"Quero-te sem rodeios"

Pertencer-te é como pertencer-me, está intrínseco na carne, tatuado na pele. Não adianta fugir disso, apenas render-me a ti, não negar que te desejo. Sem pudor, sem rodeios. Ficar somente no teu corpo, desvendar-te em cada beijo mordido, em cada sorriso que se cruza no meu, numa cumplicidade que se cria naquele instante. Falaremos de amor depois, nem sempre o amor tem de ser falado, projectado, ou presente em cada acção. O que interessa é ali ficarmos, sem mais nada, apenas nós, apenas tu e eu...conjugados no mesmo verbo. E serei eu menos homem, por te dizer tudo isto? Não! Serei apenas o teu homem, sem agarrar-me às antigas convenções de te amar e não mostrar, de cuidar de forma selvagem, de te usar somente para o prazer. O que eu quero és tu e...se te quero a ti, que se lixe o resto, que se lixe o mundo porque, tudo em que acredito, descobri ao querer-te...


Se tudo acabasse hoje? Serias minha ou teria eu de ser teu?

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