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A mostrar mensagens de novembro, 2013

O teu rosto avermelhado...

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As luzes de Natal entrelaçavam-se no meu olhar, a pressa era de chegar, de estacionar o carro, junto ao rio, para te encontrar. Percorrera quilómetros a fim de ver, contigo, o Natal, para partilhar um café quente com travo a baunilha, para andarmos que nem loucos pelas ruas de Lisboa. O teu sorriso cravava-se na memória e, o desconhecido de tudo aquilo, a mim, causava uma vontade maior de te ter, nos meus braços, no meu corpo, nos meus lábios. A baixa estava iluminada, as pessoas vestiam casacos e cachecóis que lhes aqueciam o corpo e eu, eu, ali deambulava, procurando o maior ponto de luz, aquele que me chama, aquele que não me ofusca, apenas, o olhar. Vi-te chegar, em passos silenciosos e, dizendo-me um simples “olá” virei-me vendo o teu rosto. Tinhas ele avermelhado, como sempre, pequenas rosas que te faziam criar ainda mais encanto, que me faziam, por momentos, perder o diálogo. Fiquei segundos a contornar cada linha da tua expressão, cada fragmento que, para mim, faz toda a difer

A Coluna de Sexta!

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A coluna de Sexta é a nova  rubrica  do blog "pedacinhos de mim" que aborda vários temas, do ponto de vista do autor. Sejam livres de ler, opinar como, da mesma forma, incrementar novos temas de reflexão para a coluna seguinte. Passavam cinco minutos das quatro da tarde, o Outono tivera trazido consigo o frio e eu, numa forma de abrigar o corpo, sentava-me num banco que ainda alcançava sol no seu topo. Fiquei ali tempos parado, admirando cada pormenor, perdendo-me na imensidão de um céu que, constantemente, ia alterando as suas feições. Hoje não quis “molengar”, tirei o dia para sair, mergulhar num mar de emoções, daquelas mesmas que, tantas vezes, esquecemos de sentir. A semana tivera sido preenchida e, em certa forma, não tivera correspondido às  expectativas  que estavam sobre ela. Não fiquei ali muito tempo ou não fosse eu incapaz de estar sentado mais que um aglomerado de segundos seguidos. Ao longe vi que corriam crianças acompanhadas de uma felicidade tamanha,

Diário de bordo 29/11/13 (Dia 3)

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Fintas o meu pensamento com a tua presença, a toda a hora, sem demora, como outrora, em gestos que me devora. Permaneces presente, ausente, ardente nessa tua forma de ser, que me queima, que me ateia, que me faz correr. Percorres o meu corpo, as veias desenfreadas que se alimentam de liberdade, que anseiam o teu abraço, o teu lugar, a meu lado. Num volte-face vejo-te num rio de águas calmas, numa cidade de luzes brilhantes em que, as pessoas, ofuscam-se com a cor cinza que não lhes permite olhar. Eu vejo-te, neste mar intempestivo, intempestivo com estes espasmos que percorrem o meu ser, que me arrastam, que me levam, que me falam de ti. Sou homem, pedaço de carne, letras que componho e um amante, um amante que te anseia, no seu abraço, no seu tempo, na sua eternidade. As horas passam, os segundos são contados e, o tempo, esse, refaz-se num acto particular de contemplação ao teu ser, ao sorriso esboçado em cada folha escrita, ao som das palavras que se ouvem em gravações que passam na

Diário de bordo 28/11/2013 (Dia 2)

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Encontrei-te hoje numa parede escrita sem ser pelas minhas palavras, encontrei-te numa rua de constante movimento, de gente que passava sem olhar e, quem olhava, nem se preocupava a sentir cada letra. Fiquei ali, parado por minutos seguidos desmistificando cada letra, contemplando cada saber incutido em cor pastel, num aglomerado de tijolos. A força da palavra causa em mim tamanha estranheza. Como uma letra pode despertar tanta emoção neste meu corpo? Confesso que hoje a questão permaneceu comigo até agora, até este fim de tarde misturado no meio de pessoas e de fogueiras que servem para aquecer, comerciantes esfriados, que tentam sobreviver a um dia frio de Outono. Olho e sorrio com aquela parede, aquela imagem não me saiu do imaginário, não me fez ter-te por perto mas fez-me sentir-te perto, entendes? Hoje, consegui ver que as distâncias não acabam, 300 quilómetros serão sempre 300 quilómetros e 100 metros serão sempre esses bem ditos 100 metros. O que faz a diferença, o que ameniza

