“Quando será a tua vez de ser feliz?”

Foram tantas as noites em que desenhava o teu rosto,
No desconhecimento de quem eras – de que virias até mim.
Foram tantas as saudades que sentia, bem cravadas no meu corpo,
Num coração que parecia pouco (para o sentimento que vivia, aqui).
Foram tempos em que o tempo não passava,
Em que o medo fazia parar - esquecer de viver, esquecer de amar.
Foram tantas as histórias que ouvia falar – perguntando a mim mesmo:
“Quando será a tua vez de ser feliz?”

Foram tantos segundos, tantos caminhos seguidos que nada me diziam,
Palavras vazias, deitadas ao chão – desprovidas de paixão verdadeira.
Foram tantos os erros, as imperfeições de acreditar no perfeito,
Esquecendo que tudo o que é para ser vivido – é vivido na imperfeição
(naquela que faz de nós… humanos... bombeados pelo coração).

Foram tantas as palavras em vão, utopias escritas e acreditadas,
Barreiras construídas – que me cegavam o verdadeiro sentido… do amor.
Foram tantas as esperas, foram tantos os silêncios em que me calava,
Em que nada falava – falando de ti a mim mesmo.
Foram tantos minutos de desassossego, em que esperava pelo sonho,
Em que me desnudava em desejos – sem saber se virias.
Foram tantas as fantasias, os dias e as noites em que estava vazio,
Caído num rio – do meu próprio esperar.

Foram tantas as vontades de amar, de conhecer o teu rosto,
Deitado no meu ombro – para eu o cuidar.
Foram tantas as esperas, tantos os tempos em que só sabia esperar,
Em que chegaste num dia frio, rompeste com todo o meu vazio,
Em que me encheste… de amor.
Amo-te.


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