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A mostrar mensagens de setembro, 2013

Um mar que me arrasta...

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Poderia mentir, Pegar na mala e partir, Esquecer o teu rosto e outras coisas descobrir, Poderia apenas mentir, Poderia apenas desistir. Poderia dizer que o amor n ã o existia, Que os sonhos n ã o passam de uma eterna fantasia, Que a noite, desconhece a luz do dia, Poderia, apenas poderia. Poderia deixar de ter este acreditar, Poderia ser fraco e fugir sem lutar, Ver sem olhar, dizer sem amar, Poderia n ã o saber sentir, mas nesse momento estaria a me matar. Poderia ser igual a todos os outros, Deixar caminhos certos e seguir pelos tortos, Poderia deixar de sorrir com aquilo que acredito, Mas em mim nada é utopia, nada é mito. Poderia viver nas letras sem nada revelar, Amar em segredo sem nunca te contar, Poderia ser cobarde sem saber revelar, Mas assim n ã o sou, assim n ã o sei amar. Poderia ser outro e mostrar uma forma de paix ã o, Entrar nos jogos de palavras sem ter nada no coraç ã o, Mas eu n ã o sou assim, n ã o vivo na

Tu...

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Se um dia conseguisses ler o meu olhar verias que sou mar, que sou luar, que sou louco, um louco por te amar. O teu olhar hoje viveu no meu, fugiram os sorrisos, ficaram as vontades, acrescentou-se mais um sonho, um repleto de verdades...

Hoje vem ter comigo...

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Nesta noite vem até mim, nesta noite espero por ti debruçado sobre a janela com vista para o nosso mar. Hoje vens tu ao meu encontro, ruma pelos caminhos e trilhos que tão bem conheces e visita este meu coração. Entra sem pedires permissão, a porta está aberta para ti almejando a tua chegada, contado os segundos de um encontro de destinos cruzados. Entra em passos leves, leves como a brisa que trazes contigo, como esses ideais que me prendem a ti, a uma prisão boa, daquelas onde quero permanecer, entendes? Vem apenas tu, despe-te de tudo o que te rodeia, vem apenas tu, porque és tu que interessas, todo o resto fica à entrada. Olha-me nos olhos e verás que as palavras não são mais ditas, que os gestos entram e, com um beijo, provo tudo aquilo que agora sinto no teu peito. Vem, vem depressa, mas não venhas com tempos contados, seremos apenas tu e eu, nós, quero perder-me como há tanto não me perco, quero ter-te, sentir-te nesta mistura de adrenalina e de um sentimento crescente que não

Diário de Bordo, dia 27 de Setembro de 2013...

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Somos feitos de tanto, pedaço de mar, somos feitos de tudo, desta garra de agarrar. Somos eu e tu, somos nós, somos um nós difícil de desatar. Somos presenta, ausência, acaso ou coincidência. Somos tudo, somos nada. Somos os fragmentos deitados ao ar, somos fortaleza, rua apertada ou um banco que espera o nosso sentar. Somos noite, somos sorrisos, somos o mesmo lugar, o mesmo sítio, somos o desencontro. Somos os sonhos calados, as letras que falam, somos uma mistura de liberdade com o não sabor do que é ter. Somos o tempo, somos o momento, somos a hora que dita a chegada, somos as tuas malas na hora da partida. No meio de tudo isto somos apenas o acaso ou um ladrão saltimbanco que nos rouba o pensar. Somos o sentir, mesmo sem tocar, somos os confessos versos ainda por completar. Somos o que tu quiseres ser, ou somos o que sempre fom os, somos desconhecidos que se conhecem bem. Somos o querer, o querer ir mais além. Somos e nem sabemos que o somos, porque sendo vamos construindo uma cu

Entre e ter e não ter...