Diário de bordo 27/11/13 (Dia 1)

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Olhavas o horizonte e fintavas o tempo, permanecias sentado, naquele rochedo, num dia solarengo e ao mesmo tempo tão gelado. O teu corpo envolvia-se de roupa quente que amenizava o frio, o teu olhar perdia-se nas ondas do mar que embatiam contra o teu refúgio e tu, imune ao tempo, rabiscavas num gasto caderno mais um capítulo da tua história. Tiveras seguido, as malas estavam mesmo ali, nas tuas costas, tornando-te um aventureiro. Finalmente tiveras tirado um tempo para ti, apesar de serem poucos dias, conseguiste ir por aí, ao desconhecido, explorando um pouco mais, deixando as tuas marcas em letras rabiscadas nas paredes, bancos ou até mesmo no chão. Foste explorar o teu outro lado, limpar a ideia, arrumar e reinventar as tuas próprias prioridades. Coragem de leão, homem que se viu crescer, um futuro desenhado na palma da tua mão e uma certeza, uma certeza que cresce de forma desenfreada a cada dia que passa, sempre que a imagem dela invade o teu imaginário, sempre que o seu sorriso

Por meias palavras, fala-se de amor...

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O amor não carece de  concepções , falsas noções, más interpretações. O amor é livre, intemporal, sentimental, carnal. O amor encontra-se por aí, nas paredes escritas, nas músicas compostas, nas perguntas, nas respostas. O amor não é palpável e muito menos instável, o amor, causador de insanidade, de loucura, de verdade. O amor não é estrutura e muito menos prisão, amor de verdade, fica na presença, na ausência, no abraço, na saudade. Toca-se amor por aí, nas mesas de um café, num bilhete rasgado, numa sala, em qualquer lado. O amor quer-se selvagem, confiável, seguro, mutável. O amor não resiste ao monótono, às palavras caladas, às conversas encenadas e, muito menos, as lutas inacabadas. O amor assume qualquer forma, qualquer corpo, qualquer alma desde que se esteja disposto. O amor não é, apenas, para os fortes, o amor vive nas ruas pintadas, nas gentes sonhadas e até mesmo num simples olhar. Não me falem que o amor é um livro escrito, o amor escreve-se a cada dia, sem coisas forçad

A mulher que se esqueceu de sorrir...

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Agarravas com firmeza a criança a teu peito e embrulhavas o teu coração num corpo marcado. Eras mulher, um ser superior que ele não soube ver, que ele nem sequer cuidou. O amor murchou mas, mesmo assim, todos os dias regavas como se de uma planta se tratasse, tentado ver crescer, acreditando que tudo poderia mudar. Os dias já nem sequer eram contados e, as refeições, tinham de estar a horas na mesa, como ele gostava, como ele queria, na temperatura que mais lhe agradava. Vivias, assim, num campo de batalha que se instalou no teu próprio lar e culpavas-te, culpavas sempre o teu ser por um fracasso que nem era teu. Esperavas noites e noites de olhos abertos pensando na criança que tinhas a dormir ao lado do teu quarto, vivias com o teu mundo na mão, com essas mãos trémulas que te faziam envelhecer por dentro. O teu corpo passava a ser um retalho de tatuagens profundas, de escaras de um negrume que te fez perder o sorriso, que te fez conhecer o pior do ser humano. Foste lutadora, quantas

Horas...

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Era uma tarde como tantas outras, o sol parecia se deitar no horizonte e eu, ali estava, a contemplar toda uma natureza que me dá conta do homem privilegiado que sou. Estava sentado naquele café de madeira, depositado em cima da areia fina de uma praia tão extensa, de um mar longínquo que perdia de vista o seu limite. Bebendo um chá quente que me aquecia o corpo, um chá de mistura de ervas silvestres com um travo intenso a canela, despertei, em mim, a necessidade de retirar do bolso a caneta que me acompanha, diariamente, sempre que saio de casa. As linhas pareciam não sair com tanta facilidade, ao fim de contas, não escrevia com a voracidade de ontem, visto que ontem sentia-te por cá. A caneta deslizava naquela folha improvisada que tirara de um composto guardanapeiro, guardanapeiro esse que se encontrava em cima da mesa que servia de companhia neste momento que narro. O frio instalava-se em cada filamento do meu corpo, a pele ia-se deixando arrepiar em pequenos espasmos, em múrmuros

Mesmo antes de ires...

