Nestas coisas do amor...

Segura o medo, encara o desconhecido e salta o abismo. Enfrenta fantasmas, liberta-te de velhos hábitos e despe as roupas pesadas que te impedem de avançar. Sorri e segue em frente, pega na mala, junta o que tens de melhor e sai pela porta de casa. Caminha de forma consistente, sonha e vê, esses sonhos, mesmo na direcção de um futuro que procuras. Pára para olhar, olha sentindo, cada cheiro, cada palavra, cada sinal. Reinventa um novo caminho e se errares terás na tua mão uma série de outras opções que acabarás por seguir. Abraça as oportunidades, faz da distância nada e desse nada o porto de abrigo em que encontras o teu complementar. Não fujas de ti mesmo(a), não fujas do que te faz sorrir e não te acomodes com medo de falhar. Diz o que queres, diz o que desejas, faz uma serenata ao luar, deixa um bilhete escrito com verdade ou até mesmo pinta uma parede com o amor que tens em ti. Expressa-te ao mundo, faz desse mundo a tua casa e da tua casa o ponto de partida para uma série de aventuras. Pára e recomeça, continua ou volta atrás, a vida não tem obrigatoriamente de ser seguida de forma linear e, o que dá gozo, é o sentimento de mudança. Se tiveres medo, sustem o ar, conta até dez e, se esse medo não passar, vai com medo na mesma. Não te pares e não te culpes, mais vale perderes algo porque tentaste do que nunca teres pelo teu temor de desconhecer respostas. Há perguntas que vão ficar sempre, umas acabam respondidas e outras acabam por nem o ser mas, isso, depende de tanto e esse tanto, por vezes, não detemos. Não fraquejes porque não te sentes suficientemente bom(a), não te cortes a ti mesmo(a) somente porque os olhares nem sempre são instantâneos. Conquista pela verdade e cuida para que tudo permanece eterno, nem que seja um eterno vivido num capítulo da nossa vida. Permite-te sentir o corpo estremecer, essa sensação de borboletas no estômago  essa vontade de falar em que as mãos temem e a voz falha. Ouve a ti mesmo(a), quando se fala nestas coisas do amor não há melhor concelheiro do que uma almofada em que podemos rever o que, realmente, queremos. Não tenham pressa mas não percam tempo, assim diz o outro senhor e assim deveremos nós aplicar tão sábio conhecimento à nossa vida. Não atrasem encontros, não prolonguem pontos finais, não partam sem, pelo menos, tentar. A vida é efémera e tanto muda num pequeno piscar de olhos. Se sentes porque não dizes? Se queres porque não lutas? Se desejas porque não mostras? Todos gostam de “jogar” a este jogo de conquistas, todos gostam de ser conquistados e todos devem ser cativantes. Não feches o coração porque algo não deu certo, tantas vezes disseste que o amor era uma “merda” e, mais tarde, acabaste por voltar a amar. Não há amores iguais, não existem pessoas iguais, não percas tempo tentando substituir alguém, porque isso são tentativas falhadas, isso só te impede de veres quem te faz, realmente, conhecer o amor. Segreda ao ouvido, vive um amor secreto, vive uma história intensa, vive o Verão, prolonga no inverno mas não sejas apenas o igual, o monótono, o passo pequeno que não é considerado o primeiro passo. Dá sinais, recebe sinais, convida para um café, para um passeio ou para um gelado numa noite quente. Arrisca-te a viver e a viveres esse amor que tens dentro de ti, vive porque foi para isso que aqui chegas-te, para veres no amor não um problema mas, sim, um caminho que te dá significado ao tempo que passas a sonhar...



Comentários

  1. Adorei este texto! [como tantos outros que tu publicas!]
    A mensagem dele é tão certeira que até dói...bem preciso de fazer tudo o que mencionas neste post...! ^^

    Abraço grande :)

    ResponderEliminar
  2. Este texto tocou-me de uma maneira especial.
    Queria TANTO isto que descreves, viver um amor intenso e acima de tudo verdadeiro...

    Adorei ;)

    ResponderEliminar
  3. Obrigada! mesmo!

    Para dizer a verdade, já desisti da ilusão de viver o que quer que seja este verão e não creio que no novo ano lectivo isso mude. Há coisas que se sentem mas simplesmente "não são para ser".

    Ainda assim, disse-lhe tudo o que sentia. Tinha de o fazer..

    ResponderEliminar
  4. Uau adorei, alias eu amei...este teu texto deu-me esperança para o amor...parabens a serio!

    ResponderEliminar
  5. Nestas coisas do amor o mais importante e ir sem medos, libertar-se naquele desconhecido e voar :)

    Como sempre, um texto magnífico e parabéns pelo prémio!
    Beijinho

    ResponderEliminar
  6. É isso mesmo que eu penso, e alem disso a idade é apenas um numero, sempre soube o que queria, mesmo que muita gente nao me entenda :)

    ResponderEliminar
  7. Oh moço, muita verdade aí escrita :) No entanto vou debruçar-me sobre isso quando chegar o Inverno! Isso é um assunto muitoooo complicadooooo! :)

    ResponderEliminar
  8. Adorei!!! É tão bom ler-te. Escreves com clareza e certeza do que dizes, escreves acreditando no que escreves, e isso faz com que tudo o que escreves cativa, faz com que a tua escrita de uma forma ou de outra, nos abra horizontes, que nos desperte para o mundo, que nos faça acordar... Escreves muito bem, tal como já te tinha dito, sabes sentir, sabes amar....
    Um beijinho e uma boa semana

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

Se eu pudesse... trazia-te de novo à vida...

"Preciso de ti... de nós..."

"Voltar a acreditar... no amor."