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Quantas vezes dás por ti a sonhar? Quantas vezes ficas acordado(a) até tarde relembrando cada sorriso, admirando cada pormenor que para os outros é  imperceptível  mas para ti faz toda a diferença? Quantas vezes sorris apenas com uma simples imagem ou até mesmo com uma música que te faz lembrar? Quantas vezes? É nestas alturas que vemos que estamos vivos, que o amor entra por nós, percorre este nosso corpo desencadeando uma série de emoções que antes pareciam tão adormecidas. Começamos a dormir menos, a adormecer com um sorriso no rosto e a acordar lembrando aquela pessoa, aquele olhar, aquela forma de ser. Nesse momento começas a gostar, a sentir, mesmo sem querer que o amor cresça mas, na verdade, não o podes parar, não o consegues parar, porque o amor entra em ti mas tem vida própria. Quando se fala deste assunto do coração, a razão é posta de lado, pensar de mais, faz viver de menos e, por momentos, é bom sermos insanes, termos aqueles momentos de insanidade que nos façam arri

A tua expressão em forma da minha arte...

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Por entre as telas pintadas em cores monótonas ouvia o grito da tua voz, ouvia o bater do teu coração. Instantes em que tudo parava, em que o amor ali falava, sobre aquele manto de neblina, entregue ao véu que o teu rosto tapava. Apenas sentia cada respirar teu, cada olhar penetrante que pelo véu fino passava, como brisa fresca, como melodia que no meu peito ecoava. Era o assumir do amor, o viver na ausência de dor, apenas presente o sorriso que não era visto, apenas sentido, tornando tudo muito mais verdadeiro. Nos teus olhos conseguia sentir a falta de liberdade, a escassez de vontade que te prendia aquele tela em tons pastel, aquela tela que te contornava as formas do teu corpo mas nunca exprimia a alma de que eras composta. Vontade de viver, vontade de correr tão esquecida de ti, tão lembrada por todos aqueles que passavam sem te olhar, que olhavam sem em ti reparar. Tu não, não me eras indiferente, eras e sempre serás o espelho da minha vontade, o viver da minha ansiedade. Laços

Partes, fragmentos, momentos...

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És parte de mim, és vida, sonho, realidade, presença, ausência. És a metade de tudo isto, de um mundo nosso, destes  dialectos  mudos em que se confessam amores. Complementaridade da minha pele, continuação das veias em que corre o sangue deste meu desejo, és cabana, és refúgio, és inspiração. Detentora de um tanto que eu almejo ter, as minhas mãos procuram as tuas, o meu olhar percorre todos os outros na busca do teu. Metade da minha laranja, és o sorriso que me faz querer mais, és o caminho longo que eu não me canso de percorrer, és espera, és destino. Narradora e personagem principal das minhas fantasias, és o despontar do sentimento, maré que me arrasta, rio, a ponte 25 de Abril que abre os braços esperando o nosso encontro. És segurança, firmeza rara de encontrar, adrenalina, insanidade, és loucura, uma loucura que me faz avançar. És melodias que eu ouço matando um pouco da saudade de ti, és desconhecido, és mudança, és para mim o estereótipo da não monotonia que eu procuro. Meta

Descomeço...

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Entregues a esse corrupio de vidas, a este amor fugidio que nos amarra no olhar, que nos entrelaça o peito independentemente da nossa vontade, alheio às nossas mais convictas opiniões. Amarras que unem, que fazem recordar e deixam a saudade de um caminhar, aquela saudade que nos preenche os silêncios e se repercute nas melodias que vão ecoando no nosso quarto. Fotografias fazem lembrar, fazem lembrar aqueles filmes imaginários que ficam na mente de quem não esquece, no acompanhar dos dias e das horas em que a maior vontade é viver agora mesmo, pegar naquele amor e agarra-lo com toda a força, com o brio que tem para mostrar. Amores, desamores, dualidades extremas, tudo numa só vida, naquela vida manchada pelo querer ficar, pela sede de revelar, de viver um grande amor. Indecisões, contradições, antagonismos de quem vive segundo sentimentos seus, que se entrega sem as barreiras necessárias a uma possível queda. Surgem as questões, aquelas que acompanham antes de avançar, aquelas que nos

Um querer(-te) sem tempo...

