Será que sentem o mesmo que eu?...

Quando se ama não há diferenças, quando se ama não há distancias mas acima quando se ama corre-se o mundo inteiro para estar com quem nos completa, com quem nos aquece o coração mas a cima de tudo com quem nos faz feliz na realidade. O cheiro a natal está a chegar e é nesta altura, que acredito ser mágica, que as pessoas dão mais de si, mostram mais o seu verdadeiro ser e é nesta altura que os corações ficam mais apertadinhos e transmitem um amor que raramente se vê.
Adoro o cheiro da lareira e as luzes a piscar da árvore de natal, adoro sentir o cheiro das castanhas acabadas de fazer e do fumo que elas deixam pela rua numa forma de convidar gente e mais gente a comprar uma ou até meia dúzia deste fruto tão apetecido e tão raro nos dias que correm. É nesta altura que as ruas se iluminam e enchem os dias monótonos, cinzentos e curtos de um inverno gelado em algo mais alegre, algo mais vivo algo muito mais quente.
Não gosto de ver aqueles discursos que aparecem nesta época, aqueles que defendem que devemos ajudar as pessoas que mais precisam, sabem porque? Porque as pessoas que precisam de ajuda não a necessitam apenas no natal mas sim durante todo o ano. Nesta altura surgem campanhas, peditórios nas grandes superfícies, até mesmo anúncios na televisão e eu só pergunto uma coisa; E durante o resto do ano? Não me venham dizer que os pobres e as pessoas necessitadas só aparecem apenas e exclusivamente no Natal.
Pelo menos o Natal para uma coisa serve, ou seja, molda os corações daqueles mais frios e tenta mostrar como o mundo não é apenas nós e que há muita gente que nos rodeia que precisa de nós, muitas vezes não os ouvimos, muitas vezes não os vimos mas se nos prepararmos melhor e abrirmos os nossos corações acabamos por senti-los e a partir dai, sim, passamos a velos e a ouvi-los. O que custa ajudar alguém? O que custa colocar um sorriso na cara da quem mais precisa? O que custa pegar na mão de alguém e dar um pouco mais de nós e do nosso sentimento?
Gestos tão simples que por vezes são esquecidos mas que se existissem sempre mas sempre iríamos ver que o mundo seria bem melhor, que eu seria melhor, que tu serias melhor e que toda a gente que anda ou vagueia apenas por este mundo tinha outra forma de pensar.
Por isso apenas digo uma coisa, já que as pessoas não conseguem derreter o seu próprio coração durante o resto do ano, que venha o natal e ilumine as ideias e a alma de quem menos sente e faça ver a essas pessoas que não vivemos apenas por viver...

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