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Perde-te mais umas horas, fica no meu abraço, debaixo do calor das mantas que nos cobrem os corpos, que nos unem numa tarde de Novembro. Fica no meu abraço, envolta num misticismo tão chamativo, nesta vontade que tenho de ser o teu homem, sem tempos, sem intervalos, sem momentos. Fica somente a olhar nos meus olhos, num silêncio cúmplice que surge depois do prazer, depois de um encontro esperado que nem panificado foi. Faz-me desejar-te ainda mais, faz-me ter-te nas minhas mãos, tornando-te minha, fazendo-te livre. Fica mais um tempo, cobre a tua nudez com os lençóis amarotados pelo tempo gasto ali, pelos segundos partilhados em que ficaste, em que te faço acreditar. Antes de ires, leva-me contigo a um lugar qualquer, lá farei de ti a minha mulher e, o resto, fica por acontecer porque não sou muito de idealizar. Quebra comigo mais uma barreira, parte depois que eu, eu, não esqueço quem faz parte de mim. Dá-me mais sinais, mais actos banais ao olhar de tanta gente mas que fazem, de nós

Perto...

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Fomos loucos, poucos, dois, apenas a junção de um. Naquela noite fugimos por entre ruas e ruelas, calçadas polidas, gentes conhecidas e um sentimento tão nosso. Quebramos a barreira, fomos maduros, crianças, insanes, conscientes. Olhando o teu longo cabelo, perdi-me nas ondas do teu sorriso e admirei cada curva que dele emergia. A noite era fria e a lua quase nem se via mas, o mar, estava ali, perante o nosso olhar numa mistura de vontades, de mãos apertadas e do simbolismo dos nossos  dialectos . Fomos loucos, loucos um pelo outro nesta arte que fala de querer, ficamos perdidos e, perdendo-nos, perdi-me nas horas em que eu contornava o teu rosto, desvendando os teus segredos que residiam no silêncio das nossas vozes. Ouviam-se ao longe as chuvas que caiam no areal daquela  baía  de antigos piratas, naquela terra de gerações de pescadores que se tornavam guerreiros, guerreiros que nos fizeram herdar a garra de uma, permanente, vontade de ficar. Chegas-te quebrando com a saudade, com

São só 5 minutos...

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Não me cansava de te descrever em palavras rabiscadas no areal, a tarde era fria e a vontade crescia de forma desenfreada no meu coração. Contava-te os fios de um longo cabelo que me marcavam a visão, vivias nas ondas daquele mar, vivias dentro de mim numa espécie de paixão. Há muito que o tempo passava e me ensinava que querer-te não era temporal, tivera tornando-se permanente, presente que não se apaga, presente que te espera. Dedilhava cada grão do chão em que pisava, aquele lugar conhecia-te bem, aquele lugar conhece a tua meninice e essa forma madura que tens de ser. Não procurava-te, sabia que estás para lar de todo o mar que admirava, que vivias noutro lugar onde as águas são mais calmas, onde o sabor não é salgado. Hoje passei por tua casa, não parecia ter a mesma vida que em noites de verão, estava um tanto mais deserta e, nessa constatação, vi que eras vida, não só no meio daquelas quatro paredes mas em toda uma história recente que se vê prolongada na vontade de te ter, sem

Bilhete...

