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A mostrar mensagens de outubro, 2013

Pequeno momento...

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No toque das palavras proferidas fomos tanto sem o ser, nós de saber, nós que prendem, que fazem querer. Musicas largadas ao vento, frases escritas e outras tantas caladas que nos arrastam nesta vida sem rumo definido, com futuro sonhado. Naufragamos em nós mesmos para nos encontrarmos por aí, em qualquer lugar, numa rua de Paris, na Gare do Oriente, em frente a uma rocha numa praia só nossa. Tatuamos o corpo com as escaras, antes abertas, agora fechadas com vontade de conhecerem uma nova realidade, um novo sabor, uma nova cor. Os meus olhos perguntam pelos teus, a minha alma grita o teu nome, será que me ouves? Ou será que me sentes? Neste caminho trilhado pelo amor, na verdade, nunca esperei que ouvisses, sou um homem que prefere que sintas, na chuva que te toca o rosto, no cheiro que te faz recordar ou nas fotografias que matam a distância, que te fazem chegar. Nesta noite de Outono, somos as folhas caídas das árvores, somos as folhas em branco, as folhas que temos uma eternidade p

Diário de Bordo - Dia 30/10/12

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Debruçavas o teu ser na minha alma, ficamos tempos sem tempo, horas sem ponteiros, momentos vividos, agarrados no frio de uma tarde de Outono. O sangue corria de forma desenfreada, naquela tarde gelada, em dois corações quentes. Segredando-te ao ouvido confessava cada recanto do meu ser, cada sentimento sentido em ti erigido, num sonho de criança, numa vontade de homem. Sorrindo desvias-te o teu olhar em direcção ao mar e, naquele areal, permanecemos como dois intempestuosos seres, libertos de amarras, libertos da noção de certo e de errado. O cheiro da tua pele permaneceu no meu imaginário, o toque, a suavidade de um bailado de dedos que percorriam o corpo, que abraçavam a vontade que era maior que os homens, inexplicável ao olhar de tanta gente. As tuas palavras ficaram tatuadas no meu ser, neste caderno em que escrevo as memórias de uma vida, o que realmente é importante neste caminho seguido a dois. Em palavras baixas disse-te que foi no risco que nos cruzamos e é sempre, nesse ri

Rasbisco...

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Dançamos que nem loucos, num toque sentido, num lugar perdido, numa sinfonia de dois corações. Deslizamos por aquele soalho de madeira com cheiro a Outono, sentia o teu pulsar no meu abraço, perdia-me no olhar que emanava do teu ser, que me revelava a tua alma. Sentia-te, sentia a aragem que passava pelo teu cabelo, que me fazia avistar uma garrafa de vinho aberta com dois copos, com duas velas acesas. A melodia transpirava vida e os nossos corpos, naquele abraço, deixavam-se ir, numa sala com lareira quente, com vista para um mar tão nosso. Livres, livres confessávamos sentimentos, falávamos num beijo silencioso em que a alma revelava bem mais do que aquilo que queríamos. Há muito que te escrevia em contos meus, em rabiscos que preenchiam as paredes do meu quarto, aquele que emergia do meio dos sonhos, que te formava assim, mulher, a minha mulher. Chegaste suavemente a mim, no meio de acordos de guitarra e compassos descompassados de paixão. Ficas-te a habitar o refúgio do meu ser, f

Fora d´horas...

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As mãos escorriam pelo corpo fundido num desejo sussurrante. Eram beijos rasgados com sabor a desejo, roupas espalhadas, uma cama desfeita, uma vontade satisfeita. Contornos pintados numa tela com cor de sangue, com reflexos e devaneios de duas mentes depravadas que se entregavam ao desejo sem o reprimirem. Os olhares penetravam-se em espasmos mudos e apertões que deixavam marca, que os marcavam nas tatuagens bruscas e brutas que lhes faziam querer mais, que lhes faziam desejar mais. Os dias eram contados pela vontade de percorrer quilómetros a fio, distâncias que nada eram, intervalos que os faziam rasgar a pele, atreverem-se a ser ousados. Eram livres num acto apenas deles, numa mistura de secretismos e de antagonismos que lhes conferia uma identidade tão própria. Ali despiam-se, largavam-se as rotinas e entregavam-se ao prazer do corpo, sem moralismos, sem falsas modéstias de quem desconhece o que é agarrar um corpo explorando o que vai para além do mesmo. Eram trovadores de um con

Letras...

