"São poucas as horas que temos para dizer… que amamos"
São
poucas as horas que temos para dizer… que amamos. Tão poucas que o tempo passa,
que a saudade abraça e nos perdemos… nas memórias.
As
histórias abraçam-nos como se não quisessem partir, e o nosso peito arrepende-se
de tudo o que calamos.
São
nessas horas que vemos a intensidade de tudo o que sentimos, de tudo aquilo que
digerimos – no silêncio que tantas vezes conhecemos (por medo). Guardamos
segredo, somos empurrados para um amor só nosso, escondido por entre os dedos,
preso na garganta (prestes a querer sair).
Temos
tão poucas horas para dizermos que amamos… e tantas vezes nos esquecemos disso,
partimos e não lutamos. Perdemos… por culpa de tudo aquilo que não vemos em
nós.
Há
que agarrar cada segundo, cada fragmento que nos completa, cada pessoa que nos
desenha um sorriso – aquele que tanto nos enche de vida. São poucas as horas
que temos para dizer… que amamos, que queremos ficar. Que queremos lutar. Que
só sabemos esperar.
Nem
sempre as distâncias acabam com amores, os grandes, aqueles que não sabem o que
é findar, ateiam, incendeiam, crescem e ficam em tudo aquilo que somos, em tudo
aquilo que nos faz sentir completos.
São
poucas as horas que temos para confessar… que temos para agarrar um beijo, para
segurar uma lágrima, para apagar um passado que nos fez ferir. Por isso… que
não se calem os amores, que não se tenha medo de amar, medo de ficar, medo de
tentar.
O
tempo passa… e com ele tanto passa por nós. E não queremos ficar sós. E não
podemos esquecer-nos de tudo. Por isso… que se esqueça o mundo, que fiquemos só
nós os dois, sem que o medo venha depois. Sem que as horas passem sem dizer
que… amamos.
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