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Escuta-me o coração, este peito feito de sonhos, de letras e melodias que esvoaçam por aí, por caminhos só meus, por destinos que nos cruzam. Encosta-te a mim, num tempo sem tempos em que, a eternidade surge, deixando de lado a utopia, formando verdade ao nosso olhar. Quero-te, nesta mistura de sentimentos ambíguos, no quebrar da distância que separa dois corpos mas, nunca dois seres. Agarra-te a mim, percorreremos estas ruas em que, as paredes, são escritas em  dialectos  de uma saudade que tão bem conheço. Sejamos desconhecidos que se conhecem tão bem, sem falar, sem tocar, sentindo-nos apenas. Esqueceremos o futuro, focar-nos-emos no hoje, nos momentos em que te desenho, numa folha de papel, numa  abstracção  permanente em que, a tua imagem, invade o quotidiano, querendo-te mais, desejando-te sem intervalos. Nestas voltas em que partes e regressas, quero que saibas que sou um louco, louco pelas horas e madrugadas em que te procuro, nas ruas e ruelas, nas vilas, nas cidadelas. Escre

Nudez...

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Fica mais um momento, nesta cama de lençóis gastos, gastos por mim, gatos por nós. Fica mais um pouco, nestes braços que te envolvem, neste contorcionismo de corpos despidos em que, os olhares se perdem, em que a tua boca chama a minha em beijos mordidos. Fica mais um pouco comigo , envolve-te na minha camisa enquanto eu sublimo a nudez do teu ser, sem maquilhagem, sem pressa, com todo o tempo do mundo. Segreda-me ao ouvido, faz-me arrepiar a pele em constantes espasmos que me fazem querer mais, que me fazem desejar-te tempestuosamente. Fica, mais cinco minutos , neste quarto com vida, ao som do blues e do jazz que emana de um leitor de discos antigos que sempre serviu de banda sonora a estes nossos momentos de paixão. Agarra-me as mãos, deixa-me as marcas demarcadas da tua presença, na minha pele, na minha boca, no meu ser. Vai depois de tudo isto, sai da cama e volta a vestir a tua roupa de mulher autónoma, livre, madura. Vai e despede-te de mim com um último beijo, eu fico-me por

Banalidade...

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Foi naquela noite fria de Novembro que me sentei numa mesa com vista para a rua. O cinzento dos prédios contrastava com a cor das bebidas quentes que as pessoas bebiam esperando aquecer o corpo. Eu fiquei ali, no meu silêncio, numa mistura de sons de gente apressada e de quem nada tinha para fazer. Senti-me preso, preso àquela correria, àqueles dias em que se entra no trabalho cedo e se sai já com a noite colocada no horizonte. As luzes dos carros iluminavam rostos que deambulavam sem sorrisos desenhados, pessoas que se dirigiam para as suas casas, para não aproveitarem nada da vida visto que, vão tão cansadas de mais um dia de luta. Olhei naquele momento para mim mesmo e revi-me, naquele negrume da cidade, naquela vida sem vida, naquele café de esquina em que as paredes eram pintadas de cor fúchsia. Rabisquei num papel uma figura humana, um sorriso no olhar e um cabelo longo, rabisquei com uma caneta que, encontrei no bolso, anteriormente guardada quando sai do escritório. Não sou mu

17 de Novembro de 2013

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Passeava por aquela calçada desenhada numa baía de antigos piratas. Sentia o corpo frio, as mãos pediam as tuas e, o meu pensamento, esvoaçava numa mistura de tanto que em tão pouco era escrito. Senti, pela primeira vez, a necessidade momentânea de uma caneta mesmo ali e, tirando um guardanapo de uma esplanada, garatujei um bilhete endereço a ti, ao teu ser. A noite caia e a lua tornava-se a minha confidente, uma confidente que, em tantos momentos, ouviu falar de ti, em palavras baixas, em sonhos tão altos. Hoje escrevi em rabiscos o que a minha alma vê no teu olhar e, sorrindo sem explicação, abstrai-me das conversas de amigos num dia que parecia tão igual aos outros. Para mim não foi, não foi um dia igual porque, finalmente, consegui ver que és bem mais do que um capricho do corpo, és parte integrante do meu coração...                                                   Será que já viste a lua hoje? Carregamentos por telemóvel

Quero-te...

