Prisões de algo que nem se sabe o quê...

Farpas, apenas farpas restam de um esquecimento que apareceu, de um tempo que passou na inconstância do que era real e do que apenas era construído sobre sonhos que nunca chegaram a ser vividos. Palavras soltas, emoções rasgadas e no fim tudo se perdeu, no fim tudo foi mais um capítulo mal escrito e encenado de uma forma rude, atroz e ao mesmo tempo distante. O sentimento perdeu-se entre as águas que escorriam pelo rosto dele e pelos cabelos dela que acabaram por esvoaçar rumo a um outro destino, a um destino em que o amor ficou esquecido e em que ambos reaprenderam a viver, ou melhor dizendo, a sobreviver. Lembranças, choros, saudades e pedidos para o tempo voltar de novo ao que era, tudo foi pedido, tudo foi sentido entre a ânsia de viver sonhos, entre a ambição de realizar projectos, simples projectos que mostraram-se bem mais importantes com o sentimento de perda tão presente, tão agarrado a um corpo que apenas quer rasgar a pele e despir-se de tudo o que é um passado. As mãos agora procuram novas mãos, os abraços apenas entram em cena quando o sentimento é mais intenso e o coração agora pede um descanso, um merecido descanso onde acabam por se arrumar as divisões dos sentimentos e se coloca para fora tudo o que um dia entrou por engano mesmo sem bater à porta. Não serei mais aquilo que um dia fui, fechei a porta, tranquei janelas e agora apenas aprendi a construir caminhos em que sei que certamente os enganos permanecerão bem mais afastados, bem mais longe, para deste modo não me ferirem o coração que começa a cicatrizar as marcas de um passado recente, de um amor que apenas mostrou que nem tudo é para sempre e que as paixões enganam quem as vive. Caminhos fáceis, todos nós os conseguimos fazer, caminhos difíceis já nem todos têm força para os percorrer, mas para mim mais vale caminhar mais e sentir mais do que apenas viver algo que no fim de contas se mostra mais um ilusão e não uma realidade que tanto ambiciono viver...

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