Que sina, ai que amor...

Peguei num rascunho que se encontrava ao fundo de uma gaveta, desembrulhei aquele papel meio amarelado pelo tempo e comecei a ler o que lá estava escrito. Os meus olhos não contiveram o sentimento lá transcrito, senti cada linha, cada cheiro, cada frustração e até mesmo cada anseio, aquele anseio que me tapava a vida e me impedia de ser feliz. Fez-me bem pegar naquela pequena folha, fez-me ver que o tempo avançou, que as pessoas passaram, que os sentimentos sofreram uma mutação mas acima de tudo que tomei a melhor opção quando deixei uma vida passada e comecei a viver uma vida que tanto me tem feito bem. Rasguei o papel, rasguei tudo aquilo que não queria mais recordar, a viajem naquele instante parou, voltei para aquilo que hoje conheço, que hoje tanto amo, que me faz sonhar e consequentemente me faz tornar mais vivo e capaz de derrubar murros e barreiras para aquilo que quero. Sentei-me no chão e decidi que era naquela hora que tudo deveria ser apagado, juntei recordações materiais, folhas escritas, perfumes entranhados em roupas e até mesmo em peluches, fotografias, imagens, frases, e toda uma réstia de outras tantas coisas e meti num saco, naquele saco que acreditei piamente que levaria consigo tudo aquilo e que finalmente me liberta-se do passado e me fizesse viver um presente. Agora apenas sinto porque o resto não se aprende, porque o resto não se sente, porque só mesmo com o sentir é que temos o dom de poder ver a verdade conforme ela é...

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