O teu rosto avermelhado...
As luzes de Natal entrelaçavam-se no meu olhar, a pressa era de chegar, de estacionar o carro, junto ao rio, para te encontrar. Percorrera quilómetros a fim de ver, contigo, o Natal, para partilhar um café quente com travo a baunilha, para andarmos que nem loucos pelas ruas de Lisboa. O teu sorriso cravava-se na memória e, o desconhecido de tudo aquilo, a mim, causava uma vontade maior de te ter, nos meus braços, no meu corpo, nos meus lábios. A baixa estava iluminada, as pessoas vestiam casacos e cachecóis que lhes aqueciam o corpo e eu, eu, ali deambulava, procurando o maior ponto de luz, aquele que me chama, aquele que não me ofusca, apenas, o olhar. Vi-te chegar, em passos silenciosos e, dizendo-me um simples “olá” virei-me vendo o teu rosto. Tinhas ele avermelhado, como sempre, pequenas rosas que te faziam criar ainda mais encanto, que me faziam, por momentos, perder o diálogo. Fiquei segundos a contornar cada linha da tua expressão, cada fragmento que, para mim, faz toda a difer...