Intervalo...
Hoje deixo uma
história, real, irreal, nunca se sabe. Tenham um bom dia...
Decidi mudar, o meu olhar perdeu o
brilho e há algum tempo via o sorriso desvanecer perante as minhas mãos. Parecia
chegado a um beco sem saída, a um beco em que me perdia, em que me sentia
perdido do meu próprio sentir. Eram partidas sem chegadas e um sorriso que
estampava somente para camuflar os gritos mudos do meu coração. Escrevia como
refúgio das minhas hesitações, como escape para um mundo em que não me
encaixava. Falar de amor era a forma que sentia de fugir de mim mesmo, de fugir
da realidade que me tirava mais que dava, que me roubava os sonhos que ainda ia
sonhando. Chegou o momento em que tive de alterar tudo, em que tive de mudar a
forma de ver, de falar e até mesmo a forma que de escrever, aquela forma
simples em que, humildemente, falava de sentimentos para que todos os lessem. Hoje
já não falo mais de nada, já não falo mais de mim, porque em mim me perdi,
perdi esta vontade que tinha, este sorriso que dava, esta luta que entregava a
todos os dias em que vivia. Desisti de tentar, desisti de acreditar, desisti,
mesmo não querendo o fazer. Sobra o silêncio, sobra está mágoa de querer e não
ter, de lutar e perder sempre, como se de uma predestinação fosse alvo. Muitas querem
histórias mas poucos as procuram, muitos deixa-se guiar pela vontade alheia
perdendo a sua própria vontade, eu tentei, tentei preservar a diferença que
tanto apregoava, eu tentei, eu tentei amar com todo o meu coração, sentir sem
desculpas mostrando quem eu era, no que acreditava e na forma como concebia um
amor para sempre, nem que fosse em recordações. Há coisas que não valem a pena,
há coisas que, simplesmente, o melhor é esquecer, perder, deixar num passado,
apenas vendo o presente dia a dia, sem sonhos, sem projectos, sem esperar
demais de uma vida que dá de menos. Serei eu capaz de viver assim? Certamente irei
passar a sobreviver, mas pelo menos, desta forma, não sinto o que sentia, não
mostro a minha pessoa que nem todos viam e que outros nem sequer sentiam. Hoje foi
o primeiro dia em que a minha voz se calou...

isto toca-me tanto porque parece um reflexo meu. quando há umas semanas me disseste para olhar em frente e acreditar, eu sorri porque parece meio fácil de dizer quando há esperança. acho que estamos no mesmo ponto crítico, à espera que desta vez seja o mundo a dar-nos algo. é dificil de dizer algo de bom quando de nós só resta nada no tempo que passou e nada se vê no tempo que aí há-de vir. força pelo menos. e desabafa com alguém ou connosco que te lemos. um abraço.
ResponderEliminarSeja isto um história real, nunca se sabe, e eu peço que não desistas e que não apenas sobrevivas. Porque, as palavras e o amor, és tu. Então, não desistas e procura...e sorri. Força.
ResponderEliminarUm beijinho
O bom de vir aqui é que sei que encontrarei sempre algo que me fará sentir e transmitir uma série de expressões que evidenciam a qualidade inconfundivel dos teus textos e daquilo que eles ensinam . Tu tens sempre uma visão equilibrada, mas quando isso implica um amor perdido, uma dor patente.
ResponderEliminarSei contudo que a pessoa que és tem força e carisma para ser muito feliz.
És MARAVILHOSO !
Beijinho*
Sempre bom caminhar por suas palavras, pois elas nos levam a lugares antes desconhecidos... bjbj :)
ResponderEliminarA mudança é sempre bem vinda quando feita de dentro pra fora. (:
ResponderEliminarBoas festas e venha me visitar!