Palavras repescadas do coração...

São meros eufemismos de uma realidade distorcida, são palavras jogadas ao mar, são canções sem um fim previsível. Assim é uma vida, repleta de enganos e desenganos, pessoas e palavras, sentimentos e emoções, tudo no seu lugar, tudo baralhado em dias de enorme hesitação, de dúvida permanente. Chuva de Verão ou então mesmo sol de Inverno, algo inexplicável, algo que parece não pertencer a uma realidade que se vai construindo com o passar do tempo e das horas e com o amadurecer de um coração que acaba por se moldar ao amor, que acaba por vive-lo ou abandona-lo segundo o que se sonha, segundo aquilo que tanto se quer. Rasga-se assim um sorriso, cai a lágrima da última despedida e limpa-se todo o resto de recordações amarguradas, levantamo-nos e em passos inseguros começando a caminhar de novo, a traçar caminhos, a fugir de atalhos. O erro surge mas do que fale não falhar? Do que fale nos orgulharmos de não correr riscos para mais tarde podermos dizer que nunca erramos? O erro, sempre o erro, mas certamente com ele aprendemos, com ele vivemos e com ele por vezes conseguimos ser felizes nem que sejam por simples e efémeros instantes que acabam por desvanecer entre as águas fortes de um choro repentino ou até mesmo pelo esquecimento de um coração que seguiu em frente. Mais do que aquilo que somos é aquilo que sentimos e mais do que sentimos é a verdade que existe nesse sentir, nessa forma de vida, nesse sonho em que se luta incessantemente na esperança que se torne uma realidade tão verdadeira, tão vivida. O amor assim torna-se mais do que um sentimento, uma estranha forma de vida...

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