Pequeno momento...
No toque das palavras proferidas fomos tanto sem o ser, nós de saber, nós que prendem, que fazem querer. Musicas largadas ao vento, frases escritas e outras tantas caladas que nos arrastam nesta vida sem rumo definido, com futuro sonhado. Naufragamos em nós mesmos para nos encontrarmos por aí, em qualquer lugar, numa rua de Paris, na Gare do Oriente, em frente a uma rocha numa praia só nossa. Tatuamos o corpo com as escaras, antes abertas, agora fechadas com vontade de conhecerem uma nova realidade, um novo sabor, uma nova cor. Os meus olhos perguntam pelos teus, a minha alma grita o teu nome, será que me ouves? Ou será que me sentes? Neste caminho trilhado pelo amor, na verdade, nunca esperei que ouvisses, sou um homem que prefere que sintas, na chuva que te toca o rosto, no cheiro que te faz recordar ou nas fotografias que matam a distância, que te fazem chegar. Nesta noite de Outono, somos as folhas caídas das árvores, somos as folhas em branco, as folhas que temos uma eternidade p...