Diário de Bordo, dia 27 de Setembro de 2013...

Somos feitos de tanto, pedaço de mar, somos feitos de tudo, desta garra de agarrar. Somos eu e tu, somos nós, somos um nós difícil de desatar. Somos presenta, ausência, acaso ou coincidência. Somos tudo, somos nada. Somos os fragmentos deitados ao ar, somos fortaleza, rua apertada ou um banco que espera o nosso sentar. Somos noite, somos sorrisos, somos o mesmo lugar, o mesmo sítio, somos o desencontro. Somos os sonhos calados, as letras que falam, somos uma mistura de liberdade com o não sabor do que é ter. Somos o tempo, somos o momento, somos a hora que dita a chegada, somos as tuas malas na hora da partida. No meio de tudo isto somos apenas o acaso ou um ladrão saltimbanco que nos rouba o pensar. Somos o sentir, mesmo sem tocar, somos os confessos versos ainda por completar. Somos o que tu quiseres ser, ou somos o que sempre fomos, somos desconhecidos que se conhecem bem. Somos o querer, o querer ir mais além. Somos e nem sabemos que o somos, porque sendo vamos construindo uma cumplicidade que nos dá sede de querer sempre mais...


Ao som da música na noite de ontem os meus olhos percorreram a multidão, ninguém se afastou, e eu não te vi. Sentia-te perto, mas não avistava o teu olhar. Naquele momento vi que não era apenas querer, era um amor, um grande amor...


Comentários

  1. enfim André.

    chega a um ponto que nem sei que mais te dizer, parabéns, escreves como ninguém!

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  2. Absolutamente encantador. Adoro passar por aqui, adoro tudo este amor!

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  3. Adorei !! :)) é mesmo assim, vai-se construindo cumplicidade :)

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  4. Nós somos tudo o que quisermos... mesmo quando preferíamos não ter que ser... Lindo texto. Vim cá ter por acaso e gostei.

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