Um balão ao vento...

Uma folha rasgada voou pelo ar, um sentimento, um sonho, uma sina voou com ela também, o menino com as lágrimas nos olhos despediu-se dela como se de um balão se tratasse dado em dia de festa por aqueles que lhe querem bem. Assim foi mais uma história que parece terminar, mas o problema de todas as histórias é que nunca desaparecem, que perduram no tempo e que parecem ficar agarradas ao nosso coração como se de ele fizessem parte. As coisas, os lugares, as pessoas não se esquecem e quando são especiais ainda perduram por muito mais tempo atravessando esta vida simples e mortal e agarrando-se a nossa alma para toda a eternidade. Já disse que não esqueço, apenas não o demonstro ou até mesmo o tento negar, mas na realidade as coisas ficam aqui, eu sinto-as, elas magoam, fazem-me sorrir mas na verdade ali estão ancoradas em mim como navios atracados em dias de mar revolto. Quem me dera que a minha folha de papel voasse, quem me dera que tudo se limpasse e que pudesse escrever de novo, com ...