"Morte"
Sentia a minha pele ferida,
Gasta pelo tempo em que me esquecia,
De quem era. Do que tinha. Do que via.
O meu coração eram escaras,
Rasgos golpeados sem misericórdia.
Eram medos e temores,
Erros e pavores - eram... o escuro.
O meu sonho rastejava. Mendigava!
Um pouco de claridade para poder viver,
No meu peito adormecido,
No meu sono esquecido.
Eu era apenas... o silêncio.
O tempo esquecia-se do meu corpo,
Da minha alma ferida. Esquecida. Perdia.
Era tudo o que não era viver...
A dor. O incerto. O deserto.
Tudo era o que não era - e eu...
Eu não era mais que nada.
O amor era terra árida e... de ninguém.
Hoje não! - Hoje não sou a sombra que um dia fui,
Sou o âmago renascido das cinzas,
Uma fénix que se abeira do sonho,
Que faz do amor a sua liberdade
(o hino da claridade do teu olhar).
E... amo-te,
Amo-te meu amor eterno,
Meu querer imortal - meu sonho e meu desejo,
Meu amor.. meu doce beijo.
Amo-te...
Em cada pedaço de mim que tornaste teu,
Fazendo de mim o que sou,
Tendo o que tenho - ao amar-te...
Para além da morte.

Namastê!
ResponderEliminarAbraço