"Segredos"
Rasguei-me
do medo quando senti o teu beijo,
Quando
os nossos lábios se tocaram, e as nossas histórias se entrelaçaram:
Na
verdade de um sentimento que expressamos, em altivez.
Rasguei
o temor, abracei o destino e esqueci o passado,
O
triste fardo de não viver o sentimento, de não contar o tempo
(de uma
história tão minha – uma raiz daquilo que sou).
Larguei-me
do escuro, debrucei o meu corpo na luz e fui…
Fui na direção
de um abraço que segurava o meu sonho,
De umas
mãos que se cravavam nas minhas, de um olhar…
Em que
avistei o amor - como fragmento vivo deste meu peito apaixonado.
Escrevi-me
nas paredes da cidade, nas casas antigas em que unia…
O teu
nome no meu, em que declamava a poesia,
Dos
teus beijos tão insanes, da minha pele tatuada: com o teu cheiro.
Rasguei-me
de tudo, a nudez do meu corpo expôs-me ao teu,
No
prazer da carne, no desejo que saciamos um no outro,
Num
momento que foi tão pouco – para vivermos a liberdade.
Fiquei
na saudade e ela alimenta todo este meu coração -
Toda
esta paixão voraz, capaz de mover o meu destino,
De
esquecer tudo o que não nos pertenceu, de agarrar tudo o que me prendeu:
A um
amor livre, a um verdadeiro amor,
Àquele em
que nos damos por completo… na eternidade dos nossos segredos.
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