"Sinfonia de Corpos"

Os corpos se envolviam, a alma mexia, o desejo invadia e, o olhar, consentia. A chama crescia, do futuro nada se sabia e, a noite, em fogo ardia. O coração...um vulcão parecia, o sonho vivia e, o ar, em silêncio permanecia. A canção era dia, o gemido reluzia e, em simples nudez, o prazer existia. A descrença em ruas se esbatia, o momento era ali naquela cama fria, aquecida pelos corpos que se moldavam em sintonia, em amantes que o destino trazia. O sabor dançava numa sala vazia, o escuro os cobria e, na cumplicidade do momento, a pele se mordia, em pura fantasia, em acto de euforia. A paixão expressava-se em correria, o amor despontava no raiar de uma nova simbologia, o tempo existia, ele pedia, o amor consentia e, ficaram nus num desejo que se queria...saciado.




Comentários

  1. Espectacular !!! Como sempre escreves muito bem, cada vez melhor e melhor. Quando penso que já li tudo, que já nada me surpreende, venho aqui e deparo-me com estas surpresas fantásticas. És sempre uma surpresa desvendada. Um beijinho

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