"Quero-te!"

Quero-te não de ontem, não de hoje e, certamente, não apenas amanhã. Quero-te, em cada segundo, em cada fragmento, em cada momento, em cada melodia. Quero-te em noite fria, enrolada no meu corpo, entrelaçada nos meus braços. Quero-te, de uma forma qualquer, despenteada, borrada, mal arrumada, quero-te como mulher. Quero-te como companheira, como amante, como aventureira, quero-te agora, de qualquer maneira. Quero-te a sorrir, num mundo por descobrir, quero-te como porto de abrigo, quero-te abrigar. Quero-te amar, sem vírgulas nem reticências, sem lapsos de memória, construindo juntos uma história. Quero-te, longe ou perto, quero-te a ti mesma, com aquilo que és não, somente, com a tua melhor parte. Quero-te, quero-te de forma intempestiva, de forma reivindicativa, de forma destemida, desmedida, distraída. Quero-te no compasso da nossa canção, num quarto repleto de paixão, numa noite duradoura, numa viagem tentadora. Quero-te como minha mulher, como orgulho do meu ser, como adepta de futebol, como eclipse do sol, como simples anzol. Quero-te para me cativares, para me tirares a noção dos lugares, para me acompanhares e não para seres, apenas, uma companhia. Quero-te nas noites mal dormidas, nos dias em que a saudade aperta, quero-te num rio que te vê acordar e num mar que te sabe esperar. Quero-te madura, na tua, na nossa mistura, quero-te como quem quer cada pulsar, cada fragmento do respirar, quero-te ter, quero-te beijar. Quero-te momentaneamente, loucamente, quero-te agora, quero-te, certamente, para sempre. Quero-te como musa de cada linha do meu escrever, como corpo, alma de um ser, quero-te como quero cada hora vivida. Quero-te na minha vida, na minha história porque, se há coisa que eu mais sei fazer, é querer-te...