Um tudo no meio do nada...

Pára, escuta, sente as batidas deste meu coração, de um coração que renasce agora de tudo o que o tinha feito morrer, e assim torna-se de novo sonhador, lutador e detentor de uma força que nem sei muito bem explicar. Saberia que o sol iria iluminar de novo este meu quarto, que as cortinas iriam se abrir com a brisa fresca e voltaria a ter os dias que acabaram apagados pela partida de um passado que me afastou da realidade, me tirou a vontade de amar. Hoje apenas sei que tudo não foi em vão, que as partidas repentinas, que os enganos cometidos, que as hesitações que sempre existiram, acabaram por moldar aquilo que hoje sou e possibilitaram-me sonhar de outra forma, de uma forma em que apenas o real pode ser vivido deixando todo o imaginário para um outro plano, para um outra batalha que passa por querer rebentar muros e chegar a uma utopia que nem sempre se torna real. Sou assim mais um pouco de tudo, mais uma realidade do que um mito, mais um lutador do que um desistente, mais um sonhador do que um cobarde, mais um poeta de palavras escritas do que de gestos descontrolados e repetidos de todos os outros. Sou eu, sempre fui e sempre irei amar na minha inocência, sempre guardarei o que tem de ficar guardado, sempre lutarei por o que me faz feliz e nunca abandonarei o tempo, porque o tempo só origina esquecimento, e o esquecimento origina por si a perda de alguém ou de um amor tão forte e ao mesmo tempo que provoca um medo enorme de o vivermos. Sou assim um tudo, um tudo em que o meu mundo gira, sou um nada, sempre que te olho partir em direcção ao escuro, posso ser um tudo e nada mas certamente sou eu e isso, isso nunca ninguém irá mudar...

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