"Janela"
Inebrio-me
no lusco-fusco do teu olhar. A vontade vê-se mulher,
Nos
primeiros raios lunares que me atroam o corpo, bombeando o coração.
Arraigo-me
na claridade daquela janela aberta para o mar...das minhas tormentas.
Os
destinos sucumbem ao gracejo insane que não procuro,
Sigo
por entre as intempéries que não me prendem.
Agora
apenas és utopia, daquela que não almejo abeirar.
Os
passos envolvem-se no eufemismo do meu próprio silêncio,
Não
serei eu um espectro vivo, de um amor tão findo?
A
melodia chega, dando-me a resposta àquilo que não indago.
Quiçá
o destino, não seja um produto da nossa acção,
Seja
apenas uma divagação do sentir humano,
Em
detrimento do pensamento mais sensato.
Então
que me verta num marinheiro, malogrando em oceanos distantes,
Em
efémeras dores rompidas por quentes semblantes,
Na
demanda de algo que não planeio encontrar.
Acamando-me
numa saudade que não tenho,
Vejo
que tudo pode ser exíguo, comparado à grandiosidade de um amor,
Daquele
que habita na minha morada,
Bem
embutido no meu peito...
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