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Espero-te, pelo que és, pelo que sempre foste, pelo que me fazes ser. Quero-te, nesta mistura de tudo, nesta minha mão que procura a tua, neste abraço que almeja a tua chegada. Quer-te, nas palavras endereçadas ao teu ser, nestas prosas que falam de ti, de mim, de nós. Quero-te, agora, sem demora, o tempo devora, e eu não vejo a hora. Espero-te, perto ao mar, em qualquer lugar, com esta minha sede de te amar. Quero-te, em segredos meus, em sonhos sonhados, barcos ancorados, sorrisos envergonhados. Quero-te e sei que te vou querer, quero-te nesta vontade de te ter, quero-te de manhã, quero-te ao anoitecer. Quero o teu corpo no meu, os teus lábios que me tocam, a minhas mãos que o teu corpo moldam. Quero-te, quero-te desenfreadamente, de forma dormente, consciente, presente, ausente. Quero-te aqui, em mim, por aí, numa liberdade sem fim. Espero-te nestes dias que virão, neste outono que mais parece verão, quero-te quente, quero-te loucamente. Espero-te, não me canso de te esperar, esper

Em poucas palavras...

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Forma em ti a vida que se  reflecte  do teu sonhar, vive o amor, agarra a paixão que te faz sorrir. Acredita primeiro em ti, acredita primeiramente nos projectos que vais projectando e nos caminhos que escolhes percorrer. Vive hoje o que tanto esperas para amanhã, agarra a vida, forma dos segundos eternidades em que te perdes nos braços de quem amas, em que beijas, em que sentes, em que guardas. Ama o que te faz feliz, ama as pequenas coisas que te fazem sorrir de forma natural, de forma despida de mascaras, sendo o que sempre foste, sendo a tua alma forte e verdadeira. Forma as tuas verdades, forma as tuas pisadas sobre o que vês e nunca sobre o que te contam, sobre o que te dizem. Diz o que sentes, diz o que queres e não prendas o que te move, não te prendas a ti naquela história que deverás ser tu a viver. Pega nas malas, pega a bagagem e segue o caminho, segue o caminho no qual te sentes vivo(a), naquele que é fruto da força que  detens  em tudo aquilo que fazes, em tudo o que diz

Diário de mais um dia...

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Os olhares cruzaram-se, o sorriso surgiu e o bater do coração acelerou numa mistura de sentimentos. Finalmente estavam ali, um perante o outro, na imensidão de um tempo em que o tempo fazia deles homem e mulher, amantes  confessantes  de um querer partilhado. Permaneceram calados, o amor não precisa ser falado e muito menos gesticulado, ele é sentido, entendido, no silêncio da melodia que ecoa do coração, audível ao ouvido dos apaixonados.  Por instantes, tudo parecia diferente, o mundo perdera o seu peso e a correria dos dias tivera desaparecido no meio da neblina que envolvia aqueles dois seres. Ele, olhando, despia cada traço do rosto dela e, ela, sentindo, deixava-se desnudar naquele dia, naquele lugar. Sabiam que a história acrescentava mais um capítulo que, a partir daquele momento, tudo teria um outro significado, tudo seguiria um novo rumo. Confessavam-se as vontades, promessas não eram feitas porque, quando se vive o verdadeiro, o amanhã pouco importa comparado com a in

Entre palavras e desejos...

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Um pequeno toque, um grande desejo, olhares trocados e uma vontade de agarrar o mundo. Eram memórias ancoradas a corações palpitantes, sorrisos contagiantes e melodias  perceptíveis  apenas por poucos. Instantes vividos, sentidos, agarrados naquelas horas perdidas de segundos, esquecidas de muros, despidas de mascaras. Um viver ali vivido, um viver de si esquecido, roupas espalhadas pelo chão, gestos, gemidos, prazer repartido a dois, um prazer que parecia não ter fim. Por entre beijos rasgados e apertões escárnios moldavam aquela peça, aquela fusão de dois corpos, de dois corações, de um só desejo. Banhavam-se de sonhos, erguiam vontades, eram dois pássaros livres numa cama de cor escarlate. Falavam segredando, agarravam querendo ficar, esqueciam espectros e viviam apenas os momentos, desejosos de mais, suspirando como seres ofegantes. Noites frias tornadas quentes, noites em que o calor entrava por aqueles dois amantes, por aqueles dois seres despidos de tudo, vulneráveis ao seu sen

Diário de Bordo, dia 18 de Setembro de 2013...

