A Coluna de Sexta!
A coluna de Sexta é a
nova rubrica do blog "pedacinhos de mim" que aborda vários temas, do ponto de vista do autor. Sejam
livres de ler, opinar como, da mesma forma, incrementar novos temas de reflexão
para a coluna seguinte.
Passavam
cinco minutos das quatro da tarde, o Outono tivera trazido consigo o frio e eu,
numa forma de abrigar o corpo, sentava-me num banco que ainda alcançava sol no
seu topo. Fiquei ali tempos parado, admirando cada pormenor, perdendo-me na
imensidão de um céu que, constantemente, ia alterando as suas feições. Hoje não
quis “molengar”, tirei o dia para sair, mergulhar num mar de emoções, daquelas
mesmas que, tantas vezes, esquecemos de sentir. A semana tivera sido preenchida
e, em certa forma, não tivera correspondido às expectativas que estavam sobre ela. Não fiquei ali muito tempo ou não fosse eu incapaz de estar sentado mais
que um aglomerado de segundos seguidos.
Ao
longe vi que corriam crianças acompanhadas de uma felicidade tamanha, confesso
que, nesse momento, fiquei um pouco nostálgico. Quem não fica com saudades de um
tempo, em que a sua maior preocupação, era como namorar com a rapariga mais
bonita da sala de aula? Pois bem, hoje uma série de memórias vieram
visitar-me mas, como eu não sou muito de viver passados nem nada que se pareça,
decidi logo fintar a memória com um pensamento actual que me tem “roubado”
algum tempo.
Vi
naquela rua o retrato da nova juventude, da nova forma de pensar dos jovens que
ora, não sei se é de louvar ou de pensar que caminho é este que estamos a
seguir. Explorando detalhadamente este meu pensamento, confronto-me com dois pólos opostos de pensamento, por um lado, a liberdade e a aceitação da
diferença, vejo nos jovens tudo isso, toda uma série de novas ideias que se tornam
importantíssimas para uma maior inclusão social mas, e contrastando com essa
posição que admiro, vejo a falta de amor-próprio que existe por eles mesmos,
não respeitando o seu corpo, não respeitando o seu futuro e esquecendo-se do
que é solidariedade entre gerações.
Claro! Existem sempre excepções, jovens
que não dizem “amar” como se diz “olá”, jovens que se entregam a ajudar quem
mais precisa e aqueles que, eu designo, de “sonhadores”, que gostam de esperar
o tempo certo e não andar por aí ao “engano”.
Penso
que, na vida, deveremos agarrar oportunidades e experimentar o risco, o
desconhecido. O erro fará sempre presença nas histórias de quem decidiu viver
mas, uma coisa é errar, e outra é errarerrar. Com isto quero dizer que erra-se
na mesma “tecla” constantemente!
Acreditem,
não consigo conceber a ideia de falta de liberdade que actualmente impera nos
namoros desta nossa juventude. Essa ausência de “ar” que passa pelo controle de
todas as senhas pessoais de páginas e redes sociais e, ao mesmo tempo, o controlo
das mensagens e chamadas. Mas em que mundo vivemos mesmo?
Pois
bem, actos e atitudes destas devem ser revistas e, sobretudo, repensadas
porque, com elas, trazem uma série de repercussões que moldam a personalidade
e, consequentemente, levam a estados de dependência grave.
O
amor, as relações ou a “curtes”, como tantos designam, querem-se livres,
moldadas e não estruturas rígidas que mais parecem uma “prisão”. Como
eu sempre defendi e defendo até hoje, do que valem os ciúmes se eles só roubam
tempo a um tempo tão reduzido que temos para aproveitar?
Então
fiquei ali mais uns segundos, repensando o estado actual daquele grupo de
raparigas que dançavam, de forma provocante, para dois ou três rapazes que se
exibiam com mangas de cava e bonés de várias cores balbuciante uma música imperceptível.
Confesso
que fui para casa com a opinião semelhante, que continuei com a mesma ideia e,
com o mesmo pensamento, daquele “amor romântico” que ainda concebo como uma
realidade em vez de uma utopia.
Penso
que o melhor da vida é mesmo andarmos por aí, com rumo mas sem direcção,
entendem? Vivermos a vida, sabendo o que queremos mas não idealizarmos esse
querer em alguém. Sempre que focamos, reduzimos o nosso campo de visão e,
quando isso acontece, acabamos por não viver nada ou então vivemos tanta coisa
mas que dá resultado zero no final.
O que
ficou hoje retido e que deixo-vos aqui para, se quiserem, pensarem no
fim-de-semana é;
A melhor fruta está no topo, essa, requer
tempo, requer trabalho, treinamento, cuidado. A outra fruta, a mais simples e
de menos qualidade, está no chão, onde todos chegam, comem, e deixam lá,
esperando que alguém passe e coma o resto...
A juventude de hoje em dia tem muito que se lhe diga mesmo. Há excepções é um facto mas o "swag" chega a todos.
ResponderEliminarEu não condeno, cada um faz aquilo que quer, no entanto a liberdade em demasia é prejudicial, até porque a liberdade plena nem se quer existe (por algum motivo) mas acho que o maior erro desta nova gente é querer viver todo depressa demais!!
Bom fim-de-semana