Esquecimentos...

A melodia da tua voz passava pelos meus ouvidos e suavemente tocava-me nos lábios de uma forma que nem sei explicar bem qual. O teu olhar chegava-me ao coração e o meu coração apenas te mostrava amor, apenas te dava paixão. Os dias passaram e o que parecia mais uma falta de sensibilidade que te invadia, vi que afinal era uma barreira que sempre permaneceu, que sempre ficou acabando por nos afastar, acabando por esconder os corações que ambos temos num local que nem sabemos onde fica, nem se sabe onde encontrar. Foi apenas o amor, aquele que deixaste escorrer entre os dedos naquela partida fugidia, naquelas ruas escuras que preferiste andar sozinha do que com as mãos que te agarravam, que te amparavam quedas, que te davam força. Agora tudo ficou bem diferente, tudo agora se resume a minha e à tua história sem se conhecer no final aquilo que se acreditava que era nosso e que originava uma história em que os protagonistas éramos nós e apenas nós. Não sei se a forma de amar é igual, não sei se a forma de sentir é diferente mas certamente o teu coração nunca sufocou por uma palavra daquilo que se vivia, certamente partiste e nem sentiste a perda, certamente a saudade pode existir mas aquilo que tentas esconder torna-se maior a tudo isso, levando-te ao esquecimento de uma vida, de um passar de horas entre o ter e o não ter característico daquilo que sempre viveste. Agarrar é uma virtude, saber esquecer é uma vitória, hoje apenas tento esquecer para amanhã conseguir apenas recordar que nunca entraste naquilo que eu chamo de vida...hoje procuro aquilo que nunca foste, aquilo que sempre sonhei para mim...

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