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O tempo irrompe pela nossa forma de sentir, na nossa forma de amar. Quebramos os minutos, pensamos que o amanhã será o grande dia e quando, o amanhã chega, voltamos a adiar a nossa luta para o dia seguinte. Assim vamos vivendo, ou melhor dizendo, vamos apenas sobrevivendo numa vida meio vivida, meio esquecida. Pensamos demais, pensamos tanto que acabamos por cometer o maior erro da vida, não vivermos porque nem sequer fomos capazes de tentar. Fala-se de amor, de uma necessidade que existe de se encontrar pessoas que saibam amar e, quando as vemos, o que se faz? Nada, porque voltamos a comparar pessoas e a pensar que iremos passar pelo que passamos anteriormente. Ora, se nascemos para amar e ser amados e se não o fazemos, então o que estamos a fazer? Estamos a adiar a história e, com isto, acabamos por anular um tanto que poderia ser vivido e que acaba em nada que te faz arrepender. A maioria das pessoas arrepende-se de não ter vivido algo, lamenta, mas esquece-se que a principal c

Gostus...

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Sou um apaixonado nato, amo pessoas, palavras, versos, prosas. Gosto de tudo por inteiro, de um amor inteiro, de um sonho inteiro e até mesmo de um lutar inteiro. Não sou de ir por outras palavras, não me interessam os caminhos percorridos, o que me interessa são os destinos para onde se pretende seguir. Não ligo a nomes, sobrenomes, erros ou até mesmo bagagem que tragam do passado. Gosto da simplicidade, da humildade de um abraço e da força de um querer. Não sou apologista de bonitas carapaças, de mascaras bem produzidas que tapam pessoas vazias e chatas. Gosto de quem dá de si, de quem não tem medo de falhar, de tentar, de mostrar-se, tal e qual como é, sem pudores, sem receios, sem falsos moralismos. Gosto de quem desafia a vida, de quem quebra a monotonia, de quem invade o mundo de uma outra pessoa mostrando que vale bem mais do que tantos outros possam ver. Gosto de coisas verdadeiras, de pessoas que inventam mundos, de pessoas que reinventam amores, de pessoas que abraçam, quere

Rima da primeira letra...

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Barco de papel, de papel que me leva, que me arraste, que traduz as linhas escritas de um destino vivido. Prosa complexa, pedaço de tudo, mão cheia de nada. Sonhos vividos, sentidos na neblina acordada de uma noite de outono, fazem-se os primeiros ajustes, confessam-se os primeiros amores. Caminhos seguidos em passos firmes, firmeza de quem sabe o que quer, de quem luta, diariamente, por um futuro sonhado, por projectos que vão para além do visível ao olhar de tanta gente. Sorrisos, choros descontrolados, noites mal dormidas e um pensamento único, um querer tão intenso capaz de dar significado a uma vida. Mais que dias, são escolhas, escolhas contidas em palavras proferidas, em simples tempos em que o tempo nada vale comparado com um amor crescente. É o reinventar do homem, uma criança que se vê crescer na sua própria essência, é pano fino de linho, é a pele tingida de um sofá em que te sentas. Metas cumpridas, sonhos adiados, amores vividos e outros residentes para lá do firmamento.

Percepção...

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Tocava-te na pele, sentia-te mesmo ali, numa mistura que me envolvia no sabor doce do teu beijo, no abraço apertado do teu ser. Simplesmente ias-me revelando o caminho e eu seguia-o, passa-a-passo, na altivez de um orgulho nosso, de um sentimento presente. Há muito pedíamos o momento, o momento em que os nossos dedos se entrelaçavam numa sinfonia de batimentos cardíacos em que os sorrisos cravavam, na memória, a vontade de ficar ali mesmo. Segredando-te ao ouvido disse que o mundo estava na palma das nossas mãos, que as marés eram firmes ondas que embatiam contra o nosso corpo, que revelavam a firmeza da ancora que colocamos nesta  baía   nesta cais em que nos despimos de tudo o que nos tapa o rosto, que nos encubra a vontade. Estás aqui, neste beijo que guardo em memórias minhas, nestas letras rabiscadas que têm o teu perfume, o teu toque, o teu amor. A distância perde-se nos sonhos que sonhamos, nesta forma livre de sermos, em que os caminhos e estradas nada são comparados com os la

Isto que dizem que é o Amor...

