"Nunca te esqueças de mim, Lisboa"

Não te esqueças de mim, Lisboa... Não te esqueças do amor que sinto,
Da minha alma que se cala em gritos mudos - em silêncios gritantes.
Não te esqueças das noites em que me entrego na correnteza de um rio,
De um oceano em que desaguo - amando o sentimento de te ter em mim.
Não te esqueças, Lisboa, das ruas que eu percorro e dos fados em que me entrego,
Sendo amante de quem me quer bem - pertencendo aos braços de quem em agarra.

Lisboa...
 Se puderes, não me esqueças. Limpa-me os negros presságios, 
Envolvendo-me nas tuas aguas tão lúcidas - nas tuas colinas tão conhecidas.
Não de esqueças de mim, Lisboa...
De tudo o que o meu peito clama sempre que te conheço na palma da minha mão,
Do cheiro que se entranha na minha pele e que me faz te pertencer
 (sem em ti ter nascido...).

Não te esqueças de mim, Lisboa... 
Porque em tempestades estarei na proa,
Lutando nas ondas agitadas de um fado que se exprime em saudade,
Serei teu, Lisboa... Enquanto tu não te esqueceres de quem sou eu...


Fotografia da autoria do escritor deste blogue


Comentários

  1. Fantástico! Como sinto vontade de conhecer....um dia, quem sabe...rsrsrs
    www.escritoraadriana.com
    Bjoooo****

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  2. Adorei.
    Lisboa não o esquecerá e muito menos o universo de leitores que já consigo navegam!

    Um bom fim de semana.
    Abraço

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Só tenho a agradecer as suas palavras sempre simpáticas.

      Um abraço e votos de um óptimo fim-de-semana :)

      Eliminar

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