"Deita-te comigo"
Cai
a hora tardia lá fora, o corpo encontra-se quente e, eu, debruço-me sobre a cama
deixando repousar o meu cansaço. Senti-te em mim, bem presente nestas batidas
descoordenadas, neste descompasso do coração, nesta minha vontade de te ter.
Hoje és pura imaginação, talvez o espectro de um sonho constante, daquele que
foi crescendo e que, agora, alimenta este meu sorriso, que bombeia cada artéria
do meu ser. Quero-te eu como continuação, sem pensar demais no amanhã, sem
planear um futuro que tanto penso sem pensar. Passo após passo, os contornos do
teu corpo fundem-se nos meus, no cair do escuro em que a luz é apagada e, os
meus olhos, mergulham no negrume emergente iluminado pelo sentimento que brota
pelos meus dedos. A melodia dissipa-se por momentos, nunca fui um bom
conversador de sentimentos e um bom confessor destes assaltos do coração. Eu,
tu, talvez nós, vivemos nestas palavras, nestas silabas que se juntam, nestas
frases inacabadas porque, quando falo de ti, nada é completo visto não encontrar
complementaridade para algo que me preenche não deixando espaço para mais nada.
Hoje, agora mesmo que olho para o tecto e vejo as estrelas, almejo o teu beijo,
nos meus lábios, o teu corpo, fundido na minha pele, o teu olhar, naufragado
neste meu mar de vontade. Hoje, deita-te comigo, eu dormirei contigo no meu
pensamento...
Desejo, sonho, amor, sentimentos, tão belas inspirações que tu a cada dia que vives demonstras. É delicioso ler-te, é viciante ler uma palavra que seja, porque a tua escrita é cativante, entusiasma a leitura, faz nos querer ler mais e mais. É sempre tão bom passar por aqui. Beijinho
ResponderEliminarGosto muito de ti :)
ResponderEliminaras tuas palavras são mesmo bonitas
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