"Mar"

Naufragasse eu em perigoso olhar, que me desnuda a alma.
Ficasse por um tempo em que o tempo, estaque no meu peito amante,
Num corpo errante. Que me reveste a vontade de amar-te.
Atirasse-me eu, ao mar do teu sentimento. Velejando na tua direcção,
Em demanda do porto de abrigo...do teu abraço mais profundo.
Perigo que não temo correr, no imenso desejo depositado em âmago selvagem.
Na dualidade que emerge da minha pele, tatuando a presença,
A lembrança de sentir-te. Para fora das ondas deste meu mar, revolto.
Conjugasse eu o verbo amar na quarta pessoa, caindo em nós,
Nós seguros que nos unissem em eufemismos de desejo...manifesto.
Indigesto, nos discursos de quem não sabe sonhar.
Morrerei no mistério de tudo aquilo que me enfeitiça,
Desembarcando no caís do teu corpo. Naquele que entorpeço,
Em maravilhas. Nas linhas que nos unem,
Ao mesmo ponto de chegada...


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