"Contra-mão"

Debruça-te sobre o meu peito, em cada palavra que te confesso,
Na tormenta de sentir-te...para além daquilo que sou.
Desdigo não te amar, deixando-te ficar em mim,
No que tenho de ti,
Na junção que conjugo, num verbo que fala de nós.
Formo nesta imaginação o sonho puro, do devaneio da alma,
Entrego-me à tormenta, aguardando-te nesta ausência de calma.
O meu âmago grita pela tua chegada,
Em cada promessa rasgada,
Naquilo que não prometo...dando-te o que tenho.
Encontramo-nos em contra-mão, no embate do corpo,
Que reavivou o meu coração. Que me fez acreditar no amor.
Procuro-te na ausência de dor, neste peito flamejante,
De um ser errante, daquele que te ama sem tempo.
Formo, assim, o meu contentamento,
De ver-te para além de sonhos meus,
Nas palavras que ergo quando me invades sem piedade,
Naquela minha insanidade,
Que demanda um beijo teu...


Comentários

  1. "Desdigo não te amar, deixando-te ficar em mim" , das coisas que mais gosto ao ler-te é que no meio de tantas palavras de amor, há sempre uma passagem que eu leio e re-leio mais do que uma ou duas vezes, porque me fica. E esta ficou-me :)

    Beijinho!

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