Um Eu em 3ª Pessoa...
Escolhes ser
feliz, então embarcas num autocarro sem rumo, levas contigo uma pequena mala e
tornas-te, assim, um filho do mundo. Sorris e despedes-te daquilo que fica para
trás, o passado torna-se longínquo e o futuro não é pensado. Nesse
momento entregas-te à vida de uma forma tão livre e desumana que te esqueces
das horas, dos minutos, que te esqueces dos papéis, das outras vozes. Segues rumo,
um dia vives melhor, outro pior, uns dia vês o sol e noutros, apenas, as nuvens
que te molham o rosto. Aprendes a viver, a ser um homem de valor, esqueces a
futilidade, esqueces a fuga e vives ali mesmo, com o que tens, com os teus
sonhos, com os teus valores. Tornas-te, assim, humano, mas um humano de
verdade, alguém que sabe o verdadeiro significado de viver, de alcançar um
monte ou de se atirar vestido ao mar. Começas a navegar por outros caminhos, a
ver que os trilhos são muitos e que, a tua visão, depende de
tudo aquilo que consegues largar. Entenderás com essa vida que não são os fracos que
desistem, que desistir fará com que avances mais um pouco e nunca,
nunca, prendas as tuas assas numa gaiola que não te deixe
respirar. Verás nos projectos formas de estimulo para um futuro que não te preocupa
muito e, quando dás por ti, estás a viver, a viver mais um dia, a
descobrir alegria e a sentires que tu, sim, tu mesmo, és o motor de tudo isto. Nesse
dia vês que vale a pena viver, que vale a pena arriscar, que vale a pena fazer
do amor um presente teu num futuro que possa ser vosso...

Na minha ausência tive saudades de cá vir e sentir essas tuas palavras que sempre me tocam o coração e a alma.
ResponderEliminarSim, a manhã e início da tarde foram dedicados ao cinema francês :)
ResponderEliminarEra sobre o filme.. e sobre o teu post, de alguma forma.
Disse que também do filme retirei a ideia de que se nos contentamos com algo que a vida nos dá, ao invés lutarmos por aquilo que nos faz verdadeiramente felizes acabamos eternamente insatisfeitos. Dá para ver muito bem isso no filme de que falo no post.
Que o que o amor junta, ninguém jamais é capaz de separar, por muito que fujamos, por muito que tentemos contraria-lo.
O coração acaba por ir sempre em direcção ao nosso lar.
Se vires o filme vais perceber o meu ponto de vista :)
Fascina-se a tua dominação com as palavras! Dominas-as ! Um texto um pouco diferente do que custas escrever, mas com uma optima qualidade, com a vontade de querer a humanidade mudar, de ajudar o humano a pensar como vive, como deveria viver, para dar valor à vida que hoje tem, para ser mais humano, mais verdadeiro, mas merecedor do chão que pisa. Vale sempre a pena, arriscar, porque se se arrisca temos duas hipoteses, ganhar ou perder, se se fica parado, apenas tens uma perdes... Vale a pena arriscar viver, porque se não se vive, nada se deixa marcado. Escreves muito bem, é sempre um prazer aqui passar. Continua. Um beijinho de boa noite
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