"Por maior que seja a saudade..."

Somos os laços… aqueles que nos unem a um mesmo lugar, a um lugar em que a distância termina num abraço, em que a saudade morre… num beijo. Somos esse tempo, esses quilómetros que nos afastam mas que fazem intensificar o amor, que nos dão a certeza do sentimento, que nos revelam a força do nosso querer. Somos as memórias… as histórias que guardamos dentro de nós, os momentos que foram vividos – repartidos num mesmo coração: que se completou nas nossas imperfeições. São esses laços, esses pedaços que não se vêem e que apenas são sentidos. Que são vividos nos braços que seguram, nas promessas que se comprem, nos olhares que falam: em silêncio. Nós somos esse silêncio, aquele das quatro paredes do nosso quarto, aquele em que nos fundimos um no outro, em que o tempo parece tão pouco… para vivermos a paixão. Somos a recordação… aquelas canções que ecoam no nosso peito, que nos elevam para um outro estado que passa o do sonho (que sonhamos deitados). Somos essa vida, essa vida que nos é tão própria, que se agarra à pele, à carne, ao sangue. Somos os destinos… ou então a nossa forma destemida de encarar o sentimento, sempre que nos damos por inteiros, sempre que nos deitamos sobre um chão seguro. E pode parecer uma loucura amarmo-nos como nos amamos, darmo-nos como nos damos mas… só nós entendemos, só nós nos conhecemos nesta nossa forma de sermos loucos. E são tão poucos, tão poucos os que amam na liberdade do seu próprio ser. E nós temos essa sorte. É nós temos tudo, porque temos o Mundo nestas nossas mãos que não deixam morrer o sentimento… por maior que seja a saudade.




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