O quanto vives em mim...
“E vai ser o amor
a ultima peça que falta no quebra-cabeças da minha vida, aquele que eu nunca
vou completar” – pensava eu em palavras mudas perceptíveis apenas no
meu sentir. Sentia a força de um amor a crescer, a viver na multiplicidade de
um querer que se perdia no teu olhar, que se perde nesse sorriso que me faz
desejar-te, num beijo dado, num oceano de sabor salgado.
E se todos os
amores são colocados como impossíveis qual é a diferença entre amar
quem está longe ou perto se antes do fim nada dá certo? A distância
nunca será a barreira que me prenderá a este lugar, estejas tu aqui,
estejas tu para lá do Tejo, serás parte integrante de mim,
complementaridade destes passos descompassados de batidas crescentes de um coração que chama o teu
nome, nas noites em que me deito, nas horas em que me mantenho acordado.
Eu posso estar
errando pensando que és perfeita mas, tenho a certeza que, mesmo as tuas
imperfeições, são capazes de me encantar. Nunca fui de procurar demais, gosto daquilo
que me revelas num olhar, gosto de saber que, no meio desta humanidade
desumana, ainda conseguem resistir as mulheres que aprenderam, por si mesmas, a
amar.
Nunca ninguém dirá que é tarde
demais, que somos tão diferentes ao ponto de nos amarmos. Porque do nosso
amor, só a gente sabe, porque no amor apenas dois olhares são precisos e não uma serie deles.
Os sonhos vêm e
os sonhos vão, todo o resto é apenas um profundo imperfeito de quem não sabe ou não quer sonhar, de
quem prefere ver na vida o que falta em vez de contemplar tudo o que tem e tudo
o que lhe faz sorrir.
Tantas vezes já disse para mim
mesmo “É Hoje”. Tu és a única prisão que a minha liberdade aguenta,
prisão que me prende os sentimentos mas que me faz manter este meu jeito
selvagem de conceber a vida, esta forma em que me debruço na corda bamba dos
sentidos sabendo que o amanhã virá mas, querendo é viver o hoje.
Pensamos sempre
que haverá mais tempo e, então, ele acaba, nessa altura o futuro nada
será mas o presente foi vivido e isso, isso não nos é tirado da
alma, não nos é apagado da história.
Mesmo antes do
fim, acabamos por descobrir que nada é eterno, o eterno apenas somos nós, até ao limite
do nosso ver, até ao dia em que fechamos os olhos, seguramos na mão um do outro e
despedimo-nos sabendo que, mais tarde, numa outra vida, os nossos olhares se
voltam a cruzar, e nós, nós nos voltamos a apaixonar.
Seremos eternos não realizados
porque no amor que sinto por ti, nunca esta vida chegará, para te mostrar
todo o teu ser que vive em mim...
Oh que lindo, meu Deus :')
ResponderEliminar"Tu és a única prisão que a minha liberdade aguenta" amei esta frase.
Sim, só são precisos 2 olhares.. "e quebra-se não uma, mas duas aparentes acalmias" - esta frase é de um poema meu.
Adorei tudo. Inclusive a imagem*
bjinho e tem um óptimo f.d.s.
É isso mesmo :)
ResponderEliminarFizeste-me lembrar a música do Tony de Matos: "Só nós dois é que sabemos, o quanto nos queremos bem, só nós dois é que sabemos, só nós dois e mais ninguém"
ResponderEliminarAdorei a reformulação do blog, as cores e as imagens :)
Têm alma.
Beijinhos *
Que apaixonante!! É por saber que aqui se escreve com amor, sentimento e alma, que venho aqui todos os dias... Tu tens isto tudo na tua escrita e muito mais. É impressionante, a tua forma de escrita, como cada dia podes escrever de amor, mas sempre de uma forma tão bela e encandora, que prendes qualquer pessoa. És um apaixonado por natureza. Belissimas palavras. Num amor, basta só os olhares de cada um a olharem no mesmo sentindo... o sentido da paixão e da felicidade. Um beijinho de boa noite
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