Instantes de lucidez…
Sobre o manto desta neblina jogo as palavras que saem do coração, sussurro, cada som, cada gesto de um sentimento perdido, esquecido por entre os raios de sol e os dias quentes de um Verão passado à beira mar, vivido por outra forma de ver. As ruas tornam-se gastas, os pés começam a doer nesta caminhada que agora encontra mais um obstáculo, mais uma barreira que está prestes a ser derrubada, nem que seja pela força de um sentimento, pelo viver de um sonho que se chama amor. São instantes de uma lucidez passageira que me mostram que afinal nem tudo é como se pensa, que nem sempre procuramos as pessoas certas, os momentos certos, os sentimentos verdadeiros, em vez disso mesmo, acabamos por viver um erro, por acreditar em histórias efémeras e vivemos, assim, iludidos por uma vontade que não irá passar de isso mesmo, de uma vontade inglória tanto para nós como para quem apenas não sabe o que é amar. Tudo assim se torna uma incógnita, um dualismo de ter ou não ter, de querer ou apenas parti...