Retratus...


Hoje deixo-vos mais uma história irreal, escrito na primeira pessoa para que se deixem perder numa mistura de sentimentos. Coloquem a música e sintam as palavras deixando apenas de as ler. 


Olá Seguidores, este post é partilhado automaticamente, responderei a todas as vossas palavras no Domingo. Até lá sejam felizes e lutem pelo que, realmente, querem...
Por momentos fugi de mim, larguei a roupa que caiu pelo chão. Desnudo, olhei-me ao espelho, repleto de sonhos e vazio de vontade. Parecia que o tempo tinha estagnado naquela minha vida, que apenas eu poderia voltar a escrever o rumo da melodia melancólica que me corria pelas veias. Era um momento diferente dos demais, era a tomada de consciência da fraca força do lutar, de um sentimento que permanecia a residir entre caixas e caixotes onde as recordações padeciam. Amava, o amor era grande demais para aquela pequena sala, para aquele recanto de encantos em que da janela avistava o horizonte das utopias quebradas. As palavras eram a única voz que de mim emanava, este receio agarrava-se à pele, entranhava-se no peito fazendo-me tornar mudo, mudo de frases que não queriam dizer tudo o que eu sentia. O resultado já era conhecido, mais uma perda, mais uma partida em que os meus olhos viam desvanecer a imagem de um amor – Fraco!!! – Fraco gritava eu para mim mesmo em forma de punição deste estado de ansiedade, deste desacreditar do que sou, daquele pouco que ainda valho. É o querer seguir ficando parado, o saber amar mas guardar esse amor em mais um conto contado de pessoas desabitado, é o ficar, é o sofrer, é o calar. Todas as histórias vivem de lutas, de vontades, de momentos e o meu? Questiono-me se o meu haverá visto que nada faço para que ele exista, visto que calo invés de falar, escondo invés de mostrar, mato invés de viver.
Nunca haverá futuro sem presente que nos faça seguir, nunca haverá amor que resista a um calar, nunca chega o momento se preferimos partir sem tentar, nunca habitará uma história se apenas vivemos na memória de aventuras perdidas. Nunca mas nunca seremos humanos reais se formos em contos banais, se ouvirmos vozes sem serem as nossas, se formos fracos, se escrevemos para dizer e apagamos para não sofrer. Nada seremos, nada teremos se forem como este meu eu, como este homem que tanto sente, mas que nada vive...


Se o momento não chegar, agarra a vida que te vê crescer, olhamos demais sem reparar e com isso acabamos por perder...



Comentários

  1. Então, luta muito sim? :)
    Promete-me*

    Não fiques, não sofras, não cales, não escondas. Set it free :)
    Mostra-o, mas mostra-o com toda a força e convicção que possuis, de uma vez por todas.

    bjinho
    Tem um bom fim de semana*

    Ama muito, sê feliz.. e como açguém costuma dizer "faz alguém feliz também" :P

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  2. Ler este texto, ouvindo a música de fundo, até arrepia...
    Lindo... : )

    Bjnhs

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