Dias molhados de Verão...

Nas vidraças deste quarto voltam a bater as gotas de um inverno que começa a invadir esta vida, esta vontade de querer soltar amarras e escrever de novo uma nova história, um novo conto onde as princesas acabam felizes e os príncipes capazes de fazer da vida delas mais um sonho, mais uma utopia alcançável. O amor é uma prioridade e o sentir a única forma de se encarar a vida, seguir caminhos e descobrir algo verdadeiro na meio das ilusões que nos colocam à prova, a cada dia, a cada hora que saímos para a rua com o objectivo principal de sermos felizes, em cada esquina, em cada travessa de uma terra que pode nem ser a nossa mas sempre pode acolher a história de uma amor protagonizado por nós no momento em que o destino nos dá a benesse de realizarmos mais um sonho, de escrevermos mais um capitulo. Esquecemos o passado, encaramos o futuro com todas as forças e cicatrizamos as feridas de um coração, enxugamos as lágrimas e voltamos a acreditar no que por momentos ficou esquecido, perdido no meio de uma desilusão vivida e de um amor que se desvaneceu por falta de projectos para sobreviver. A minha alma torna-se gasta, o meu coração pede mais um pouco daquela compaixão que agora parece teimar em não aparecer, apenas vivo de sentimentos e isso torna-se doloroso, não consigo viver de outra forma, não consigo ignorar o coração e isso faz de mim um retalho de tudo o que foi vivido, um pedaço de cada pessoa, um sorrir, um chorar e até mesmo um desabafo em dias em que o sol ficou escondido por detrás das nuvens escuras de um recordar pesado, de um viver esquecido. Construo ainda os meus sonhos porque este é o meu dom, consigo sonhar por mais que a vida se mostre completamente diferente do sonhado e bem distante do desejado, consigo ainda acreditar no amor e sei que certamente se não acreditasse nele jamais conseguiria ser feliz...

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