"Linho"

Há tanto que te tenho, que nem eu sei desde quando te conheço.
Desde o momento em que chegaste, ao meu peito,
Invadindo e revirando o sentimento,
Que agora pertence-te...em cada segundo do meu respirar.
Demando por ti, nestas ruas apertadas com fragrância a mar.
Sei que és aquele rio, em que eu quero naufragar.
Mas agora, beija-me...somente.
Corre comigo na abstracção de segurança,
Quero incorrer no risco, neste segundo, antes que tudo se esgote,
Antes que nos percamos, um no outro.
Dilacera-me o corpo em proveito próprio,
Envolve-me no teu olhar e enfeitiça-me, com as tuas palavras.
 Perdemo-nos lençóis de linho, de cor escarlate,
Naqueles em que seremos uma só parte,
Um só coração.
Despe-me de razão, tatua-me a pele com a tua presença,
Faz-te ser bem mais que uma esperança,
Aquela que guardo em cada desejo, que fantasio contigo.
Hoje...sei intrinsecamente que, enquanto houver amor em mim,
Todo ele será teu,
Desde o primeiro instante,
Desde que habitas intemporalmente, cada cisão do meu peito...


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