidos e suavemente tocava-me nos lábios de uma forma que nem sei explicar bem qual. O teu olhar chegava-me ao coração e o meu coração apenas te mostrava amor, apenas te dava paixão. Os dias passaram e o que parecia mais uma falta de sensibilidade que te invadia, vi que afinal era uma barreira que sempre permaneceu, que sempre ficou acabando por nos afastar, acabando por esconder os corações que ambos temos num local que nem sabemos onde fica, nem se sabe onde encontrar. Foi apenas o amor, aquele que deixaste escorrer entre os dedos naquela partida fugidia, naquelas ruas escuras que preferiste andar sozinha do que com as mãos que te agarravam, que te amparavam quedas, que te davam força. Agora tudo ficou bem diferente, tudo agora se resume a minha e à tua história sem se conhecer no final aquilo que se acreditava que era nosso e que originava uma história em que os protagonistas éramos nós e apenas nós. Não sei se a forma de amar é igual, não se

Amor, aquele sentimento...

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Amor, aquele sentimento que aprisionaste e que escondeste dentro de uma gaveta que nem sabes bem qual. Amor, aquele que perdeste como se de uma criança se trata-se em dia de feira em que lhe soltaste a mão e ele se perdeu entre toda a multidão, entre toda uma série de sentires e sentimentos. Amor, aquele que simplesmente voltaste as costas e preferiste não o viver. Amor, aquele por que tu choras sempre que te lembras que afinal sem ele não és feliz. Amor, aquele que sempre tentaste viver mas que afinal de contas não o conseguiste ainda fazer, porque te falta algo, porque te falta humildade. Amor, aquele que tentas descrever por palavras mas que acabam por transmitir algo que na realidade não se coaduna com a tua vida, não pertence a ti. Amor sempre o amor, aquele que esqueceste mesmo antes de viver, aquele que rejeitas-te mesmo antes de conhecer, aquele que menosprezaste mesmo antes de o sentir, aquele amor que nunca conseguirás ser feliz sem o viver, sem o sonhar. Hoje apenas recordas

Um tudo no meio do nada...

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Pára, escuta, sente as batidas deste meu coração, de um coração que renasce agora de tudo o que o tinha feito morrer, e assim torna-se de novo sonhador, lutador e detentor de uma força que nem sei muito bem explicar. Saberia que o sol iria iluminar de novo este meu quarto, que as cortinas iriam se abrir com a brisa fresca e voltaria a ter os dias que acabaram apagados pela partida de um passado que me afastou da realidade, me tirou a vontade de amar. Hoje apenas sei que tudo não foi em vão, que as partidas repentinas, que os enganos cometidos, que as hesitações que sempre existiram, acabaram por moldar aquilo que hoje sou e possibilitaram-me sonhar de outra forma, de uma forma em que apenas o real pode ser vivido deixando todo o imaginário para um outro plano, para um outra batalha que passa por querer rebentar muros e chegar a uma utopia que nem sempre se torna real. Sou assim mais um pouco de tudo, mais uma realidade do que um mito, mais um lutador do que um desistente, mais um sonha

Prisões de algo que nem se sabe o quê...

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Farpas, apenas farpas restam de um esquecimento que apareceu, de um tempo que passou na inconstância do que era real e do que apenas era construído sobre sonhos que nunca chegaram a ser vividos. Palavras soltas, emoções rasgadas e no fim tudo se perdeu, no fim tudo foi mais um capítulo mal escrito e encenado de uma forma rude, atroz e ao mesmo tempo distante. O sentimento perdeu-se entre as águas que escorriam pelo rosto dele e pelos cabelos dela que acabaram por esvoaçar rumo a um outro destino, a um destino em que o amor ficou esquecido e em que ambos reaprenderam a viver, ou melhor dizendo, a sobreviver. Lembranças, choros, saudades e pedidos para o tempo voltar de novo ao que era, tudo foi pedido, tudo foi sentido entre a ânsia de viver sonhos, entre a ambição de realizar projectos, simples projectos que mostraram-se bem mais importantes com o sentimento de perda tão presente, tão agarrado a um corpo que apenas quer rasgar a pele e despir-se de tudo o que é um passado. As mãos agor

Foste sempre tu...