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O amor não carece de  concepções,   falsas noções, más interpretações. O amor é livre, intemporal, sentimental, carnal. O amor encontra-se por aí, nas paredes escritas, nas músicas compostas, nas perguntas, nas respostas. O amor não é tocável e muito menos instável, o amor, causador de insanidade, de loucura, de verdade. O amor não é estrutura e muito menos prisão, amor de verdade, fica na presença, na ausência, no abraço, na saudade. Troca-se amor por aí, nas mesas de um café, num bilhete deixado, numa sala, em qualquer lado. O amor quer-se selvagem, confiável, seguro, mutável. O amor não resiste ao monótono, às palavras caladas, às conversas encenadas e muito menos as lutas inacabadas. O amor assume qualquer forma, qualquer corpo, qualquer alma desde que se esteja disposto. O amor não é, apenas, para os fortes, o amor vive nas ruas pintadas, nas gentes sonhadas e até mesmo num simples olhar. Não me falem que o amor é um livro escrito, o amor escreve-se a cada dia, sem coisas forçada

Aquele mesmo olhar...

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Toque, sentia-se o toque de dois corpos que se despiam, que se fundiam, num oceano de desejo, num areal extenso da paixão que tivera chegado. Embrulhados um no outro, sob a luz do luar, naqueles beijos rasgados, abraços apertados, gemidos calados, confessavam o tempo, paravam os relógios. Gritos mudos entendidos por dois olhares, dois amantes, um só lugar, um coração cravejado de tatuagens de um amor maior. O cabelo molhado era sentido, numa noite fria aqueciam-se ali, no sabor salgado da pele arrepiada, no pedir de mais, de um mais que ambos saciavam no silêncio de uma noite tão deles. Os quilómetros os tiveram arrastado para aquele refúgio que antes desconheciam, seguiam os passos de um querer, sem cobrar no dia seguinte, sem projectar em cima de um momento partilhado. Ambos sabiam que era no secretismo daquele encontro que residia a adrenalina que lhes corria nas veias, que eram naqueles beijos ora roubados, ora envergonhados que, os dois, se entregavam ao prazer sem culpas, sem mo

O que se quer na Mulher...

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Não importa a cor de cabelo que ostentas ou a marca de roupa que vestes, muitos menos interessam os colares que tens guardados naquela caixinha arrumadinha no quarto ou até mesmo quantos vernizes fruis na tua colecção. Não importa o teu passado, as tuas escolhas erradas ou aquilo que deixas-te por dizer. Não interessa que chegues de cabelo despenteado, com o batom mal retocado ou com olhos mal pintados. Não importa que te rias alto, que gostes de futebol ou até mesmo de beber uma cerveja numa dessas tascas que existem por aí. Um homem não procura perfeição e muito menos réplicas de uma boneca ou de uma imagem que se torna tão artificial que nem verdade se encontra no olhar. Um homem quer uma companheira, uma guerreira, alguém que se faça à vida, que não tenha medo de partir uma unha, duas ou até mesmo três. Um homem deseja encontrar uma pessoa para conversar, para amar, para tocar, para agarrar. Para que serve um corpo perfeito com uma mente tão vazia? Pois bem, mulheres e jovens que

Tempus...

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E spectros passados de uma vida meio vivida, naquela hora, naquele mesmo lugar, tudo se dissipava nas águas turvas que limpavam o corpo daquele homem, o coração daquela alma que lutava por uma felicidade que deixara de ser utópica. Por entre sorrisos e gestos descontrolados, erguia-se a vontade no encarnado sangue de um guerreiro que, em tempos, descobriu o que era o amor. Pinceladas de vida, uma vida por viver no retrato minimalista de linhas cruzadas que revelavam sonhos antigos, agora presentes, numa história em constante mutação. São escolhas de caminhos, atalhos descurados por quem segue nas avenidas de um receio perdido pela vontade maior de arriscar. Sobreviventes, chamas ardentes de quem de si não se perdeu, de quem preserva, nas suas mãos, a forte força de acreditar na plenitude de um acto  heróico  que não contempla quem vive na sombra de um medo ofuscante. Criança vista crescer, maturidade assente nas travessas de uma escolha que o fez seguir rumo aos mares mais profundos,

Selvagens...