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Quero-te, agora, sem demora, que outrora não sabia o que era querer-te. Quero-te neste abraço apertado, em noites frias de fado, quero-te nestas ruas, nestas vontades, minhas, tuas. Quero-te num beijo demorado, prolongado, pela vontade de ficar, de agarrar, de viver, de amar. Quero-te, junto a mim, em tempo sem fim, numa praia, num jardim. Quero-te em sonhos reais, presentes em nada banais, quero-te presente, distante, errante. Quero-te numa noite de prazer, em salas vazias, em mãos fugidias. Quero-te intensamente, permanentemente, loucamente, conscientemente. Quero-te, apenas e somente isso, quero-te ao luar, junto do Tejo ou do mar, quero-te no sabor salgado da tua pele, no doce sabor dos teus lábios. Quero-te num sorriso, onde for preciso, quero-te sem juízo, quero-te sem intervalos. Quero-te num segredo apenas nosso, num comboio sem direcção, quero-te aqui, quero-te no coração, apenas te quero, sem virgulas, sem ponto de interrogação. Quero-te e querendo-te, quero-nos, não agora,

No sabor do teu beijo...

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N um ligeiro toque sentiu um amor profundo, uma mistura de sensações vividas em palavras anteriormente escritas. Sussurrando ao ouvido, confessava cada sentimento crescido dentro de um peito amadurecido pelos caminhos e sonhos sonhados. Sorrindo falou-lhe do mundo e, num simples beijo, entregou todo o seu coração numa história que deixara de ser efémera. Entre as cortinas daquela casa e as melodias ecoantes de um piano, dançaram juntos, fixando o olhar, falando em gestos tímidos de quem sente com uma intensidade voraz. Era o presente de um sonho sentido, o presente de um futuro almejado a dois, de mãos dadas, de passos firmes como os passos de quem sabe o que, realmente, quer. Naquele dia a luz do sol passava por entre os galhos das árvores, passava e banhava aquele salão, aquele refúgio em que ambos se perdiam em juras de amor, em que ambos avançaram sem receio, num novo capitulo escrito a duas vontades. Momentos partilhados, canções dispersas e fotografias espalhadas pelas paredes,

Hoje Lê(-me)...

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Confesso que me tornei num sonhador, num brincador de palavras em que as frases escrevem um tanto que sonho. Fiz-me um homem de letras ou não fosse eu um apaixonado pelos romances em que, a simplicidade, forma verdade em quem os compõe. Desde novo decidi ser narrador, viver as histórias como personagem principal, não sou de grandes coisas e as pequenas, essas, mostram o verdadeiro significado do que chamo viver. Sou um adepto da liberdade, de andar por aí, sem caminhos pré-definidos e sem gps´s a controlar-me a direcção. Preservo memórias e nunca, mas nunca, acreditei em quem diz que o passado nada vale. Sim! O passado para mim vale muito porque, sem ele, não viveria presentemente desta forma, desta estranha forma de vida que formei no decorrer dos meus passos. Não haverá nada mais forte que um sorriso para me cativar, não me é difícil apaixonar o que é difícil é encontrar alguém que me apaixone. Acredito no tempo e o destino, esse, esse nem sei o que dizer visto que, para mim, ele s

Por entre linhas...

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Olá pessoal, hoje tirem um tempo. Hoje o post é um pouco maior, é uma história, uma história que nos faz sonhar, que nos faz querer, que nos faz encontrar em nós mesmos. Espero que gostem. Liguem a música e deixem-se ir. Beijos e Abraços, Sejam felizes. Percorrera uma série de quil ó metros até ali chegar, cansado sentou-se, ficou a admirar aquele rio, um rio que, durante anos, era pano de fundo das hist ó rias que tivera desenhado no seu imagin á rio. Em pequenos pormenores avistou um barco, um barco t ã o semelhante a outro que, um dia, rabiscou numa folha de papel. Com isso, com aquela insignificante coincidência, sorrio e o seu olhar abrilhantou-se ainda mais do que j á estava. Chegava a hora, a hora dele procurar o seu amor, naquela cidade, no meio de tanta gente, de uma ausência t ã o grande do que ele considerava verdadeiro. Em passos firmes atravessou avenidas, percorreu travessas e admirou a beleza de uma cidade em constante movimento. O seu olhar perdia-se nas paisagens

Faz-me acreditar...

