Laços de cetim...

Laços de cetim numa brisa fresca à beira mar, duas fitas, duas pessoas, um sonhar e um sentir que parece não passar por mais que o tempo cesse e que o sol queime as cores vivas que acabam por prevalecer e continuar intensas como um amor que teima em ficar vivo. Um nó, um simples nó, agarra as vontades de ambos e os percursos que percorrem juntos em busca daquilo que acreditam que os faça sentiram-se especiais e vivos acima de tudo. O vento passa e por vezes aumenta a sua intensidade sem aviso, transformando o sol em tempestades, a simples brisa num tufão e a pequena onda num mar revolto mas mesmo assim, as frágeis fitas continuam ali, seguras, juntas, transformando as suas cores num farol capaz de orientar tudo aquilo que os rodeia e fazendo dos tecidos fortes barreiras em que nada nem ninguém se consegue intrometer e derrubar. Assim queria que tudo fosse e vivo numa ilusão e no que acredito que me rasgue um rosto e me faça acordar todas as manhas com a vontade enorme de te poder ver nem que seja por pequenos instantes que para mim parecem uma eternidade. Quero apenas a essência porque o resto apenas ficará para um plano que não se chama amor mas sim uma vontade de amar um personagem e não a pessoa em si. Só o tempo mostra a verdadeira pessoa, só o tempo é capaz de fazer de nós aquilo que verdadeiramente somos e o segredo para se viver algo verdadeiro desde do início é apenas olhar para o interior e por momentos esquecermo-nos de um exterior que nem sempre revela a verdade. Duas fitas, apenas duas fitas, simples, verdadeiras e que sentem. Será que te identificas? Será que consegues ver por entre metáforas e frases por vezes sem nexo? Sentir é mesmo assim, um imbróglio de estados mas que no fim acabam sempre por nos mostrar o que vale a pena e o que apenas deve ser deixado para trás...

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