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Contornavam o corpo um do outro numa noite de paixão, suspiros silenciosos, sussurros confessantes, momentos insanes. Deixavam-se ir, no rasgar da roupa caída pelo chão, no meio daquele quarto, em cima daquele colchão. Guiados pelos dedos que pediam mais, os corpos entrelaçavam-se em actos  carnais   de quem pedia um pouco, de quem pedia mais. Deixados nas horas, repletos de tanto, eram gestos e gemidos, proferidos, contido, sonhados, vividos. Olhares que se penetravam, na melodia daquela paixão, suores frios, tremores fugidios, sorrisos descontrolados, desejos saciados. Eram amantes num acto apenas deles, sob a luz da lua que passava por entre as vidraças da janela daquela casa, num lugar qualquer, numa história que os fez conhecer. Mordendo os lábios um do outro entregavam-se ao toque, a pele era apertada pelas mãos, pelos dedos que se contorciam na vontade de viver tudo num só sopro, num sopro de ar que saia pela boca deles, que se misturava no meio dos beijos roubados, desejosos d

Contornus...

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A vida tivera dado tantas voltas, tantos os rumos seguidos, tantos os desejos pedidos. Nós estávamos ali, um perante o outro, despidos, juntos, olhando na altivez de um sentimento que perdurava há tanto tempo. Em palavras mudas comecei a dedilhar o teu ser, fechei os olhos e deixei-me ir, toque a toque, sentido a sentido. Sentia-te, perto, o teu respirar estava colado ao meu fazendo, de nós, a continuação um do outro, a resposta das perguntas que tanto fazíamos. Naquele momento, naquele lugar nada  éramos  e, ao mesmo tempo, em tudo nos tornávamos, silenciosamente confessávamos e no silêncio das nossas vozes entendíamos tudo num  dialecto  apenas nosso. Um dia disseste-me que a vida seguia o rumo das nossas escolhas, que  éramos  carne, coração, prosa ou canção. Disseste-me que o tempo nada era e que as horas passavam fazendo, de nós, trovadores da nossa própria vida. Esses dias para mim tudo são, nunca contei tempos e muito menos caminhos, sempre preferi ser livre, reagir por insti

Da próxima vez...

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Da próxima vez, não fiques por aí, fica em mim, recebe o que te dou. Da próxima vez, agarra a minha mão, segue os meus passos e eu far-te-ei sorrir. Fica aqui, permanece na minha história, escreve comigo os nossos próprios sonhos, lutaremos juntos por eles. Hoje sente a minha presença, sente a minha voz ecoando dentro do teu peito, dentro desse coração em que um dia ancorei, em que um dia vi para além das barreiras que possam existir. Não é verdade se disser que não te amo, não é verdade se disser que de ti não me lembro. Mentira minha, mentira nossa se partirmos em busca de algo que não sejamos nós mesmos, que não sejam aqueles sorrisos que nos fazem sorrir. Da próxima vez, olha-me nos olhos, despe-me a alma, e explora cada sinal calado, cada silêncio impregnado de mim, embebido deste meu amor. Recorda cada momento, cada pequeno momento que forma algo nosso, que nos entrelaça nas vielas das ruas que nos conhecem, das prosas que falam de sentimento. Procuremos juntos o porto de abri

Desde que te ouças...