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Sentia-a bem perto a mim, naquela tarde de fraco vento em que a praia se desenhava no meu olhar eu, desenhava cada traço do rosto dela, na areia fina tão confidente do seu ser, tão conhecedora das suas pisadas. Sentia-a, naquela certeza de tudo, naquela mão cheia de sonhos, de uma vontade incontrolável como a força do rio Tejo a embater contra um mar de vida. Sentia-a, na melodia que ecoava nos meus ouvidos percorrendo, o meu corpo, por pequenos filamentos de sentidos, de sentires despertos de quem lhe escrevia a alma, de quem lhe pintava nas cores vibrantes de um amor crescente, de uma espera impaciente. O dia foi passando mas há coisas que não passam e essas, essas são as mais verdadeiras, aquelas que dão sentido, sabor, vida, que dão-nos a certeza de que, as grandes paixões, são como chamas que nunca se apagam, são como distâncias que se encurtam. Hoje sentia-a bem perto porque, nunca será toda a estrada que me fará esquecer que o lugar, dela, é mesmo aqui, nesta terra, perto de mi

Meia dúzia de palavras...

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Orgulha-te de quem és, luta, vive, agarra, preserva, arrisca. Se ca í res, levanta-te, mais forte, mais determinado, mais corajoso. N ã o v á s por atalhos, caminhos distorcidos ou aventuras efémeras. Aventura-te a amar, com tudo, sem desculpas, sem constrangimentos, sem momentos. Sonha, de olhos abertos, de olhos fechados ou até mesmo quando avistas quem te faz tremer. N ã o te prendas, nasceste livre e é nessa liberdade que te moves. Movimenta o corpo, nunca ser á numa cadeira que formar á s o teu destino. N ã o v á s de imagens, vive é de sabores, daqueles que te ficam na boca e te fazem sorrir. Enfrente fantasmas, quebra muros mas n ã o esperes ter algo sem nada fazeres. Torna-te um homem de valor, daqueles que ambicionavas ser em pequeno, ser á que agora j á o és? Ent ã o n ã o faças do tempo um tempo perdido, n ã o faças da tua hist ó ria um rascunho sem qualquer significado. Ama porque sim, vive porque sim, agarra porque sim, liberta-te porque sim. N ã o v á s por conversas

Em cada escolha, um resultado...

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A vida segue rumos, distantes caminhos que fazem cruzar, separar, ficar ou partir, conhecendo um novo amor, ancorado a um novo lugar. Somos humanos feitos de carne, carne que sente, olhos que vêem e a pele que pede um pouco mais, um pouco mais de nós. Criamos sonhos, fantasias, tanto imaginamos e tanto deixamos por viver pois, a vida, revelou-nos que há batalhas que não devem ser travadas. Somos livres, navegadores de oceanos de sorrisos, de lágrimas, de paixões e daquela maturidade que nos faz dispensar o que não preenche o nosso querer. Se há coisa que a vida nos mostra, é a não pensarmos que tudo está na nossa mão sem nada fazemos para agarrar bem, o que temos, ao nosso coração. Amantes e amados, cuidadores, somos brincadores de nós mesmos,  coleccionadores  de recordações, de sabores e cheiros, daqueles que nos fazem querer, um tanto mais, um segundo mais. Narramos vontades, tantas cartas são escritas e, outras tantas palavras, ficam por escrever. Procuramos verdade e não  atracçã

Momentos desnudos...

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Nesta noite desnuda-te, desnuda o meu corpo, no meio de lençóis e vontades, do cheiro de uma lareira acesa. Deixa-te ir, perder-te neste momento, fragmento de nós mesmos, multiplicidade de almejados desejos vividos mesmo ali. Segura-te firme, ancora-te a este porto de abrigo, nesta casa feita de madeira firme, neste lugar distante de tudo, tão presente num encontro que perdura pelos segundos gastos por nós. Fica, beberemos um copo de vinho partilhando mais um pouco do nosso íntimo, mais um pouco das mordidas suaves que deixam marcados os nossos lábios, que deixam a vontade de voltar outra vez. Agarra-te ao seguro, aos braços que te apertam, que te envolvem depois do prazer numa cumplicidade tão nossa, num silêncio em que o olhar fala e em que, cada poro da nossa pele, exprime o desejo saciado a dois. Por onde quer que vás seguiremos os nossos caminhos, de forma livre, desimpedidos, porque há coisas que nos pertencem mas, nem por isso, essas coisas têm de ser diariamente nossas. Amanhã