A metamorfose do sentir...

Apenas colo os recortes de uma recordação quase esquecida, a alma começa a pedir para viver de memórias, apenas pede para que o coração se acalme e dê lugar a um capítulo novo, a uma pequena história escrita por mim. Represento agora a história de um povo audaz, daquele que sabe ganhar mas que quando chega a hora de partir, parte, mesmo com o coração magoado e as lágrimas a escorrer pelo rosto. Falar de amor torna-se difícil que nem eu próprio já sei o que é, o que representa, como é vivido. Vivo assim, hoje, as recordações de um passado na esperança de encontrar de novo o caminho que agora perdi as coordenadas, o sentido que agora está perdido e o final que eu agora nem ambiciono mais. Deixo-me guiar pelo tacto de um caminho percorrido às escuras, sigo o cheio de um perfume que me aviva a memória, acalmo o coração nas melodias que ainda me fazem sonhar, mas nada mais que isso, nada mais. Sinto-me despido de tudo, porque na verdade, se calhar, nunca tive nada, sinto que afinal falo e descrevo um sentimento mais complicado e desprendido de mim, deste meu coração. Os tempos passam e na realidade vejo que os caminhos cruzam-se mas não quer dizer que as pessoas se toquem, que os destinos entrelaçam-se mas que no fim os corações nem acabem por se fundir um no outro, simples e suavemente como em filmes, como em romances que acabam por fazer-nos sonhar mas que da mesma forma nos mostram que apenas aquelas histórias são ali vividas e não na vida real, aquela em que estamos. Percorro o desconhecido porque esse pelo menos nunca me engana, vivo de recordações porque essas acabam por nunca se alterar mas sim a nossa visão sobre elas. Hoje apenas quero estar com os pés colocados na terra, com os sonhos guardados dentro de mim e com o amor prisioneiro dentro do coração, hoje fecho as janelas para nem tão cedo as voltar a abrir...


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