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Laços, somos os laços que ficam, o presente vivido, o sonho repartido. Somos fragmentos, pedaços de nós mesmos, melodia, canção, poesia. Somos a junção de dois corpos, passos dados, o mar agitado, somos a continuação, o princípio, o meio e nunca o fim. O olhar perde-se nas palavras da vontade, somos pontes, rios de correntes fortes, portos de abrigo e planícies em que nos deitamos a ver o céu. As estrelas são apenas o firmamento em que tocamos com as nossas mãos, em que nos entregamos à verdade do nosso sentimento, de um sentimento chamado amor. Crianças em ponto grande, homem e mulher, fusão de dois destinos, de dois caminhos e de um único querer. Somos coração, carne que sente, pele, respirar, somos o suster do ar num beijo dado em qualquer lugar. Palavras rasgadas, capítulos escritos no silêncio de um sentimento sentido, somos as perguntas respondidas, os olhares sem distância, somos a presença no meio de uma separação que nada vale. Instantes, repletos de instantes, vivemos o pres

Diário de bordo dia 17 de Setembro de 2013

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Há muito que esta sensação não era sentida, o dia passou a correr e, eu, sento-me agora aqui, nesta mesa com cheiro a verão, nesta esplanada com areia pelo soalho. Tiro a caneta e começo a rabiscar um presente, tudo delineia-se perante o meu olhar e, sorrindo, recordo o que agora faz parte da história. Avanço, sinto-me livre, a liberdade corre-me nas veias a uma velocidade galopante, constante, errante, ou outra palavra qualquer que me preenche este papel de amante. Gosto de viver assim, de aproveitar os dias, as noites, os beijos dados e os abraços apertados. Gosto, gosto-te, gosto-nos, gosto desta simplicidade em que o destino nos presenteia com a mudança, com a falta de monotonia capaz de encher o corpo de adrenalina. Salto neste abismo, o para-quedas está mesmo, aqui, nas minhas costas e pouco me importa se ele abre ou não, sei que quero é viver, viver-te, viver-nos, arriscando sempre mais, dando esse mais que tão bem conhecemos. Olha-se para o futuro, as pegadas estão presentes n

Entre o dito e o não dito...

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T antas s ã o as vezes em que calamos, em que partimos, em que desistimos. Tantos s ã o os momentos em que nada fazemos, em que em nada sonhamos, em que vemos o amor longe do corpo, distante do coraç ã o. Por vezes deixamos por viver, acobardamo-nos aos olhares indiscretos ou até mesmo aos erros cometidos. Somos fracos pensando n ã o o ser, somos detentores das nossas hist ó rias e acabamos por viver o resto de tudo, nem aproveitando a felicidade que poder í amos construir. A mando e vivendo, procuramos tanto isso e depois? Depois de encontrarmos? Arriscamos, damos por n ó s a amar, a sentir uma mistura de sentimentos, de antag ó nicas forças que nos impelem para receios infundados, para meras suposiç õ es de como seria se um dia vivêssemos aquele mesmo sonho. Hoje falo desta força de viver, neste falhar, sim, porque a nossa vida sempre ser á um “conto de falhas” em que aprendemos o caminho a seguir mas nem sempre o fazemos porque muito depende de n ó s, mas nem tudo ser á determi

Um Eu em 3ª Pessoa...

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Escolhes ser feliz, ent ã o embarcas num autocarro sem rumo, levas contigo uma pequena mala e tornas-te, assim, um filho do mundo. Sorris e despedes-te daquilo que fica para tr á s, o passado torna-se long í nquo e o futuro n ã o é pensado. Nesse momento entregas-te à vida de uma forma t ã o livre e desumana que te esqueces das horas, dos minutos, que te esqueces dos papéis, das outras vozes. Segues rumo, um dia vives melhor, outro pior, uns dia vês o sol e noutros, apenas, as nuvens que te molham o rosto. Aprendes a viver, a ser um homem de valor, esqueces a futilidade, esqueces a fuga e vives ali mesmo, com o que tens, com os teus sonhos, com os teus valores. Tornas-te, assim, humano, mas um humano de verdade, alguém que sabe o verdadeiro significado de viver, de alcançar um monte ou de se atirar vestido ao mar. Começas a navegar por outros caminhos, a ver que os trilhos s ã o muitos e que, a tua vis ã o, depende de tudo aquilo que consegues largar. Entender á s com essa vida que n

O teu eu vivo em mim...

