"Abstracção"
Busca-me
nas horas em que hora consome o sentido,
Debruça-te
no meu olhar, sê o meu porto de abrigo,
Na
neblina matinal de um coração que não reage,
Vem
roubar-me, leva-me para longe.
Quebra
o silêncio da minha voz, peço-te que me roubes de mim,
Que
me faças seguir-te sem medos nem receios,
Nem
inseguranças nem anseios, apenas sendo o que há em nós.
Não
me deixes na amarga saudade que tenho de ti, grito-te, chamo-te,
Vem
e deita-te em mim, no meu peito bombeado de amor,
Naquilo
que resta aqui e que, por ti, ganha tanto fulgor.
Limpa-me
o rosto calejado pelo tempo, mostra-me o firmamento,
Das
palavras, das frases, dos sentimentos. Grito-te! Vem-me buscar!
Rompe
comigo o ar, esta barreira ténue que nos separa,
Que
nos faz afastar.
Peço para me roubares, para me raptares daqui,
Peço para me roubares, para me raptares daqui,
Que
me faças ser mais eu, que me tornes teu.
Busca-me
nas horas e faz-nos viver na abstracção do tempo...

mt bom!
ResponderEliminarQue a abstração do tempo se torne tão vasta como a beleza das tuas palavras, e que vos permita aos dois perderem-se um para o outro nos labirintos das horas em que se encontram :)
ResponderEliminarBeijinho!