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Caminhos, simples caminhos de uma vivência que nem sei bem qual, cores, luzes desfocadas e holofotes que acabam por se apagar no fim de uma peça que nem soube qual seria o final. Os actores desceram as escadas num tom silencioso e o público nem bateu palmas naquilo que não parecia uma peça de teatro mas sim uma vida, uma vida vivida, amargurada, sentida, ferida. O amor, apenas o amor era o ponto principal de tudo aquilo que ali estava, um amor perdido, um amor vencido entre a ignorância de um não saber e entre a ferida que teimava a ficar no peito de quem tanto sentiu, de quem tanto lutou para ser feliz com a pessoa mais verdadeira que algum dia conheceu. O pano fechou-se e as pessoas saíram, com lágrimas nos olhos, o actor, trespassado por um ferro que o tirava a vida abandonou as escalas a cambalear, a sangrar, a sofrer e a actriz fechou o seu coração, levou o seu mundo e levou o dele consigo. Assim foi, o tempo passou e a dor ficou, mas que dor? A dor vinha do coração mas ele não o

Saber amar-te...

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Os dias de calor chegaram a este meu porto, a escuridão dissipou-se e apenas reflecte na água deste meu cais o sorriso de algo que nunca perdeu o seu encanto. O cheiro do mar entra-me pela casa, o calor abrasa-me as noites e a areia agarra-se ao meu corpo que agora é repleto de sabor a sal, repleto de recordações com um cheiro que se entranha na roupa e me faz suspirar pelo dia de amanhã, pela continuação do que hoje ficou parado. Os passos agora encontram-se certos, no areal deixo as minhas marcas e tu segues as mesmas com os teus pés, com a tua forma de sentir, tão diferente mas ao mesmo tempo tão igual à minha. O tempo passou, tudo mudou, o que de um certo ponto se torna bem mais mágico, bem mais empolgante de lutas por ganhar e de batalhas para nunca se perder. Passado, apenas o passado ficou inalterável, utópico, capaz de romper os maiores sorrisos ou até as mais sofridas lágrimas, lá ficou aquilo que apenas não quero voltar a viver, lá ficaram coisas que sei certamente que nunca

Farpas de um sentir...

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Eufemismos de uma paixão ardente, extremas loucuras de um amor que se tornou diferente de todos os outros nem que seja pela simplicidade de uma criança que apenas sabe amar. São jóias, são puros diamantes por lapidar, naturais, e logo bem mais verdadeiros no que toca ao sentir através do coração em compassos acelerados ou lentos dependendo de um tempo, de um sentimento, de duas pessoas. Sente-se assim a poesia vinda apenas do que se chama amor, as vozes cantam um fado bem mais alegre do que aquele que apenas refere a dor de uma perda, de um pedaço de nada esquecido entre o que é amar e o que é partir esquecendo o amor de uma vida, a paixão inteiramente perdida. O sol torna-se conselheiro daquilo que se sente e a distância revela bem mais do que apenas pensávamos ser mais um turbilhão de emoções que nos tapava a visão e enganava o coração. Veio assim algo bem diferente, a utopia virou magia que invade os dias de calor e a saudade tornou-se um sentimento bem mais vivido, bem mais conheci

Palavras gastas...

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Certamente o tempo passou, as palavras ficaram gastas e as direcções tomaram outros rumos, outras formas de vida. Foram instantes, pequenos instantes de um amor diferente e ao mesmo tempo tão igual, irrelevante e ao mesmo tempo com uma importância tão grande que deixou marca naquele coração que apenas soube amar. Voaram as horas, os segundos e apenas ficaram dois corpos, despidos, sem mascaras, vulneráveis a uma paixão assolapada e ao mesmo tempo tão irreal, tão sonhador. Foi uma utopia, um devaneio da mente que afectou terrivelmente um coração, foi um lápis que acabou por escrever palavras numa folha que se apagaram com o sol e com o envelhecer característico de horas e de tempo que não pára e que vão avançando em direcção a um fim que nós próprios escrevemos. O amor apenas se tornou mais um sentimento esquecido, entre a fuga sufocante e partida desesperada em que tudo aconteceu, em que tudo acabou. A terra apenas a terra ali ficou, impávida e serena, assistindo a algo que ali se plan