Saberás entender e não apenas ler?...

Areia a voar com o passar do vento, assim sou, assim serei, um fino grão de uma areal extenso, um pequeno e normal grão que procura cair numa praia onde encontre o grande amor, aquela areia que o completa, que o faz enfrentar o mar e que o faz voar junto e não sozinho. Sou um grão de arreia capaz de construir fortes castelos nas mãos de uma criança, sou um grão que origina uma escultura na mão de um artista e sou aquele grão onde fazes os corações na areia e desejas um dia poder escrever o teu nome junto da outra pessoa que tanto sonhas. Sou assim, um simples e fino grão, mas capaz de mover montanhas, voar quilómetros seguidos de quilómetros para assim cair na tua praia, sobre o teu fino e distante manto de areia. Gostava assim de viver esta utopia, esta metáfora que se adapta a minha vida e se cola aos meus sonhos de uma forma extraordinária que nem eu sei explicar. Escrevo vontades mas também escrevo fantasias, escrevo coisas reais mas de igual forma escrevo os meus mais íntimos desejos, a forma como idealizo grandes amores em tempos em que esses mesmos amores parecem distantes, irreais e até mesmo gelados. Ainda sonho com grandes coisas, com grandes pessoas, com verdades e não mentiras, com utopias dadas por muito como verdadeiras e com objectivos esquecidos por muitos pela falta de força de enfrentar tudo e todos por aquilo que querem. Prefiro acreditar assim, viver assim, porque de uma maneira ou de outra isso me completa, porque de uma forma ou outra isso me faz lutar e eu, eu de desistir nunca fui, nunca serei e por mais quedas que possa dar saberei sempre me levantar. Sou hoje um fino grão de areia mas amanhã espero ser o areal completo da tua praia...

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