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N ão haverão oceanos maiores que o nosso amor, tormentas que nos façam perder, que da tua mão me façam largar. Nunca irão existir as maiores montanhas debruçadas sobre os nossos dorsos, nunca existirão espectros e as melodias serão a imagem translucida de um sentimento vivido. Nunca haverá tempos perdidos, horas padecidas em que o teu brilho do olhar se dissipará, nunca existirá vazio porque esse encontrará uma casa cheia de nós, repleta de uma cor emanada de dois corações que batem em conjunto. Nunca as distâncias irão separar o que o sentimento juntou, nunca uma partida será o presságio de uma perda, nunca uma perda será o fim do caminho para os passos que damos em conjunto. São destinos e vidas traçadas, espelhadas em fragmentos escritos na humildade reluzente de dois corpos amantes. Nunca existirão amores assim, nunca as marés nos afastarão rompendo as amarras que nos prendem a este cais de rios descobertos e de areias esbranquiçadas. Enquanto houvermos nós nada morre, enquanto ac

Da próxima vez...

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Da próxima vez, não fiques por aí, fica em mim, recebe o que te dou. Da próxima vez, agarra a minha mão, segue os meus passos e eu far-te-ei sorrir. Fica aqui, permanece na minha história, escreve comigo os nossos próprios sonhos, lutaremos juntos por eles. Hoje sente a minha presença, sente a minha voz ecoando dentro do teu peito, dentro desse coração em que um dia ancorei, em que um dia vi para além das barreiras que possam existir. Não é verdade se disser que não te amo, não é verdade se disser que de ti não me lembro. Mentira minha, mentira nossa se partirmos em busca de algo que não sejamos nós mesmos, que não sejam aqueles sorrisos que nos fazem sorrir. Da próxima vez, olha-me nos olhos, despe-me a alma, e explora cada sinal calado, cada silêncio impregnado de mim, embebido deste meu amor. Recorda cada momento, cada pequeno momento que forma algo nosso, que nos entrelaça nas vielas das ruas que nos conhecem, das prosas que falam de sentimento. Procuremos juntos o porto de abrigo

Fragmento...

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Os olhares cruzaram-se, cruzaram-se os destinos naquela sala, naquele lugar em que a multidão se misturava noutros ideais. Procurava a diferença, confesso que o fazia há tanto tempo que me alienava desta vida meio vivida em que todos nós vivemos. Acreditei, acredito nestes sonhos ainda, acredito mas, como li hoje, “A nossa cabeça é redonda para nos possibilitar mudar de direcção”. Os portos de abrigo ficam longe e engane-se quem acredita que chegou ao final da caminhada. Eu continuo a seguir, sem direcção nem destino, gosto da liberdade, gosto da verdade. O corpo não tremera, ou então tremera que nem varinhas verdes numa noite de vendaval. Procurei-te, confesso, que os meus olhos procuravam-te, de forma consciente, de forma secreta para que a multidão nem entendesse. Nada ficou, apenas o silêncio, um silêncio que se sentia, um silêncio que dispensava apresentação. Assim despedi-me daquela sala, o pano caiu, e a rua foi a minha conselheira até chegar a casa. As imagens passavam de form

Entre tudo...

