A minha forma de sentir...

Procuro aquilo que um dia chamei de amor, procuro entre as sombras de pessoas que não se assemelham a ti em sentimentos, que não fazem parte da história da história da gente, daquela mesma em que se fala de um amor verdadeiro, inquebrável e duradouro com o passar do tempo e com as tempestades de sonhos caídos por terra. Ainda continuo na procura desse meu amor, porque no fim de contas nunca me esqueci de senti-lo, nunca perdi-o por entre as ruas manchadas de lágrimas de um sofrer passageiro, de um sofrer doloroso em que o coração se resguardou da recordação e se entregou ao esquecimento como remédio para as escaras que lhe preenchiam o corpo. Os sonhos continuam sonhados, os amores rasgados e esta minha ânsia de ser feliz mais forte que nunca. Acredito em princesas e príncipes, em contos de fadas e em amores que passam a barreira do real, do vivido, do sentido nesta terra em que apenas somos corpo, apenas somos a carne fraca de um desejo passageiro e prisioneiros de um medo de falhar constante, aquele medo que aprisiona o nosso querer, a nossa vontade enorme de sermos felizes com o pouco que temos. Pegaríamos apenas nas pequenas coisas, viveríamos de sorrisos e de gestos cúmplices de duas pessoas que afinal se gostam, entregáramo-nos um ao outro mas saberíamos que ambos éramos livres, soltos como pássaros que voam mas que sabem voltar à sua casa, a sua pessoa, aquela mesma que partilha sonhos e que trilha caminhos, para mim isso é o amor, para mim é a única forma que conheço de viver a minha vida. Pode ser uma forma infantil, pode até mesmo ser uma forma sonhadora e desprovida de realidade, mas é a minha forma de amar e que espero que um dia me leve a um final feliz que acredito com todas as minhas forças ser possível de existir. Quem sonha consegue alcançar o mundo, consegue ser feliz e até mesmo construir um projecto de vida quem não o consegue fazer, apenas agarra-se aos sonhos dos outros na esperança de um dia esses mesmos sonhos os consigam levar a voar e a tocar num pouco de céu...

Comentários

  1. Não tenho palavras para a tua escrita! Obrigada (:

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  2. «Ainda continuo na procura desse meu amor, porque no fim de contas nunca me esqueci de senti-lo» - É o amor. Esse não se esquece, não se deixa de sentir nem de procurar. Boa escrita! Abraço. :)

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