Se um dia conseguisses ler o
meu olhar verias que sou mar, que sou luar, que sou louco, um louco por te
amar. O teu olhar hoje viveu no meu, fugiram os sorrisos, ficaram as vontades,
acrescentou-se mais um sonho, um repleto de verdades...
Se ao menos ainda te pudesse ver... Agarrar-te junto a mim e escutar-te o coração. Abraçar-te por forma a não te deixar ir... Segurar-te bem nas minhas (agora fracas) mãos. Se ao menos pudesse fazer com que o tempo voltasse atrás, Viveria contigo tudo aquilo que não vivi, Dir-te-ia que tantas vezes sorri com o teu sorriso, Que muito do que aquilo que hoje sou devo-te a ti. Ai se eu pudesse... Se eu conseguisse parar o momento naquele dia em que te despediste, Em que partiste para nunca mais voltares, Em que levaste contigo tanto da minha alma... Do meu coração. Se ao menos ainda te pudesse ver... Pediria perdão por não ter estado presente, Pediria perdão por tudo o que guardei no meu silêncio, Tudo aquilo que calei e que nunca te disse. Se pudesse pedir algo... Pediria só mais uns minutos, só mais um sopro, Mais um respirar que te trouxesse à vida, E que não te roubasse nunca mais de mim.
Preciso de ti... de nós... Neste silêncio que me aperta. Nesta falta que é tão maior do que eu. Preciso do teu abraço... do nosso abraço... Daquele em que cabem os nossos sonhos. Em que os nossos medos são esquecidos... Preciso dos nossos segundos perdidos, Das nossas roupas espalhadas pelo chão, de rirmos até mais não. Preciso de tudo o que não tenho em mim... Preciso que chegues a casa... à nossa casa... Que te deites sobre o meu peito, que me mostres que tudo pode ser perfeito, Mesmo na junção das nossas imperfeições. Preciso que voltes... que voltemos... Que nos esqueçamos das nossas falhas, que nos libertemos de tudo aquilo que nos magoou. Preciso que tudo seja nosso... sempre nosso... As nossas noites vividas, o nosso desejo de querermos alcançar o mundo... O nosso olhar profundo - capaz de nos despir a alma. Preciso de ti... de nós... Neste momento! Nesta cama! Preciso de tudo o que somos... sempre que deixamos de ser... saudade. ...
Talvez neste tempo encontrei-me (finalmente), No meio dos abraços apertados e de um coração agora curado, De um passado que me matou por dentro, De um amor que pensei que jamais pudesse existir. Passaram horas, dias, eternidades, Instantes de silêncio e uma força que foi crescendo dentro de mim. Em ti encontrei-me de novo, Depois de me descobrir no meio de aventuras e desventuras, No meio de acasos e casos esquecidos, De ruas e muros que construí em redor do meu coração. Entraste nos meus dias depois de tanto tentares, E eu... entreguei-me ao que poderia ser mais uma simples desilusão. Mas não! E levaste-me onde eu nunca fui, Alcancei o que nunca tinha alcançado E deitei-me cansado... depois de tanto sorrir. Talvez agora o tempo passe mais lentamente, Porque não quero fechar os olhos e ver que tudo isto possa ser uma imaginação, De um perfeito imperfeito sentimento, De um amor que nasceu no meio da vontade... Que os dois temos de sermos felizes.
olhar-te agora e era feliz :)
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