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Roupas espalhadas pelo chão, gestos e gemidos de um prazer penetrável nas ondulações de dois corpos entregues a um sentimento designado de paixão. É tesão, braços contorcidos entre sussurros e gritos, é o matar do desejo, numa cama desfeita, no meio de um beijo. Olhares que se perdem, toques suaves que se tornam em vorazes apertões, que unem dois seres, dois corações. Sala repleta de luz, uma luz que passa pelas cortinas que esvoaçam com o vento, entre o carmim dos lençóis e o sabor salgado de uma pele bronzeada. Chamam-se em silêncios quebrados de um momento quente, pele arrepiada, transpirada, vestida de nada. Ouve-se ao longe o que chamam de tempestade, caem as primeiras chuvas de um Outono quase a chegar, o momento é aquele, numa casa de madeira com vista para o mar. O toque torna-se familiar, conhecem-se os pedidos mesmo sem nada falar, agarra-se, prende-se, liberta-se, provoca-se. Surge um bailado apenas dançado a dois, entre músicas de Ben Harper e rabiscos de frases para depoi

Esta vontade...

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Quero pintar-te, ser  abstracto,  quero-te conhecer-te, em forma de arte. Quero ter-te, num beijo roubado, abraço apertado, em qualquer lado. Quero-te apenas, uma e outra vez, agora, amanhã, sempre talvez. Quero sem demora, que o outrora tanto cresceu, cresceu esta vontade que me devora. Quero, quero-te numa sinfonia, num reggae, ou numa valsa. Quero-te nas quadras debitadas de um cantor de rua, quero-te num salão de baile ou numa tarde a contemplar o pôr-do-sol. Quero-te simplesmente, sem rodeios nem intervalos, sem palavras, sem pudores. Quero esse teu sorriso, quero esta minha vontade de perder o sono, quero-te e isso é a minha maior certeza. Quero o teu rosto a meu lado, a tua mão agarrada à minha, num passeio matinal, numa noite de prazer ou numa manhã em que acordo e, os olhos, contemplam logo o meu céu. Quero-te sem maquilhagem, sem saltos, sem malas, quero-te de blusa larga, pela casa, apenas vestida por esse olhar brilhante. Quero-te assim, cheia de defeitos, cheia de sonhos,

Importante(s)...

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Matem-te firme, vivo, presente, ausente. Mantem-te livre, pássaro que voa, grades que não te prendem. Sorri, fica, parte, luta, sonha. Olha, toca, mantem-te fiel, mantem-te igual. Mantem-te original, pinta um moral, faz um ritual, dá um mergulho numa noite de Verão. Corre pela rua, abraça, aperta, beija, cuida. Erra, arrepende-te, experimenta, muda, arrisca. Vive, aproveita, bebe um copo, dois, três. Assiste um filme, no Inverno, partilhando uma manta. Ama, tenta, ganha, perde. Conquista pequenas coisas, grandes momentos, verdadeiras pessoas. Mantem-te em silêncio, sente, escuta, observa. Defende os teus ideais, mantém os teus valores, ergue os teus projectos. Pensa, diz, ouve, escolhe. Aposta no simples, no que tens, em quem gosta de ti. Esforça-te, perdes-te? Tenta outra e outra vez. Faz-te à vida, sê um romântico sem intervalos e um homem de valores. Oferece flores, sê ridículo, insane ou até mesmo atrevido. Torna-te no orgulho dos teus ideais de

Rumos, Instintos, Trilhos, Amor...

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O amor tivera crescido de forma t ã o descontrolada, o corpo estava dormente e a adrenalina tocava o seu apogeu. Por instantes, nada era sen ã o um humano trespassado pela lança lançada por um outro alguém. Sonhos presentes, a á gua banhava-me os pés e o sentimento de pertença residia mesmo ali, na minha m ã o. Olhei o  horizonte , era o p á ssaro livre de outrora e, deixando-me ir na brisa de um vento vindo de norte, passei por um campo de rosas de cor escarlate. Sentia-te, aninhada neste meu peito, sentia-te na pulsaç ã o que corria desenfreadamente pelas veias do meu corpo. Paix ã o escrita em palavras, palavras tatuadas em simp ó sios dados apenas para um ser, para uma alma que vagueia pelas imagens presentes ao deitar. Sorriso de tanta gente, ecoantes melodias, cruzamentos incompreens í veis de um destino que se faz homem no tempo em que se espera. Aqui fico, neste forte de paredes finas, de cartas escritas, de poemas cantados. O amor assume toda a centralidade, toda a vontad