"O que tu me deste..."
Serás tu talvez ou então nós dois, Naquela noite em que nos amamos – como da primeira vez, Em que nos despimos um ou outro, Em que o sentimento foi tão pouco. Para sermos mais que todos, Para sermos… só tu e eu. Serás tu talvez, ou então nada me fez ficar, Largar o que não era verdadeiro – mergulhar em ti, Numa história que não teve fim, Nem um princípio talvez, Em que nos amamos tanto – em que vivemos em altivez. Serás tu quem eu vivi e amei sem temer, Em cada palavra escrita, em cada luta que travei, Para ser livre a teu lado, para gritar o amor, Num peito tão apaixonado, Como aquele em que te deste: em fulgor. Serás tu talvez, ou então eu mesmo sem ti, Na verdade do que fomos, No olhar de que não esqueço. Porque o corpo pode perder-se mas o sentimento não! E ama-nos em silêncio… no toque da nossa mão. Serás sempre tu e nada mais preciso, Porque vivi a teu lado tudo o que pedi: em segredo, Amando-te sem medo, Querendo-te a meu lado. ...