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A mostrar mensagens de fevereiro, 2020

Detesto que me digam que tudo vai ficar bem...

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Não quero agora... voltar... Depois do meu corpo entregar-se à saudade, Depois da minha alma dar-se ao esquecimento do meu passado. Quero deitar-me na solidão, Nos braços vazios daquilo que sou, Nas noites frias em que as minhas lágrimas secam no meu rosto. Não quero agora... viver... Sentir na pele a injustiça de perder o que tinha, De tentar agarrar o que me foge das mãos, O que se perde em doces ilusões... que hoje não passam de amargas realidades. Quero simplesmente... desistir... Deixar para trás tudo o que me magoa, Tudo o que fere o meu coração, Tudo aquilo que me faz desacreditar nos bos sentimentos. Não quero agora... ser forte... Porque já o fui tantas vezes, Mesmo depois de todas as chapadas na cara que a vida me deu, Mesmo depois de todos os murros que o meu corpo sofreu -  Calado. Sempre calado... Hoje não quero mais sorrir com vontade de chorar, Não quero mais ficar estando perdido, Não quero mais ouvir todos aqueles que me dizem que tudo vai ficar

Amar não é somente Fu#d$r!

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Amar não é agarras-me, Usares o meu corpo, despires a minha roupa, roubares-me um beijo, desrespeitares a minha vontade. Amar... Não é mentires, enganares-me, violares os meus desejos, E entregares tudo o que eu sou a uma cama,  A uma noite de prazer. Amar não é somente Fu#d$r! Rasgar a vontade, beijar na insanidade, Cansarmo-nos em orgasmos e cenas parecidas, Em noites perdidas, Em promesas incrumpridas, Em copos vazios e álcool no sangue.  Amar não é isso... Não é só alimentar o fogo, queimar o desejo, Matar aquilo que tanto queremos, Não é só mais uma queca a juntar a tantas outras. Para mim amar não é isso... Não é chegares a casa, encostares-me contra uma parede, Morderes-me a pele e marcares-me a alma. Não é isso... Amares-me não é só me comeres,  Comeres a minha carne, a minha libido, a minha fragilidade. Amar... não é usares aquilo que sou, Só para que tu tenhas prazer... Enquanto que eu te vejo arder, No meu corpo que arrefece... Na morte de um sonh

Dói-me a ansiedade de sofrer sem querer...

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Dói-me o peito... Doem-me as temporas, Dói-me a alma. Perco a calma e perco-me de mim, Encontro-me na angústia dos meus pensamentos, E na ansiedade de me encontrar de novo. Doem-me os olhos, As lágrimas que escorrem pelo meu rosto, A saudade de tudo o que um dia tinha de tão meu. Dói-me o coração, A sensação de que agora vivo num caos, Num turbilhão de sentimentos, Que me levantam e ao mesmo tempo me empurram, Para o chão, para baixo, para a solidão. Abraço-me a mim mesmo, Fecho os olhos e penso que tudo não passa de um pesadelo, De um mau sonho que se dissipará no dia seguinte. Bebo um gole de arrependimento, Olho o firmamento e choro a minha vida. Hoje dói-me a partida, a chegada, a minha mão cheia de nada, A doce ilusão dos sonhos que esvoaçam de mim. Dói-me o peito... Doem-me os sentimentos, Dói-me a injustiça que um dia se aproximou, Tomou o seu lugar E quis ficar...  Mesmo que eu não tenha pedido... para sofrer.