"Doí-me o corpo"
Doí-me o corpo... as minhas veias rasgam-se em sonhos,
Em saudades que habitam o meu peito -fazendo do meu coração a sua casa.
Grito por ti - talvez a noite caia fria e precise do teu corpo no meu,
Da tua pele sobre a minha (em gestos de um amor... tão verdadeiro).
Doem-me os olhos... as lágrimas consomem-me no silêncio
Deste quarto que escurece à medida em que procuro por ti...
Sem encontrar.
Doí-me a alma... a minha força doí-me. Doí-me não te ver,
Não tocar no meu próprio sonho - na minha utopia mais real.
Doí-me ser incompleto, nesta cama, neste deserto...
Doí-me o coração - mesmo sabendo que cuidas tão bem dele.
Doí-me o corpo... meio vivo, meio morto,
Na ausência daquilo que mais preciso - do teu amor somente... do teu amor.
Doem-me as esperas, os desesperos e os pedidos,
Os clamores e os gritos - doí-me que o tempo não passe,
Que nunca se rompa o impasse e que durmas a meu lado...
Eternamente.
Doí-me o sonho em que encontro alento.
Doí-me não chagar o vento, não mergulhar no firmamento.
Doí-me não revoltar o tempo...
Para ser teu... imortalmente.
Amor...
Doí-me não te ter nos meus braços.
Dor d'alma! sempre tão profundo na escrita!
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Abraço