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A garra o teu querer, luta, enfrenta fantasmas, rompe as barreiras que tu crias. Foge do mundo, refugia-te na tua vontade, faz do teu sentimento habitação em que te albergas, torna toda a tua história numa compilação de momentos bons e maus. Corre, cai, erra, aprende, nada na vida te será dado sem nada fazeres, nada saberás se te guiares pelas palavras dos outros. Tens de viver, tens de caminhar por ti e nunca ao colo de um outro alguém. Sente a firmeza das tuas escolhas, sorri, chora, expressa tudo o que te vai na alma, não guardes, não te enganes. Batalha de forma frenética por aquilo que tanto queres, vive o momento, o teu próprio momento. N ão te guies pelos olhares que não são os teus, não acredites nas “verdades” que te contam sem tu mesmo(a) teres visto, sentido. Grita ao mundo o teu sentimento, sente o coração, pára, toma uma chávena de chá e orgulha-te do que és. Vê-te ao espelho, não olhes apenas as roupas que te cobrem ou a massa corporal que te envolve, olha a tua alma p

O que deixas por cá...

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O vento arrasta o meu corpo por estas ruas, neste refúgio dos meus sentidos. Entre vozes e sorrisos camuflados procuro a tua alma no meio de tantas, procuro a minha verdade e não mentiras em gestos contorcidos ou corações amargurados. Na liberdade das minhas escolhas escalo mais uma montanha, mais um monte erigido sobre os sonhos que vou sonhando e as vontades que me compõem. Sou o que tanto quis ser, sou este homem que sente, que recorda, que chora, que ri, que guarda, que luta, que não desiste de um grande amor. Vida, vida retratada em sons e fotografias que matam a vontade, que apaziguam o coração, que acalmam esta vontade de tudo largar e para os teus braços correr. Pode parecer mais um devaneio, mais um sonho em que me perco mas, a realidade do sentimento, está lá, a realidade de um querer que atravessa rios, que quebra distâncias e a tua alma beija. Horas vividas e outras tantas por viver, é a história, é a memória de algo por acontecer. O tempo passa mas o verdadeiro permanece,

Nessa tua pequena Altivez...

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Agarra-me, nesta noite, desta maneira, da tua, da nossa. Devora-me num sentimento secreto, neste emaranhado de emoções, aqui, agora. Debruça-te sobre o meu peito, sente o pulsar, o meu respirar, esta melodia de passos descompassados, de destinos cruzados, de uma intensa paixão. Olha-me, penetra-me no olhar com o teu sorriso, com a leveza do teu cabelo e com a chama que me faz querer-te. Queima-me, lentamente, no fogo do teu sentimento, nas tuas mãos entre as minhas, nos teus lábios selados aos meus. Saboreia-me, entre o salgado do mar e a pele que te sabe esperar, tatua-me, liberta-me, ama-me. Fica mais um segundo, mais um momento, quebra as horas e esquece o tempo, aqui vive-se na inercia de tudo o que não faz em nós história, aqui vive-se na loucura do sentimento. Navega, comigo, sem medos, sem receios, o mundo será a nossa casa, a nossa praça, a nossa lua estrelada. Seguiremos a estrada, o amor não carece de grandes provas, o que se quer é que sejamos bem-amados, que saibamos amar,

Um carta largada ao vento...

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Sinto-te por mais longe que estejas, por mais perto que te veja, por menos distância que exista entre nós. Sinto-te em cada toque que não sinto, em cada batimento do meu peito, em cada sonho que me faz sorrir. Sinto-te em mim, aqui, agora ou num sempre que eu não sei quando irá terminar. São oceanos de vontade, vidas cruzadas, destinos revelados e uma cumplicidade que encontro num simples olhar. Tornaste-te vida, de tão pouco te fizeste em tanto e aqui habitas, neste homem de carne e osso, neste peito feito de vontade, de uma vontade de ti. Sinto-te nas histórias que leio, nos romances de outrora, nas melodias e nas imagens que me prendem a este sentimento que é a liberdade que eu tanto prezo. Sinto-te no areal da praia, no mar salgado que me banha os pés, nos raios de sol e nas mantas que esperam pelo teu corpo numa noite fria de Inverno. Tornei-me, com este amor, insane, tornei-me um louco de Lisboa, uma criança que arrisca dar os passos seguintes desconhecendo o que é o medo de fal

Esta vontade de ti...

