Retratos...

São repletos de sonhos sonhados e de histórias vividas, são perder e ganhar, são o sentimento mais forte, aquela força que lhes vem do peito e faz com que avançam de mãos dadas, construindo um futuro em que espelham o que são, o que na verdade os move nesta vida. Ele e ela, ela e ele, poderiam ser assim designados mas preferem ser um “nós”, um nós que enfrenta tempestades, adversidades, despedidas e até mesmo saudades mas, permanece ali, bem apertado, ancorado a um amor que nasceu de um nada, de um nada que nem os possibilitava de sonhar. Foram momentos, foram promessas rasgadas e corações feridos, numa história que nem era a deles, deram tudo de si sem nada receber, apenas migalhas que nem os saciava no momento em que se deitavam e vertiam as lágrimas de uma ausência que nem sabiam bem qual. Seguiram caminhos, porque desistir jamais entrou no que eles defendiam, na forma como vivem as suas próprias vidas em que erros se convertem em lições e partidas em simples perderes que mais tarde irão dar lugar a novas entradas, a novos capítulos bem mais felizes. São a expressão de um amor inacabado, daquele que cresce a cada dia, que se desenvolve dentro dele, dela, dentro daquelas duas pessoas que o destino os cruzou para os fazer acreditar no amor, num sorriso rasgado e num adormecer bem mais sonhado. Foram tudo, foram poetas amargurados, fadistas sofridos, simples dramaturgos de uma história dramática mas, souberam colocar um ponto final, um ponto final naquele conto que nem era contado por eles, naquele conto que nem fazia deles personagens principais. Seguiram caminhos, percorreram mundos, perderam pessoas e guardaram outras tantas, foram desconhecidos um do outro, passaram lado a lado sem mesmo se tocaram, foram a neblina de um não descobrir e até mesmo o ignorar de um sentimento. Seguiram vidas opostas, caminhos contraditórias e entregaram-se a histórias efémeras, erraram nos trilhos e escolheram atalhos pensando serem os mais reais. O destino os levou mas fez com que se cruzassem, viveram a história deles e ali permaneceram num tempo que pára nas horas e vive de pequenos segundos, daqueles segundos que fazem toda a diferença. Sabem que jamais irão saber como será o futuro mas, mesmo assim, constroem um presente, um presente tão rico que os consegue erguer por maiores que sejam as rasteiras da vida. Vibram com a paixão, choram com a saudade, sorriem com o abraço e vivem somente na razão que o coração lhes dá, são pássaros livres mas, do mesmo modo, são a liberdade de um viver diferente mas tão igual. Foi o persistir que os levou ali, aquele porto seguro, ao caís em que os seus corpos ancoraram e formaram a fortificação para a sua história, foi a garra com que agarraram a vida que esta lhes deu um pouco mais de tudo, um começo para dali formarem um trilho único, o trilho de um amor que ambos faziam crescer de forma tão inocente mais ao mesmo tempo tão amadurecida. Pegadas na areia, músicas e letras perdidas fazem parte de tudo o que vivem, fazem parte de uma peça em que o pano de fundo é pintado com as cores que deles saem, as cores de um amor, de um viver, se um sonhar bem maior do que as simples promessas que de nada valem. Provam e não prometem, agarram e não ficam impávidos esperando que o amor os agarre aos dois, são felizes à maneira deles e certamente é desta maneira que vão vivendo cada dia do conto deles, daquele que não querem colocar um ponto final... 





Hoje deixo uma história, a história de um amor que vive de sentimentos verdadeiros, de pessoas reais que se amam muito para além das promessas feitas, ou dos sorrisos rasgados. Espero que gostem :)

Comentários

  1. André! Tenho um blog novo, um novo capítulo! e claro não podia deixar de vir aqui espreitar os teus maravilhosos textos!
    E de todos os que já li, este foi daqueles em que mais me identifico. Digo-te desde já, que estas lindas histórias de amor existem, talvez me identifique com todas aquelas palavras por passar por essa história.
    Continua a encantar todos aqueles que têm o prazer de ler as tuas palavras, e eu estarei aqui a deliciar-me!
    Se gostares do meu novo blog segue! Obrigada *.*

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  2. Deixas-te-me completamente encantada com aquelas palavras! Que mais uma pessoa pode querer do que ouvir de alguém que escreve "maravilhosamente bem" que falámos com o coração e que lhe sabe bem visitar o nosso canto? Óh como é óptimo ouvir isso vindo de ti!
    Obrigada por visitares, obrigada por fazeres parte do meu canto! Sim, é uma casa nova, um novo mundinho meu, é preciso dar cor à nossa vida!
    Um beijo *.*

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  3. o amor é encontrado, as peças vão se juntado aos poucos depois apenas temos de construir o resto das peças e com os tempos o amor torça-se num puzzle em que as peças só estão bem unidas umas às outras e só assim pode retratar a imagem que permanece em cada peça

    Um beijinho c:

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  4. Isso é á prova que o amor verdadeiro ainda existe.
    Que suporta tudo.

    ótimo texto!

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  5. O amor é algo sublime. E você prova isso quando escreve, que é possível juntar os pedacinhos e construir uma linda história.
    Beijos, tá lindo.

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  6. É extraordinária a forma como escreves o Amor.
    Não há impossíveis, mas não gostar de um texto teu... pouco provável, vá.
    Beijinhos

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  7. Essa história é precisamente de duas pessoas que se amam verdadeiramente. Atrevo-me até a dizer que eu gostava de viver esta história... Eu e qualquer pessoa que ainda sonha com o verdadeiro amor :)

    Como sempre, palavras perfeitas :)

    Beijinho

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  8. E as perguntas são mesmo muitas, tens toda a razão, infelizmente.. Muito obrigada!

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  9. Uma "história de um amor que vive de sentimentos verdadeiros, de pessoas reais (...)"
    Espero que os sentimentos sejam teus (como julgo que são!), mas não gostaria de ter a certeza que a história é a tua! Pois parece-me que existe um afastamento, consciente de parte a parte, mas que paira um "incompletamento" de ambos.
    Não deixa de ser uma história de bonita de sentimentos fantástico e magníficos, mas segundo a minha interpretação acaba por ser triste, pois duas pessoas estão separadas e sentem a ausência de uma amor, que vive de forma inesquecível mas incompleta!
    (se calhar sou eu que estou a "ver" mal as coisas!)

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