Porque todos nós acabamos por querer esquecer algo do passado...

Olhei para o vulto daquilo que era eu, olhei para uma sombra que já de nada tinha a ver comigo, deixei tudo para trás e parti em direcção a minha felicidade. O tempo perdido saberia que não o voltaria a possuir mas achei que seria a hora de voltar a ser feliz, peguei numa mala, coloquei os fantasmas de um passado, limpei as lágrimas com um papel que coloquei nessa mesma mala e despi todas as roupas que tinham o cheiro de tempos que queria esquecer, fechei a mala e coloquei no fundo do guarda-fatos onde saberia que não iria voltar a mexer, e onde tudo ficaria esquecido nem que fosse numa memória selectiva que prima por esquecer o que não se gosta e recordar o que de melhor nos aconteceu. Sai para a rua e sorri apenas, corri pela praia e sentei-me perto de um rocha a ver o mar, sei que aqui é o meu canto, o meu refúgio, aquele lugar em que gosto de estar nem que seja apenas por um dia, por uma hora mas onde consigo colocar todas as ideias no lugar e todos os sentimentos se tornam bem mais claros, bem mais justificáveis. Saberei que a minha vida ainda agora está num inicio e que certamente não sei como vai ser o meu dia de amanhã, sei que posso estar aqui, ali ou até mesmo noutro local que agora nem imagino lá ir, quero assim agarrar cada oportunidade porque a vida assim me mostrou e ensinou. Agora apenas tenho uma única certeza, uma única vontade e certamente é essa mesma certeza e vontade que me faz lutar, porque nada é feito sem luta e porque acredito que quem semeia algo acaba por recolher o fruto desse mesmo esforço. Não escrevo apenas que tudo o que se luta se tem, porque se assim o fosse a vida não teria qualquer interesse, mas acredito piamente que sem luta nunca se chega aquilo que queremos e sem palavras nunca se sabe por aquilo que nos guiamos...

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