Rasbisco...
Dançamos
que nem loucos, num toque sentido, num lugar perdido, numa sinfonia de dois
corações. Deslizamos por aquele soalho de madeira com cheiro a Outono, sentia o
teu pulsar no meu abraço, perdia-me no olhar que emanava do teu ser, que me
revelava a tua alma. Sentia-te, sentia a aragem que passava pelo teu cabelo,
que me fazia avistar uma garrafa de vinho aberta com dois copos, com duas velas
acesas. A melodia transpirava vida e os nossos corpos, naquele abraço,
deixavam-se ir, numa sala com lareira quente, com vista para um mar tão nosso. Livres,
livres confessávamos sentimentos, falávamos num beijo silencioso em que a alma
revelava bem mais do que aquilo que queríamos. Há muito que te escrevia em
contos meus, em rabiscos que preenchiam as paredes do meu quarto, aquele que
emergia do meio dos sonhos, que te formava assim, mulher, a minha mulher. Chegaste
suavemente a mim, no meio de acordos de guitarra e compassos descompassados de
paixão. Ficas-te a habitar o refúgio do meu ser, fizeste de mim o teu homem,
fizeste de nós a presença de uma ausência que se dissipou na complementaridade
do que chamamos de amor...

adorei o teu tipo de posts, achei muito interessante! :)
ResponderEliminarhttp://catsandties.blogspot.pt/
Maravilhoso ler-te! Um dia, prometi voltar, à leitura e à escrita, esse dia está a chegar...estou Viva* e isso é tudo!!!
ResponderEliminarVenci <3 tal como vencem os abraços, juntando os teus braços, e as tuas palavras tomam o verdadeiro rumo dos momentos, mais ou tanto menos felizes. Gosto de te ler. :)
um danço contigo ao som de Etta James, e o céu há-de rebentar da combustão maravilhosa das estrelas cheias de amor :)
ResponderEliminarAmor, dança e uma boa música... Que combinação perfeita!
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