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Agarra-me, agora, sem demora, sem hora. Agarra-me, pega-me na mão, embrulha-te no meu abraço, deixa em mim um pedaço. Beija-me, mostra-me, faz-me despertar, faz-me te amar. Fica, um momento, no firmamento, desperta em mim o sentimento, esta vontade de te amar. Faz-me lutar, querer-te ainda mais, querer-te de forma permanente, na hora, no dia seguinte, eternamente. Mostra-me, revela-te, grita, sussurra-me, cativa-me. Beija-me, tira-me o ar no tremer do meu corpo, faz-me sorrir, sem promessas, sem conversas, apenas no silêncio do nosso olhar. Tira-me a roupa, mostra-me a nudez, junta a tua pele na minha, numa cama, numa praia, num lugar qualquer. Faz-me acreditar, em ti, no amor, na verdade, no nosso sonhar. Luta, faz-me lutar, sem desistir, sem prescindir, ficando contigo, ficando connosco. Liberta-me, mostra-me o que é a liberdade de um partilhar, mostra-me o caminho o resto, o resto ,vai-se vivendo. Prova-me que todos somos diferentes, que a lua faz de nós confidentes, fica comigo, e

No balanço do coração...

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Aventurava-se sobre a firmeza das palavras que escrevera anteriormente. Sonhador, seguiu rumo a um destino desconhecido, apenas acompanhado da sua mala e daquele sentimento que detinha dentro do peito. Livre, descrito como um pássaro livre há muito se tivera entregue ao amor, aquele amor distante que o compunha, que o fazia seguir naquela estrada até ao encontro de quem um dia o cativou. Chamava-se Santiago, um nome com história, uma história de lutas e guerras em que os seus pais, devotos de um poder superior, fugiram contra tudo e todos para gerarem o que hoje é ele, este homem que vê no amor o mais poderoso poder que o ser humano pode possuir no seu interior. Desde pequeno se diferenciou, incompreendido por muitos, esquecido por outros tantos, formou-se como hoje é, acredita nas suas verdades e persegue os ideais daquilo que dá significado ao seu seguir. São horas despidas, dias compilados entre sol e a chuva que bate nas vidraças da sua casa à beira do mar. Filho da terra,

Um toque de sal...

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Queira eu parta ou não, queira eu ser mar ou oceano, queira eu ser tempestade ou um posso de humanidade, queira eu ser um dia. Queira eu ser mais alto, maior do que os homens, morder, agarrar, prender. Queira eu ser homem, queira eu amar uma mulher. Queira eu ser ponte, fragmento, folha de papel ou um livro de histórias para crianças. Queira eu ser presente, queira eu ser fado, queira eu ser passado. Queira eu ser distância, olhos que não vêem, pele que não toca, pobre de dinheiro. Queira eu ser herdeiro, queira eu ser marinheiro. Queira eu ser um passo de cada vez, uma estrada talvez ou um simples atalho pronto a explorar. Queira eu ser amor, queira eu ser amar. Queira ser eu um crente de ti, um sonhador, um narrador ou até mesmo um trovador que na tua janela vai falar. Queira eu ser tanto, queira eu ser ausência de pranto, queira eu sempre te amar. Queira eu ser olhos que abraçam, lábios que chamam, alma que se liberta. Queira eu ser um tempo, queira eu ser poeta. Queira eu seguir p

Rio Tejo...

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Deitavas a cabeça sobre o meu ombro, sentia-te, sentia o pulsar do teu coração numa corregia desenfreada, num olhar trocado. Ficamos ali horas a fio, loucos, entregues a uma loucura tão nossa, a um sonho vivo em segredos sussurrantes. Caminhamos tantos quilómetros até ali chegar, enfrentamos barreiras, derrubamos muros, voamos por paisagens desconhecidas e pousamos num lugar qualquer – pouco importa o lugar quando se fala na linguagem do amor . Éramos o nosso próprio segredo, um sentimento vivido, gasto por nós mesmos, agarrado à nossa pele, parte integrante do nosso respirar. Éramos um único corpo, um querer,  éramos  a nossa voz, o toque, o beijo, o arrepiar da pele. Libertos de amarras, agarrávamos na mão um do outro, corríamos por entre o tempo e sorriamos de uma forma tão peculiar. No amor não existia o errado, o  incorrecto  e muito menos o intervalo, vivíamos um amor secreto e secreto era este amor que nos tatuava a pele, que nos fazia olhar o destino de uma outra forma, com